Morre o ex-piloto Wilson Fittipaldi Júnior aos 80 anos

O automobilismo nacional ficou mais pobre nesta sexta-feira (23). Morreu Wilson Fittipaldi Júnior, ex-piloto de Fórmula 1 e eterno companheiro do irmão Emerson Fittipaldi, bicampeão de Fórmula 1 e também da Fórmula Indy.

Pai do também ex-piloto de F1, Christian Fittipaldi, “Wilsinho”, como era conhecido, foi audacioso ao lado do irmão na missão de criar uma equipe de Fórmula 1 genuinamente brasileira e nela própria, ele correu na categoria em 1975.

Com o irmão Emerson, já bicampeão, a Coopersucar-Fittipaldi se tornou a primeira e até hoje, única equipe brasileira na categoria. Após 38 grandes prêmios disputados, com duas temporadas pela Brabham, virou chefe de equipe.

Tio de Emmo Fittipaldi, piloto da Eurocup-3 e FRMEC, e tio-avô de Pietro e Enzo Fittipaldi, piloto reserva da Haas F1 e ex-piloto da Carlin F2, Wilson deixa um legado não só familiar no automobilismo mundial.

Comandando a Coopersucar-Fittipaldi até 1982, Wilsinho partiu para a Stock Car, onde ficou durante cinco temporadas. Muitos anos depois, participou da categoria GT3 em 2008 com o irmão Emerson.

Com um legado histórico no automobilismo e de empreendedorismo esportivo, Wilson Fittipaldi Júnior adormeceu na morte aos 80 anos, vítima de complicações de uma parada cardíaca sofrida em dezembro, após um engasgo.

Wilson Fittipaldi estreou na Brabham em 1972 ao lado de Graham Hill e Carlos Reutemann. No mesmo ano, ocorria em Interlagos o primeiro GP Brasil e Wilsinho ficou em terceiro, subindo ao pódio.

Pilotando um carro desenvolvido por Gordon Murray, hoje dono da GMA, Wilson viveu na era das lendas da Fórmula 1, das provas extremamente disputadas, dos perigos e das trágicas fatalidades, num mundo ainda sem a eletrônica embarcada que marcaria a categoria anos depois.

Competitivo, Wilson Fittipaldi Júnior infelizmente não conseguiu bons resultados na Brabham e se retirou da categoria em 1974, porém, para quem pensava que ele havia desistido, se surpreendeu em seu retorno na temporada de 1975 ao lado do irmão na única equipe da F1 sul-americana que alguém viu, a paulistana Coopersucar-Fittipaldi F1. Obrigado Wilson!

[Fotos de reprodução da Coopersucar-Fittipaldi F1]