No final de 2003, quando chegou ao mercado a linha 2004 da Chevrolet Blazer, utilitário grande da marca na época (menor apenas que o gigantesco Chevrolet Grand Blazer, que já tinha saído de linha), ficou claro que os tempos tinham mudado.
Os anos de ouro da Blazer tinham ficado para trás, não só por uma certa falta de modernidade e refinamento para o modelo, mas também por causa de novidades vindas de outras marcas.
A Mitsubishi tinha o Pajero, a Nissan tinha o Xterra, e a Ford avançava em um nicho abaixo do preço da Blazer, com o novo EcoSport, que tinha preço bem inferior e mais acessível.
Foi então que a Chevrolet decidiu partir para a briga, deixando a Blazer mais simples. Mas o que a marca fez, em detalhes?
Os detalhes da Blazer simplificada de 2004
Primeiro, a versão de entrada ficou mais básica, e teve seu preço inicial reduzido em R$ 1.500, partindo de R$ 59.600.
O número de versões foi reduzido, e a versão Standard passou a ser a única opção do modelo com motorização a gasolina. Seu motor era aquele 2.4, que sabemos que ficou no modelo até o seu fim, na linha 2011.
A versão Standard 2.4 tinha um pacote de equipamentos chamado DLX, que custava R$ 5.500 e “transformava” o SUV na versão mais equipada.
Ainda assim, essa versão DLX meio fake era bem mais simples que a DLX de anos antes, no final da década de 90 e começo da década de 2000.
Motor a diesel para quem quer equipamentos de série
As versões a diesel seriam as únicas a manter o pacote de equipamentos Exclusive, afinal, era muito mais interessante para a Chevrolet que os interessados em uma versão Exclusive fossem obrigados a pagar quase o dobro do valor da versão Standard.
As Blazer diesel da linha 2004 tinham também a opção de tração 4×4.
O delicioso motor 4.3 V6, de ronco incrível (muito melhor que o da Ranger 4.0), que brilhou no modelo nas linhas de 1997 a 2003, sumia do mapa, bem como a opção de câmbio automático, afinal, este câmbio só era usado junto com o motor V6.
Os problemas que a Blazer ainda apresentava
O problema da Blazer nessa época é que ela tinha uma suspensão que não suportava buracos e pisos ruins. A suspensão macia demais para os padrões brasileiros não ajudava o carro a se manter em linha reta por muito tempo, a não ser que fosse em uma estrada completamente lisa e plana.
O banco traseiro também não agradava os ocupantes de trás, que sofriam com o assento curto demais e o encosto pouco inclinado, dando pouco conforto em percursos mais longos.
Motor 2.4 agradava
Apesar de não contar mais com o motor V6, o modelo não desagradava com seu motor 2.4, que entregava 128 cavalos a 4.800 rotações e 22 kgfm de torque a 2.600 giros. Ele mostrava força e disposição em todas as faixas de rotação.
Os principais equipamentos de série da Blazer DLX 2004 eram ar-condicionado, direção hidráulica, ajuste de altura do volante, rodas de liga leve e rack no teto.
E você, já teve uma Blazer? O que acha do modelo?
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