A Ford Explorer é uma SUV raiz que marcou o mercado brasileiro nos anos 90.
Sempre encontrada com motores V6 ou V8 é uma típica SUV americana, grande, pesada e robusta.
Nosso texto de hoje vai falar das gerações passadas do modelo, que estiveram presentes no mercado brasileiro, fique de olho nas principais reclamações e problemas do modelo.
A Ford Explorer fez relativo sucesso no Brasil da década de 90 até meados dos anos 2000 e ficou sumida por um bom período, com notícias de sua volta aparecendo de tempos em tempos, mesmo assim é possível encontrar unidades mais novas à venda.
Alguns dos motores encontrados por aqui são o o V8 302, de 5.0L, com 220 cv e 39,8 kgfm que rendia aceleração de 0 a 100 km/h na casa dos 11s e velocidade máxima de 180 km/h.
Outro motor era o V6 4.0L, com 160 cv e 31 kgfm de torque, apresentava uma aceleração de 0 a 100 km/h em 12,5s e velocidade máxima de 170 km/h.
Mesmo sendo um projeto antigo, já trazia itens bem atuais, como freios ABS, ar-condicionado, direção hidráulica, além de itens de requinte, como bancos de couro.
Agora vamos aos principais problemas e reclamações do modelo:
Baixo desempenho
Os motores V8 são verdadeiras lendas, e hoje boa parte deles tem mais de 400 cv, mas infelizmente nem sempre foi assim e o V8 da Explorer é bem manso…
O problema é agravado pelo câmbio automático de 4 velocidades, que não envelheceu muito bem e tem baixo desempenho para os padrões atuais.
As unidades com motor V6 aspirado sofrem ainda mais, pois o peso do carro é basicamente o mesmo, e eles tem 50 cv a menos pra empurrar toda essa massa.
Alto consumo
Já era de se esperar que o consumo da Explorer seja alto, afinal o já citado motor V8 aliado às 2 toneladas de aço não poderia ser econômico.
O consumo fica na casa dos 5 km/l na cidade e 8,5 km/l na rodovia, sempre rodando na gasolina.
Componentes de freio duram pouco
Devido ao peso do carro, os discos e pastilhas de freio tem um desgaste acentuado, principalmente se o proprietário tiver uma forma de condução agressiva.
Os componentes não costumam ser caro quando comprados de marca paralela, mas vale a atenção na hora da compra.
Muitas unidades tem kit gás
O uso de gás não é por si só problemático (apesar de particularmente não me agradar), porém o serviço tem que ser bem executado e com componentes de qualidade.
Se a unidade que estiver comprando utilizar esse sistema, leve em alguma oficina especializada para avaliar o conjunto, a má instalação e o mal uso podem condenar o motor.
Falta de mão de obra especializada
Mesmo não tendo uma mecânica problemática ou complexa, pode ser difícil encontrar um mecânico disposto a mexer nela (sem cobrar os olhos da cara por isso).
Cuidado com o câmbio automático
O câmbio é robusto, mas após mais de 20 anos rodando (e muitas vezes sendo negligenciado) ele pode apresentar problemas.
Fique de olho nos trancos, vibrações e marchas enroscando, qualquer reparo pode sair caro e demorado.
Solicite as notas de revisões e trocas de óleo do conjunto.
Revenda complicada
Mesmo que os compradores, na maioria das vezes, não pensem em vender o carro, quando isso é necessário é bem difícil de conseguir.
Peças de acabamento são difíceis de encontrar
As peças de acabamento, especialmente as internas, são bem difíceis de encontrar no Brasil.
Verifique se a unidade que está comprando tem todas elas e se elas estão inteiras.
Conclusão
A Ford Explorer foi um carro de luxo e robustez no seu lançamento, e ainda tem as boas características do lançamento.
Atualmente o grande problema do carro são as peças de reposição, o baixo desempenho e alto consumo do modelo.
Talvez não seja a melhor opção de carro para o dia-a-dia, mas é uma boa opção de segundo carro.
Procure uma unidade conservada, com histórico de revisão e com todos os acabamentos íntegros.
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