Carros mais baratos: marcas e concessionárias discutem venda direta para pessoa física

concessionaria atendimento
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As vendas diretas são um importante meio de compra de pessoas jurídicas no mercado automotivo nacional há muito tempo e as locadoras são as que mais fazem isso, porém, nos últimos anos, pessoas físicas estão ingressando nessa prática comercial.

Isso está gerando um debate intenso entre montadoras e concessionários, devido à quantidade de ofertas por meio de venda direta para consumidores pessoa física, preocupando os revendedores.

Após a pandemia, as montadoras buscaram a qualquer custo aumentar as vendas e a venda direta ao consumidor foi o meio de facilitar o ingresso de clientes nas marcas sem o intermédio dos revendedores.

Para a montadoras, a venda direta é boa porque não incide impostos sobre o varejo, no caso os preços sugeridos, tributando somente os preços de custo, sem as margens das lojas.

Nisso, os preços ao consumidor podem ser mais baratos e isso significa vendas maiores, como no caso da GWM, por exemplo, ainda que a marca chinesa tenha negociado com seus distribuidores.

A relação de fabricante e revendedor é regida pela Lei Ferrari de 1979, mas muitos defendem uma mudança, já que hoje as marcas precisam vender seus veículos por intermédio de concessionários.

Recentemente, Anfavea e Fenabrave se reuniram para discutir a questão, que pode acabar em um consenso sobre ampliar ou não a venda direta, porém, para isso seria necessário alterar a Lei Ferrari.

Para o consumidor, comprar direto do fabricante é uma vantagem por conta do preço menor, mesmo que a entrega seja feita pelos revendedores. Hoje, quase 50% das vendas totais são sem o intermédio dos lojistas.

Todavia, os revendedores temem perder vantagem econômica para os fabricantes de veículos, mesmo que a maioria do faturamento comercial venha do pós-venda e do comércio de seminovos.

Para os lojistas, a questão ainda é mais complexa por conta da exclusividade de marca e o de exclusividade territorial, estabelecidas pela Lei Ferrari, que já está sendo questionada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Em seu caso leitor, é melhor comprar diretamente da marca ou ainda vale a pena negociar com um revendedor?

[Fonte: Automotive Business]

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X