A Chevrolet Montana foi uma picape leve da General Motors que chegou até sua segunda geração, embora aí exista uma contradição. O modelo era voltado para o trabalho, pois perdeu o apelo para o lazer da geração anterior. Desde 2011, ela era a opção mais barata da marca.
Esta picape leve era bem moderna na época e seguia a evolução do compacto, que era semelhante ao similar europeu. A Montana era atraente e vendeu bem durante seus sete anos de mercado.
Porém, em 2011, a GM precisava renová-la e não havia um sucessor, pois o Corsa C não teria continuidade aqui.
Mas o que os donos da última Montana apontam como defeitos e problemas?
Motor e câmbio
Entre os defeitos e problemas da Montana, os proprietários reclamam bastante da falta de robustez e performance do veículo. O motor 1.4 8V é considerado fraco e com pouca força em baixas rotações, entregando este 94/99 cv, além de 12,9/13,0 kgfm a 3.200 rpm.
Esse motor já deu trabalho para alguns donos da picape Chevrolet. Num dos relatos, o proprietário disse que abriu o propulsor nada menos que seis vezes! Em uma delas, por causa de travamento. O dono levou em dois mecânicos diferentes, mas não detalhou os serviços feitos.
Noutro caso, um vazamento da bomba d’água ocorreu com apenas 6.000 km. Mas não foi apenas este que apareceu em um carro relativamente novo. Um relato diz que a luz da injeção ficou acesa aos 27.000 km, devido a um problema no medidor de fluxo de ar.
O dono teve que pagar R$ 350 na internet, com frete, para receber o componente, que na revenda custava R$ 1.280.
Numa Chevrolet Montana LS 2015, a luz de injeção se acendeu aos 20.000 km e uma análise eletrônica indicou problema no catalisador. Mas, após limpeza, continuou o problema. Entretanto, um mecânico teria dito que o mesmo estava bom. O problema não foi solucionado.
No mesmo carro, mas com 25.000 km, começou a falhar o motor acima de 80 km/h. O problema era a bobina e, após sua troca, o propulsor voltou a funcionar redondo.
Em outro relato, uma Montana 2014 com 30.000 km teve a junta do cabeçote queimada aos 23.000 km, bem como um vazamento de óleo no câmbio com 18.000 km e mais a caixa de direção com estalos aos 29.000 km.
Embora seja um motor muito antigo e bem conhecido, muitos problemas deveriam ter sido corrigidos ao longo do tempo, mas isso parece que não aconteceu. Um exemplo fala de uma Montana 2015 com vazamento da junta do cárter aos 15.000 km.
Nesse relato, o problema aconteceu um mês após vencer a garantia de um ano do veículo e a revenda não quis arrumar. O cliente teve que fazer o reparo por conta própria. Outro vazamento do mesmo tipo ocorreu com outro cliente da GM aos 18.000 km.
Também envolvendo a mecânica da Chevrolet Montana foi o caso de um cliente que relatou os seguintes defeitos e problemas: 3.000 km, vazamento de água do radiador pela mangueira, 4.000 km, o motor falhando exigiu troca de velas e 4.000 km e a coluna de direção ruidosa apareceu.
Ainda assim, todos os itens foram trocados na garantia. Porém, no último caso, demorou um mês para chegar a peça da direção.
O câmbio também não passou sem problemas nas mãos dos clientes da Chevrolet. Alguns reclamam que a transmissão tem folga e que os engates são secos e difíceis, assim como as peças são caras e problemáticas para encontrar.
Num caso relatado em site de reclamação, o dono disse que o câmbio não engatava direito a segunda e terceira marchas, sendo necessário ajustar os cabos de acionamento. O mesmo carro apresentou defeito na direção.
No consumo, os donos de Montana também se queixam. Alguns falam que, abastecida com etanol, a picape leve faz de 5 a 6 km/l na cidade e de 7 a 8 km/l na estrada. Um relato diz que a comercial da Chevrolet faz 7 km/l na cidade e 10 km/l na estrada, com gasolina.
Os relatos mencionam que, mesmo com o ar desligado, o carro bebe bastante. Mesmo vazia, a picape da GM tende a consumir mais. Outros, porém, apontam que a mesma é bem econômica em cidade e estrada.
