Caminhões: EUA x Brasil (diferenças e similaridades)

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Faz muitos anos que sou apaixonado por caminhões. Essa paixão começou a se desenvolver na infância. Assisti incontáveis vezes o filme “Falcão o campeão dos campeões”, pois nunca me cansava das cenas em que apareciam os cavalos mecânico americanos da década de 80 e 90.

Também não perdia um episódio da série Carga Pesada, em que os personagens Pedro e Bino dirigiam caminhões da VW como Titan e Constellation. Porém, incrivelmente sempre me sentia atraído pelos filmes de caminhão americanos. Outro exemplo é o filme “Estrada Alucinante”.

Descobri então que admirava mais os filmes de caminhão americanos não pela qualidade da imagem ou pelo roteiro, mas sim devido aos caminhões utilizados neles. Freightliner, Mack, Peterbilt…caminhões que além de terem muita utilidade, contam também com muita robustez e um desenho que intimida qualquer um.

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Ao começar a observar no cenário brasileiro de caminhões, pude perceber que as coisas eram e são totalmente diferentes do cenário americano. Enquanto os grandes cavalos mecânico americanos sugerem muita força e robustez, os brasileiros sugerem apenas modernidade e leveza. Mas afinal quais consequências causam essas diferenças?

A primeira delas é a do conforto. O caminhoneiro americano tem conforto ao dirigir e muito mais conforto na hora do descanso. Já o caminhoneiro brasileiro tem conforto ao dirigir, porém na hora de descansar o conforto é simples.

Normalmente há somente uma sólida “cama” acolchoada atrás dos bancos, na verdade muito espremida para alguém acima dos 90 KG.

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Na nova geração do Mercedes Actros, há uma espécie de beliche, sendo até confortável o descanso.

Só que como na maioria dos caminhões de cabine reta, o aperto é algo que pode se apresentar, dependendo do tamanho do motorista.

Resumindo a grande desvantagem dos caminhões brasileiros, é a falta de espaço entre bancos e leito. Gerando um desconforto ao motorista que descansa.

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Já em um caminhão americano, o assunto é totalmente outro. Os fabricantes realmente mostram que a prioridade é o conforto do motorista. Em um Freightliner Cascadia, por exemplo, há de série geladeira, micro-ondas, televisão, guarda-roupas e armário para mantimentos.

A cabine desenhada com grandes proporções revela que no interior do cavalo mecânico há mais que um caminhão. Há uma “casa móvel”.

A preocupação em fabricar um caminhão confortável foi tanta, que a Freightliner projetou um cinto de segurança no leito de descanso. Embora pareça inútil, foi bem pensado, pois se, por exemplo, o acompanhante quiser descansar durante a viagem, ele poderá ir com conforto e mais segurança.

Os caminhões americanos contam com inovações como luzes de cabine embaixo do painel, porta copos, e controles de cruzeiro (piloto automático).

Outro grande diferencial dos pesados americanos é o interior em dezenas de combinações de cores. Desde a cor creme, até a vermelha com faixas em diversas tonalidades. Em grande parte dos modelos de caminhões americanos, bancos de couro são de série.

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Os caminhões oferecidos no Brasil também têm suas vantagens em relação aos americanos.

Um exemplo disso é o painel do Iveco Stralis NR. Sua modernidade e tecnologia são tão fortes que chega a lembrar carros de luxo alemães.

Nos americanos o desenho do painel de instrumentos não harmoniza com o conforto e requinte que eles oferecem.

Porém parecem e são mais precisos que os painéis mais modernos. Isso se dá devido a fácil leitura que esses instrumentos permitem.

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Painel Iveco Stralis NR

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Painel Freightliner Cascadia

Agora, mais do que nunca, a indústria de caminhões no Brasil se mostra preocupada. As fabricantes dizem que 2012 foi um ano ruim de vendas. A Volvo, por exemplo, teve uma queda de 15% nas vendas, em relação ao mesmo período em 2011.

As montadoras investem em inovações estéticas desnecessárias, e por fim os modelos acabam sem exclusividade nenhuma em relação aos concorrentes.

Um Volvo FH16, pode ser facilmente confundido com seu antecessor FH12. Um Mercedes Actros é a cópia do seu irmão Axor, e ambos são muito semelhantes ao Iveco Tector.

Então com tantas opções iguais no mercado, ou o cliente opta por comprar sempre o que estiver mais em conta e tiver mais vantagens, ou por comprar um modelo usado; já que já há tantos anos, as marcas de caminhões brasileiras insiste em trazer caminhões com o design na mesmice de seus concorrentes, e modelos anteriores.

Por Jefter Marcos

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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 18 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.