Existe muita expectativa no mercado quanto à nacionalização de alguns modelos da BYD em Camaçari, na Bahia, já sendo confirmados Song Plus, Yuan Plus e Dolphin, porém, estes produtos já estão sendo eclipsados por outro que ainda nem chegou.
Trata-se do Dolphin Mini, nome regional para o Seagull, um hatch subcompacto chinês que tem propulsão 100% elétrica e que chegará inicialmente importado ao Brasil, mas sua principal cartada deverá ser custar na casa dos R$ 100 mil.
No meio de 2023, quando o Dolphin chegou ao mercado custando os atuais R$ 149.800, este abalou o mercado de carros de R$ 150 mil, no que chamamos de “efeito Dolphin”.
Trata-se de uma reação da concorrência que provou desde mudanças estratégicas em algumas marcas, como redução de preços que chegou mesmo no segmento superior, entre R$ 200 mil e R$ 300 mil.
Nesse efeito cascata, o Dolphin ainda reagiu aos concorrentes que tentaram responder sua ousadia e agora se consolida em 2023 como o carro elétrico mais vendido no mercado nacional.
Todavia, o Dolphin Mini chega com expectativa maior, já que na época do lançamento do Dolphin, calculamos que o então Seagull chegaria com preços entre R$ 100 mil e R$ 120 mil com baterias de sódio (30 kWh) e Blade (38 kWh).
Ele ainda não chegou, mas a faixa de preço que imaginamos continua valendo e a BYD sabe disso, assim como o mercado. Na época, o Dolphin já havia atingido os carros elétricos mais baratos do mercado até então.
Hoje, os preços começam em R$ 119.990 no Caoa Chery iCar, mas todos os que custavam R$ 150 mil ou perto disso, hoje saem por menos de R$ 130 mil. Com o Dolphin Mini iniciando em R$ 100 mil, uma reviravolta pode acontecer no mercado.
Isso porque nessa faixa de R$ 100 mil hoje estão algumas propostas de hatch compactos em versões intermediárias e alguns deles já próximos das versões de acesso. Com o Dolphin Mini, as ofertas destes carros comuns podem até não mudar, mas os demais elétricos cairão de preços novamente.
Outro efeito esperado é que lançamentos futuros de carros elétricos terão o Dolphin Mini como alvo e mesmo ações locais, como da Stellantis com o Novo ë-C3, terão que se ajustar para disputar com o chinês.
Além disso, o pequeno da BYD, que tem 3,78 m de comprimento, 1,71 m de largura, 1,54 m de altura e 2,50 m de entre eixos, contribuirá ainda para inserção de mais consumidores de carros pequenos no segmento de elétricos.
Se ele tiver concorrentes na mesma faixa de preço, quem ganhará com isso será o mercado, porém, com volumes grandes esperados, afinal, muitos irão desejar ter um elétrico na garagem, haverá infraestrutura para todos?
Praticamente do tamanho de um Honda Fit da primeira geração, o BYD Dolphin Mini, mesmo com autonomia de 300 km no ciclo NDEC e pouco mais que a metade disso no Inmetro, ainda será mais desejável que muitos compactos populares.
Por fim, a disponibilização do Dolphin Mini como um carro de aplicativo em volumes grandes, ajudará a popularizar o produto e o carro elétrico entre a população. Terá todo esse sucesso? Promete.
BYD Dolphin Mini – Galeria de fotos
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