A troca de bobina de ignição também é outro dos defeitos e problemas mais recorrentes da Chevrolet Montana, sendo que os casos variam muito de quilometragem. Em um deles, o carro teve o item substituído aos 60.000 km.
A embreagem é outro item não muito apreciado, sendo que um dos donos diz que não há ajuste do sistema e outro apontou que a mesma estava patinando aos 36.000 km. Isso sem contar o vazamento do retentor do câmbio, que acarreta em grande vazamento de óleo lubrificante.
Suspensão
A suspensão é considerada baixa e ruidosa por parte dos donos de Montana. A reclamação maior é em relação ao barulho, tanto na frente quanto atrás, irritando muitos proprietários.
Num relato, o dono disse que molas e amortecedores não suportam carga, sendo que os primeiros foram trocados aos 50.000 km, assim como buchas de suspensão e rolamentos trocados com apenas 36.000 km. O mesmo disse que a suspensão dianteira desalinha com facilidade.
Outro menciona que a frente é muito baixa, raspando fácil em qualquer lugar e batendo o fundo, onde acaba soltando a fixação do para-choque, cuja reparação em caso de avaria, não sai barato.
No caso da bobina trocada aos 60.000 km, o mesmo dono falou que sua Montana teve as buchas de balança e amortecedores trocados aos 77.000 km. Outro cliente apontou a troca de escape completo aos 75.000 km.
Na garantia, um cliente da Chevrolet disse que foram trocados o amortecedor dianteiro direito e o retentor do câmbio, com vazamento considerável de óleo, aos 3.000 km. Outro caso similar foi relatado.
Outro comentário fala de um cano do ar-condicionado e que raspava na carroceria, geando assim barulho excessivo acima de 2.700 rpm na Montana 2014. Carro ficou 14 dias na revenda para descobrirem o defeito.
No mesmo carro, foi relatado que a direção apresentava ruídos ao esterçar, mas a revenda disse que era normal.
Na suspensão da Montana, uma unidade teve as buchas trocadas com 35.000 km e apenas com um ano e meio de uso. Outro exemplar apresentou defeito antes de 49.000 km, quando teve uma bateria trocada e dois cubos de roda traseiros substituídos. O mesmo apresentou defeito nos freios ABS.
Os pneus são ditos como de pouca durabilidade. Um dono disse que os pneus foram trocados aos 30.000 km, o mesmo em relação a outro caso. Um relato fala de troca com 27.000 km e sem carregar peso.
Numa Montana 2015, a picape teve problemas com os freios ABS em menos de 1.000 km por causa de sensor do cubo. No mesmo carro, os rolamentos dianteiros trocados aos 20.000 km, enquanto vazamento de juntas do câmbio e pneus trocados na mesma quilometragem.
Uma Montana 2017 teve trocados bomba de direção hidráulica, reservatório e mangueiras desse sistema, assim como coluna de direção e cinta do airbag. O câmbio teve que ser trocado e a suspensão teve bandejas e buchas reparadas. Tudo isso com apenas 10.000 km rodados.
Defeitos diversos
A Chevrolet Montana é tida como um carro de acabamento muito simples e cheio de plásticos. A montagem de peças e revestimentos é criticada e até a vedação tem defeitos e problemas.
Num relato, a borracha das portas acabou saindo e buchas de balança foram trocadas com apenas 3.500 km. No mesmo carro, a tampa do fluído da direção hidráulica estava vazando, mas revenda disse que é normal.
Um caso interessante é o de um dono de Montana 2013, que acusou vazamento de fluído de freio no interior do veículo. O mesmo falou que o tanque não enche completamente e que a bomba trava com facilidade, embora caiba mais combustível.
Um dono falou que barulhos são ouvidos nos vidros, sendo que o carro tem menos de 12 mil km. Pior mesmo foi um cliente falar que, com somente 1.800 km, pontos de ferrugem foram encontrados na carroceria.
O mesmo apontou cheiro de combustível no habitáculo e banco do passageiro com defeito ao bascular. Caixa de direção ficou barulhenta.
Como se vê, apesar da proposta ser boa, a Chevrolet Montana (veja aqui Projeção Montana Activ 2019) carece de maior atenção e boa parte dos problemas tem relação com seu projeto, que envolve um propulsor antigo e uma plataforma dos anos 90, assim como a redução de custos em sua fabricação.
[Fonte: Clube Chevrolet/Reclame Aqui]
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