A Fenabrave, entidade que reúne os revendedores de automóveis no país, quer mais incentivo do governo para que as vendas continuem a crescer no mercado nacional.
José Maurício Andreta Júnior, presidente da Fenabrave, comentou: “O programa foi um sucesso, fez o coração voltar a bater. Agora, precisamos dar continuidade”.
A entidade diz estar trabalhando em um estudo para ver quais as saídas para que o mercado continue a crescer, a partir de medidas que poderiam ser adotadas pelo governo federal para beneficiar as vendas de automóveis.
Na visão da Fenabrave, o mercado precisa de uma solução de longo prazo e não apenas emergencial, surgindo como uma forma de combater os juros altos e manter os empregos, tanto nas redes de concessionárias, quanto nas fábricas.
Andreta observou em seu setor: “As lojas precisam de um volume mínimo para que permaneçam abertas e mantenham os empregos”.
Pensando adiante, o presidente da Fenabrave reforçou o uso de medidas sólidas para o mercado nacional: “Vamos fazer uma análise do que aconteceu no mercado nos últimos meses para entender quais ações poderiam ter maior impacto”.
Quando Andreta fala dos revendedores, um dos pontos que afetou os lojistas foi a venda direta para o consumidor comum, que tirou parte da receita das redes que, no entanto, viram o fluxo de consumidores aumentar em suas lojas.
Apenas no dia 30 de junho, nada menos que 22 mil carros foram emplacados, um recorde que, se considerar 20 dias úteis normalmente de um mês, garantia ao mercado uma venda mensal de 440.000 carros!
Em 12 meses, isso significaria quase 5,3 milhões por ano, mas foi somente uma explosão isolada, que mostra que o consumidor quer comprar, mas juros altos, falta de crédito e outros inconvenientes atrapalham, como os preços elevados, que precisaram baixar até R$ 10 mil para mostrar essa realidade.
Já com 90% do recurso total de R$ 800 milhões, usados pelas montadoras, resta saber se o governo fará mais uma adição.
[Fonte: AB]
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