A BYD planeja instalar uma fábrica no México, assim como outras chinesas, como Chery e MG, num movimento que estaria preocupando os EUA, que chegaram a alertar o vizinho do sul sobre a presença em peso de fabricantes do país asiático.
Segundo fontes mexicanas do Financial Times, a BYD estaria disposta a investir centenas de milhões de dólares na produção local do México, porém, a MG estaria disposta a gastar de US$ 1,5 bi a US$ 2 bilhões e isso está incomodando Washington.
Como se sabe, a BYD já vende veículos nos EUA, sendo mais caminhões e ônibus elétricos, mas isso não parece incomodar a Casa Branca, porém, quando o assunto é automóvel, a coisa muda completamente de figura.
O México é um player global de peso na produção de automóveis e fabricantes chineses por lá, não seria nada estranho, ainda mais com os 41 acordos comerciais, livres de taxas ou usando cotas que o governo local possui com vários países.
Os EUA temem que o México sirva de “porta dos fundos” para a entrada de carros chineses no mercado americano. No caso da BYD, o tamanho do investimento parece não assustar nem a Tesla.
Mas, e o Brasil? Aqui, a BYD tem um investimento robusto de R$ 3 bilhões na Bahia, onde iniciará a produção dos modelos Song Plus, Yuan Plus e Dolphin, além de futuramente, o Dolphin Mini.
Como se sabe, o governo impôs novamente o imposto de importação para os elétricos e híbridos, o que faz com que parte da gama da BYD pague por isso, mesmo com a produção nacional.
Então, a produção mexicana de outros produtos, ajudaria a compensar a taxa que seria cobrada com a origem sendo chinesa. Da mesma forma, desenvolvimento locais da BYD poderiam ser exportados ao México sem taxas.
Seja como for, a BYD está em expansão contínua e atingir o mercado de massa da América Latina agora é uma das prioridades do fabricante chinês.
[Fonte: Financial Times]
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