Chevrolet Spin – defeitos e problemas

Chevrolet Spin Advantage

A Chevrolet Spin é uma minivan que a GMB desenvolveu para substituir as antigas Meriva e Zafira, o que gerou muitos críticas dos clientes da marca.

De qualquer forma, desde 2012, o modelo vem se mantendo e converteu-se num modelo preferido especialmente por taxistas, sendo quase uma unanimidade em locais como aeroportos, por exemplo, mas tem defeitos e problemas.

Com cinco ou sete lugares e ainda com direito à versão aventureira (Activ), a Spin chegou com o vetusto motor 1.8 8V Flex da Família II com até 108 cavalos e opção de câmbio automático de seis marchas, o mesmo usado pelo Cruze.

Oferecendo bom espaço interno e porta-malas generoso, a minivan se converteu na única opção para muitos profissionais e famílias que precisam de volume disponível.

Usando uma mecânica simplificada, a Chevrolet Spin 2024 se mostrou um carro bem robusto e de pouca manutenção no depoimento de muitos clientes, que apenas realizaram as revisões periódicas e os serviços regulares normais.

Mas, obviamente, mesmo com esse bom histórico de muita gente, outros tantos reclamam de alguns defeitos do produto e vícios.

Nesse último caso, três deles são os mais apontados: trancos no câmbio automático, alto consumo e desgaste excessivo de pneus. Também reclamam do ar condicionado fraco, do acabamento ruim e de batidas secas da suspensão, de acordo com depoimentos em sites de opinião, clube de proprietários e site de reclamação online.

Chevrolet Spin LTZ 2018

Problemas no câmbio automático

Os donos de Spin reclamam de defeitos e problemas com os trancos no câmbio automático GF6-3 que equipa a minivan. A caixa com conversor de torque e seis velocidades é a mesma usada em todos os automóveis de passeio da Chevrolet, com exceção do Camaro e do Equinox.

Trata-se de um câmbio moderno, mas que não caiu bem no velho motor 1.8, que já foi chamado de diversos nomes e atualmente é SPE/4.

Os donos se queixam que os trancos ocorrem mesmo com o veículo parado e entre segunda e terceira marcha ou entre quarta e quinta marcha. No clube de proprietários, o tópico é o com a maior quantidade de depoimentos depois do consumo e relatos falam que o problema é num filtro interno, recomendando a abertura do câmbio e a não substituição do óleo fora da rede Chevrolet.

Há quem fale de uma atualização feita por scanner, que reduz ou elimina os trancos. Entretanto, o incomodo é apontado por diversos donos dessa versão automática da Spin. No câmbio, o botão da alavanca também é suscetível à quebra.

No manual, a manopla do câmbio já chegou a ser trocada duas vezes num único carro, mas foi pontual. Barulho com câmbio em neutro também é verificado.

Consumo alto

O consumo é relatado como muito alto nos defeitos e problemas da Spin, com proprietários falando em médias de 6 e 7 km/l na cidade. Mas, isso não ocorre com etanol, como seria o esperado e sim com gasolina. Um deles diz que só usa aditivada e não passa disso.

Outros apontam que a programação do câmbio, que tem respostas lentas nas ultrapassagens e retomadas, ajuda no aumento do consumo. Também se fala na idade do motor, que já não atenderia com um consumo adequado.

Falando nele, o motor 1.8 SPE teve mencionada folga de virabrequim no clube de proprietários, assim como defeitos em bomba d´água, coxim do motor, mangueira do radiador e luz da injeção acesa, sendo um alerta que aponta para defeito nos injetores.

Pneus duram pouco

Outro dos defeitos e problemas da Chevrolet Spin é o alto consumo de pneus. Os relatos sobre a não durabilidade dos pneus (mencionaram o Bridgestone Turanza) são vários e as trocas geralmente ocorrem antes dos 25.000 km, muito pouco para um carro adquirido zero km. Um dos relatos fala que os pneus começaram a se desgastar ainda antes da primeira revisão.

Aos 9.000 km, eles já estavam gastos na parte interna, indicando desgaste excessivo muito antes do esperado. Outro relato diz que mesmo com alinhamento e balanceamento recomendados no manual, os pneus da Spin não duram.

Alguns não mencionam a marca do pneu, mas chamam atenção para o desgaste. Um que reclamou, conseguiu chegar a 33.000 km.

Além disso, falam que os pneus originais de fábrica são ruidosos e acabam por serem trocados de fabricante também por esse motivo, quando chegam ao fim da vida.

Falando em suspensão, queixas sobre a dureza do conjunto, com batidas secas são regulares, assim como a reparação de defeitos nas mesmas. A troca de bieleta também foi relatada. No caso do estepe, rangidos no exterior do veículo também incomodam, assim como reclamam do estepe não regular interno.

A caixa de direção teve que ser trocada em um relato, assim como sensor de catalisador, sonda lambda e bomba de combustível, nesse caso, um dos relatos fala que o componente queimou antes de 71 mil km.

Barulhos e outros problemas

O acabamento da Chevrolet Spin é também criticado em defeitos e problemas por causa da profusão de materiais plásticos encaixados, que geram ruídos internos. Um proprietário decidiu encher os espaços com espuma para eliminar os rangidos e diz ter conseguido o feito.

Há também reclamação em relação ao ar-condicionado, considerado fraco para o volume interno da minivan. Num caso, o dispositivo parou de funcionar com o carro no congestionamento e em dia quente. O dono o levou ao concessionário, que não identificou qualquer anomalia em seu funcionamento.

Outro reclamou da intermitência nos vidros elétricos, o que acabou por bloquear sua subida em um dia de chuva, alagando o interior do veículo. Ainda em relação aos vidros, os botões tiveram de ser trocados em outro caso.

O marcador de combustível também tem um defeito apontado por donos de Spin, onde o dispositivo mostra incorretamente a quantidade de combustível, indicando reserva muito antes do final ou volumes fora da realidade.

Por fim, a queima de lâmpadas se faz presente em poucos casos, mas ocorrem, como os faróis de neblina, que um proprietário disse custarem muito para serem trocados.

Chevrolet Spin LTZ 2018

Dos males o menor

Como se vê, mesmo a Chevrolet Spin com seu motor bem conhecido no mercado e seu espaço também apresenta diversos defeitos e problemas. Mesmo assim, a quantidade de relatos que não indicam anormalidades chama atenção, pontuando negativamente mais os indicados nessa matéria.

Recentemente, a Spin mudou seu visual – amplamente criticado pelos próprios donos – assim como o espaço no banco traseiro, onde vários reclamam da falta de espaço para as pernas. Pensando nisso, a GM mudou o sistema da segunda fileira, adicionando um ajuste longitudinal para aumentar esse espaço.

Mas, ainda assim, a GM manteve outras coisas que os clientes não gostam, como o acabamento simples e o motor 1.8 de mais de 30 anos de mercado, bem como a igualmente criticada transmissão automática de seis marchas.

No motor, uma atualização o levou para 111 cavalos no etanol e outras melhorias para gastar e poluir menos, mas como já sabemos, ele está no fim da linha e não dá para fazer mais milagres.

A Chevrolet Spin também demorou demais para ser atualizada, sendo isso feito esse ano, o que indica que continuará no mesmo formato por um bom tempo ainda.

Se constarmos isso como meia vida, podemos esperar uma substituição por volta de 2022, um tempo realmente enorme, pois completaria ali uma década. Isso não seria incomum, dado que a Zafira permaneceu doze anos no mercado, mas saiu elogiada pelos clientes da marca.

[Fontes: Clube da Spin/Reclame Aqui]

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X