A bobina de ignição é a responsável por gerar a alta tensão necessária para criar a faísca nas velas do motor do seu carro.
Sem uma bobina de ignição funcionando corretamente, o motor do seu carro pode apresentar problemas de partida, falhas ou perda de potência.
Vamos ver então como testar a bobina de ignição, para saber se ela está 100% OK.
Ferramentas necessárias para o teste da bobina de ignição
Multímetro digital
A primeira ferramenta essencial para testar a bobina de ignição do carro é um multímetro digital.
Esse aparelho permite medir a resistência elétrica, a tensão e a corrente em diferentes partes do sistema de ignição.
Para testar a bobina, é necessário usar o multímetro no modo de medição de resistência.
Cabos e sondas adequados
Além do multímetro digital, também são necessários cabos e sondas adequados para conectar o aparelho à bobina de ignição.
Esses cabos devem ser compatíveis com as entradas do multímetro e possuir pontas isoladas para garantir uma conexão segura.
As sondas são utilizadas para fazer as medições nos terminais primário e secundário da bobina.
Elas devem ser firmemente conectadas aos terminais correspondentes, evitando qualquer folga ou mau contato durante os testes.
Verificação visual da bobina de ignição
Inspeção dos cabos e conectores da bobina
Primeiramente, verifique os cabos e conectores que estão ligados à bobina. Certifique-se de que não há nenhum cabo solto ou danificado.
Verifique se os conectores estão bem encaixados e sem sinais de corrosão.
É importante garantir que não haja nenhum curto-circuito causado por um mau contato nos fios.
Procurar por sinais visíveis de danos ou desgaste
Além disso, observe a aparência geral da bobina.
Procure por sinais visíveis de danos ou desgaste, como rachaduras na superfície, corrosão nos terminais ou qualquer sinal de derretimento.
Esses sintomas podem indicar problemas internos na bobina e podem afetar o funcionamento adequado do carro.
Também é importante verificar se há algum acúmulo significativo de sujeira ou óleo na superfície da bobina.
O acúmulo excessivo dessas substâncias pode interferir na dissipação do calor gerado pela bobina, comprometendo seu desempenho e durabilidade.
Teste da resistência da bobina de ignição
Para testar a resistência da bobina de ignição do seu carro, você precisará de um multímetro digital.
Primeiramente, certifique-se de que o motor esteja desligado e frio antes de prosseguir com o teste. Em seguida, localize os terminais primário e secundário na bobina.
O terminal primário geralmente está conectado à central eletrônica do veículo, enquanto o terminal secundário está ligado aos cabos das velas.
Com cuidado, conecte as pontas do multímetro aos terminais primário e secundário da bobina.
Certifique-se de que as sondas estejam firmemente fixadas em cada terminal e evite qualquer contato com partes metálicas próximas para obter uma leitura precisa. Agora é hora de medir a resistência em ambos os terminais.
Anote os valores obtidos e compare-os com as especificações fornecidas pelo fabricante do carro. Geralmente, as bobinas de ignição possuem uma faixa específica de resistência que é considerada normal.
A maioria das bobinas deve ter uma resistência primária variando de 0,4 a 2 ohms e uma secundária entre 6 mil e 10 mil ohms.
Caso a leitura esteja dentro dessa faixa, isso indica que a bobina está funcionando corretamente.
No entanto, se a resistência estiver fora dos valores esperados ou muito próxima ao limite superior ou inferior, isso pode indicar um problema na bobina.
Teste do sinal elétrico gerado pela bobina de ignição
Desconectar os cabos das velas e ligar o multímetro no modo AC volts
Um dos métodos para testar a bobina de ignição do carro é verificar o sinal elétrico gerado por ela. Para isso, será necessário desconectar os cabos das velas e usar um multímetro configurado no modo AC volts.
Ao selecionar esse modo, estaremos preparados para medir corretamente a voltagem alternada produzida pela bobina.
Girar o motor para gerar faíscas nas velas e verificar se há um sinal elétrico consistente
Após conectar corretamente o multímetro ao sistema, é hora de dar partida no motor. Ao girar a chave de ignição, as faíscas devem ser geradas nas velas pelos pulsos elétricos da bobina.
É fundamental observar se essas faíscas são consistentes e ocorrem em intervalos regulares. O ideal é que as faíscas exibam uma coloração azulada ou branca brilhante, indicando uma ignição adequada.
Se houver interrupções ou ausência completa de faísca em alguma vela, isso pode ser um sinal de mau funcionamento na bobina de ignição ou em outros componentes do sistema.
Nesse caso, é recomendável buscar por assistência técnica especializada para uma análise mais detalhada.
Teste do isolamento da bobina de ignição
Uma etapa importante ao testar a bobina de ignição do carro é verificar o isolamento adequado da mesma. Para isso, é necessário desconectar os cabos das velas novamente e ligar o multímetro no modo ohms (resistência).
Essa configuração permitirá medir a resistência entre os terminais primário/secundário e também em relação à carcaça da bobina.
Desconectar os cabos das velas novamente
Para realizar esse teste com precisão, é imprescindível desconectar os cabos das velas antes de iniciar as medições. Isso garantirá que não haja interferência nos resultados obtidos.
Além disso, é recomendado ter cuidado ao manusear esses cabos, pois podem estar quentes caso o veículo tenha sido recentemente utilizado.
Ligar o multímetro no modo ohms
O próximo passo consiste em configurar o multímetro para medir resistência usando a escala ohm (Ω).
Essa opção permite obter uma leitura precisa dos valores de resistência elétrica. Certifique-se de que o multímetro esteja corretamente ajustado nesse modo antes de prosseguir.
Medir a resistência entre os terminais primário/secundário e carcaça
Agora que tudo está configurado corretamente, você pode começar a medir a resistência entre os terminais primário/secundário da bobina e também em relação à sua carcaça.
Verifique se há continuidade ou algum curto-circuito. O valor obtido deve estar próximo ao especificado pelo fabricante, caso contrário, pode indicar um problema na bobina de ignição.
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