Alguém sobe até o sótão e, entre uma caixa empoeirada e outra, encontra um punhado de fitas VHS e numa delas, está escrito “Cadillac Dealer”. Então, vasculhando em volta, encontra também um velho vídeo-cassete de sabe se lá quantas cabeças…
Ao apertar o play, eis que surgem imagens incríveis de 1993, feitas no concessionário Williamson Cadillac, perto de Miami. Tudo bem, a primeira parte inventamos completamente, mas o cenário parecia convidativo, ainda mais se fosse o sótão da casa do dono dessa revenda dos anos 90.
Todavia, as imagens são bem reais e retratam o dia a dia da Williamson Cadillac, com seus sedãs famosos, que ajudavam a marca de luxo da GM vender mais de 210 mil carros por ano, enquanto as luxuosas alemães emplacavam bem menos em casa.
Velhos e experientes vendedores, prontos para fazer o melhor negócio na base da conversa, atendiam à moda antiga seus amigos clientes de décadas, sendo quase todos eles igualmente grisalhos, embora alguns já com cabelos pintados…
No show room, devidamente brilhando, vários Cimarroms, DeVilles, Sevilles, Fleetwoods e Eldorados esperam por seus primeiros donos, num ambiente sem computadores, celulares ou itens tecnológicos de hoje.
Também havia, como até hoje, o setor de seminovos ao ar livre, assim como os velhos catálogos com tudo mais que os clientes quisessem saber, ainda que os vendedores conhecessem até melhor os carros do salão.
À moda antiga, a concessionária Cadillac fazia seu negócio sem medo do futuro. Um futuro onde muitos compradores nem aparecem mais na loja, por fazerem o negócio pelo ciberespaço.
Muitos comprando seus Cadillacs elétricos e altamente conectados em rede, que podem até dirigir sozinhos como se estivessem num episódio dos Jatsons… Os tempos são outros.
Há 30 anos, esse vídeo foi feito para registrar à posteridade a rotina daquele mercado americano, com muitos sedãs, peruas, hatches, minivans, picapes, jipes, conversíveis, esportivos e toda sorte de estilo que se pudesse imaginar.
Hoje, vários crossovers, SUVs e algumas picapes, com boa parte deles elétricos, ocupando show rooms cada vez menos numerosos, onde nem mesmo a tradicionalíssima Cadillac, escapou da mudança.
Essa é uma janela para observamos como era há 30 anos, um ritmo que parecia lento, tranquilo e despreocupado com mudanças abruptas, agora tão constantes no mercado americano quanto aqui.
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