A Hyundai trouxe a Vercruz a fim de entrar em um segmento sem muitos representantes de peso na época, o de SUVs com 7 lugares, com um certo luxo, visual agradável para a época, motor V6 e opcionais dignos de carros Premium.
Hoje já pode ser encontrada facilmente por menos de R$ 50.000,00. Se você está pensando em adquirir uma, esse texto vai te alertar dos principais problemas e focos de reclamação do modelo.
Lançada em 2007, tinha exclusivamente o motor V6 3.8l, que rendia ótimos 270 cv e 36,2 kgfm de torque, aliado ao câmbio automático de 6 velocidades empurrava os mais de 2.000 kg de 0 a 100 km/h em menos de 10s.
Tinha velocidade máxima inferior aos 200 km/h, são bons números levando em consideração o peso, os freios à disco nas 4 rodas e suspensão independente na traseira traziam um rodar confortável e uma dinâmica boa para o segmento.
Tinha 10 airbags, bancos de couro, acabamento primoroso, faróis de xênon, rodas 18”, sensor de ré, teto solar, ar-condicionado de 3 zonas, controles de tração e estabilidade, faróis de neblina e muito mais.
Seu espaço interno leva confortavelmente 5 adultos e 2 crianças, e o porta-malas com os 2 bancos traseiros rebatidos tem capacidade de 600 litros, sendo uma boa opção para famílias grandes.
O carro é bem completo, grande e o acabamento é bonito, mas quais são as reclamações e problemas do modelo? Abaixo estão elas:
Consumo elevado
Esse é o mais óbvio de todos, e você já deve saber disso, mas vale a pena lembrar, o carro bebe muito, as médias de consumo na rodovia ficam na casa do 9 km/l e na cidade dificilmente vai fazer mais que 5 km/l, se andar com o carro cheio.
A culpa desse consumo assustador é o peso e tamanho do carro.
Custo e disponibilidade de peças
Por ser um carro que não vendeu muitas unidades e já ter saído de linha há 10 anos, as peças estão ficando difíceis de encontrar, especialmente as de acabamento e lataria, como faróis de plásticos internos.
Muitas vezes o preço delas pode ser proibitivo e os proprietários simplesmente deixam o carro com peças quebradas ou faltando, portanto atenção ao interior e seus acabamentos plásticos, procure por botões e peças quebradas ou faltando.
Revenda e seguro
A baixa disponibilidade de peças e custos elevados acabam por prejudicar a revenda do carro, que já não tem mais muita liquidez, fazendo com que seja difícil vender e o carro desvalorizado, o mesmo vale para o seguro, que está na média de R$ 3.800,00 e é recusado por algumas seguradoras.
Manutenção cara
Apesar de ter uma mecânica robusta, sem muitos relatos de problema, quando eles acontecem pode sair bem caro, portanto procure unidades conservadas e com as notas fiscais de reparo, atenção especial ao câmbio automático que deve ter seu fluído trocado regularmente e não pode apresentar trancos no funcionamento.
Barulhos internos
Apesar de bem construído, o acabamento do interior apresenta ruídos com o passar do tempo, em especial ao rodar em estradas esburacadas, o carro não foi pensado para isso, portanto fique atento ao nível interno de ruído, muito barulho indica um carro que foi usado em condições mais severas.
Suspensão traseira frágil e barulhenta
Com o tempo, a suspensão sofre devido ao peso do carro e as péssimas estradas brasileiras, em especial o conjunto traseiro, que apresenta diversos relatos de barulho e desgaste no amortecedor, que é caro e difícil de achar, portanto muita atenção à esse item.
Recall
• Veículos fabricados entre fevereiro de 2008 e junho de 2011, estão sendo convocados a partir do dia 20/05 para substituição do interruptor das luzes de freio desses modelos, que podem apresentar falhas no funcionamento, gerando risco de colisão traseira.
Conclusão
A Veracruz foi um ótimo carro, aliando potência, segurança, opcionais e acabamento que deixam pra trás diversos modelos atuais, pela sua qualidade e desempenho, porém ela foi substituída muito cedo pela sua irmã Santa Fe, que fez com que sua vida fosse curta e não gerasse uma demanda suficiente de peças de reposição no mercado brasileiro, isso nos traz os problemas de preço elevados e escassez das peças.
Ainda é uma boa opção no mercado de usados, pois nesse preço, dificilmente irá encontrar uma concorrente à altura, porém é preciso cautela, escolher uma unidade com calma é primordial para não ter futuras dores de cabeça e o recomendado é tê-la como um segundo carro, pois se tiver a rotina de utiliza-la diariamente o consumo monstruoso e as manutenções elevadas podem corroer suas finanças, além do risco de ficar sem carro alguns dias esperando peças ser elevado.
De qualquer forma sua mecânica é robusta, seu preço de compra é relativamente baixo e tem um bom custo-benefício, se respeitada sua manutenção preventiva e comprar um carro de procedência não deverá ter grandes problemas com ela.
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