Após a Comissão Europeia anunciar que investigará possíveis subsídios da China para seus fabricantes de modo a reduzir os preços e assim avançar sobre o mercado europeu, a França se torna o primeiro país do bloco a revelar mudanças nas regras locais para barrar os elétricos chineses.
O presidente Emmanuel Macron e seus ministros não fizeram segredo sobre as intenções do governo de mudar as regras de concessão de créditos em dinheiro para carros elétricos, que variam de € 5.000 e € 7.000.
A questão francesa é que no mercado local, os carros elétricos são caros, mesmo com os bônus de Paris, por isso os consumidores buscam os produtos chineses, com preços mais competitivos.
Para este caso não parece haver solução a curto prazo, mas para barrar os chineses, Macron elabora uma mudança nas regras de qualificação focado em baterias para excluir da jogada as marcas chinesas.
A ideia, a ser colocada em prática a partir de 15 de dezembro, contemplará a emissão de carbono de todo o processo industrial, o chamado “do poço à roda”, o que naturalmente excluirá os chineses, já que o país asiático tem 85% de sua energia proveniente da queima do carvão.
Na França, a energia nuclear domina o cenário elétrico e isso beneficiaria os fabricantes locais, que utilizariam fábricas mais sustentáveis.
Para a China, a desvantagem, além da produção com energia suja, é o transporte marítimo, considerado atualmente de grande emissão de carbono, ainda que na Europa muitos países usem trens diesel-elétricos para a mesma função.
Ainda que alguns fabricantes chineses tenham investidos em plantas limpas, de modo geral a indústria chinesa ainda se apoia no carvão.
Marcas como a BYD, já apostam em navios mais limpos para o transporte marítimo.
Não se sabe ainda se Alemanha e Reino Unido, os outros dois maiores mercados da Europa, seguirão o exemplo francês.
[Fonte: Reuters]
Quer receber todas as nossas notícias em tempo real?Acesse nossos exclusivos: Canal do Whatsapp e Canal do Telegram!