Governo federal já simula para criar novo carro popular

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O governo federal também considera recriar o chamado carro popular, ideia que nasceu de conversas entre algumas montadoras instaladas no país, em busca de reavivar o mercado nacional, combalido por uma crise que vem desde a pandemia de Covid-19.

Durante o 4º Encontro da Indústria de Autopeças, realizado nesta segunda (24), em São Paulo, Margarete Gandini, diretora do Departamento de Desenvolvimento da Indústria de Alta-Média Complexidade Tecnológica do MDIC, falou sobre o assunto.

A executiva do Ministerio de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, confirmou que o governo federal está realizando estudos para verificar a viabilidade de se (re)criar um programa para carros populares no mercado nacional.

O objetivo é alavancar as vendas de veículos leves com uma categoria de entrada com preço mais acessível para atingir as massas não incluídas no mercado consumidor atual.

Para esse perfil de comprador, que hoje não pode ou mesmo não quer gastar R$ 70.000 num carro básico de entrada, a solução seria um “carro verde de entrada” ou algo assim, abastecido apenas por etanol, com 50 cavalos e preços entre R$ 45 mil e R$ 50 mil.

Pelo menos é isso o que se conversa nas rodas informais das montadoras, mas a questão é difícil, pois, ter um carro popular no mercado, exigirá renúncia fiscal por parte do governo, assim como aperto no cinto dos fabricantes.

Gandini reconhece a coisa: “Não é fácil conseguir uma modelagem factível para essa proposta, mas estamos fazendo simulações internas para ver o que é possível. As emissões de CO2 são parte fundamental nesse projeto”.

Pela declaração, o etanol será mesmo o motivo para justificar incentivos fiscais para cortar os preços desses carros.

Outro ponto é que para se chegar ao carro verde de entrada, será necessário um plano de financiamento com juros baixos para o consumidor poder colocar em seus orçamentos.

Gandini diz: “O debate sobre um carro mais barato é importante neste momento porque a indústria opera com quase 50% de ociosidade”.

Já sobre o FGTS, Margarete desconversa, já que o assunto só será debatido após o julgamento no STF da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5090 sobre a Taxa Referencial (TR), na correção das contas do fundo.

[Fonte: Auto Indústria]

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X