A situação econômica na Argentina está bem complicada e para ficar ainda pior para as montadoras, agora não se pode importar peças para as linhas de montagem e duas empresas já suspenderam a produção.
Volkswagen e General Motors anunciariam na Argentina, que suspenderão a produção, com ambas estendendo as férias coletivas dos funcionários e assim ficarão mais algumas semanas em casa devido à escassez de componentes.
Na VW, a operação de produção da Amarok e do Taos voltará ao ritmo normal até o início de março, o que é bastante tempo, ou seja, mais de um mês pela frente.
A General Motors em Alvear, na região de Santa Fé, não revelou quando retomará a produção do Tracker. Além delas, a Renault-Nissan também foi afetada pela falta de peças de componentes para as picapes Frontier e Alaskan.
Ainda assim, a montadora, com fábrica em Córdoba, mantém a produção. Já as demais montadoras não comunicaram problemas com peças e sistemas, mas o problema deve afetar a todos, uma vez que a questão é política.
O que acontece na Argentina é que o governo anterior estimulou as montadoras a financiarem as compras de peças, sob a condição de que receberiam de volta os valores corrigidos pelo Banco Central do país, de modo a quitar as dívidas contraídas.
Todavia, isso não aconteceu, segundo fontes locais, gerando uma dívida que já é de US$ 8 milhões e, por conta de uma lei do novo governo, que emitiu um título chamado Bopreal, buscou-se resolver a questão, resgatando as empresas endividadas no exterior.
No entanto, não são todos os fornecedores que aceitarão o título e apenas a Toyota teria aderido ao programa da Casa Rosada. Com a alta galopante da inflação na Argentina, o governo reduz ainda mais a quantidade de peças importadas liberadas.
Dessa forma, espera-se que haja problemas na oferta desses modelos no Brasil.
[Fonte: Estadão]
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