Os carros elétricos são realidade no Brasil, quer você goste ou não e o Leaf foi um dos primeiros a engrenar alguma venda considerável.
Ainda que estejam se popularizando, os carros elétricos ainda deixam consumidores do mercado de seminovos e usados com a pulga atrás da orelha.
De fato, toda tecnologia nova deve ser bem estudada antes da compra, e com o Leaf não deve ser diferente.
Está pensando em compra um? Fique de olho no nosso texto de hoje, no qual elencamos os maiores problemas do modelo.
Lançado no Brasil em 2019, o Leaf já foi o carro elétrico mais vendido do país, em 2021.
Como motor elétrico de 149 cv e 32,6 kgfm de torque, tem aceleração de 0 a 100 km/h em 7,9s e velocidade máxima na casa dos 150 km/h.
O carro é bem completo, tem ar-condicionado, direção hidráulica, acabamento de boa qualidade, central multimídia, diversos recursos de segurança como assistente de ponto cego, retrovisor fotocrômico e mais alguns opcionais.
Se está pensando em comprar um Leaf, fique de olho nos principais problemas:
Tecnologia ainda engatinha
Infelizmente (ou felizmente para alguns), por mais que os carros elétricos já sejam realidade no Brasil, eles ainda estão presos em um nicho de consumidores que tem alto poder aquisitivo.
Esses consumidores usam o carro para a proposta dele, que é de uso urbano ou no máximo uma viagem média bem planejada.
A falta de infraestrutura longe dos grandes centros, faz com que seja necessário ter (ou alugar) outro carro para fazer longas viagens para o interior, por exemplo, devido a autonomia, que vamos fala à seguir.
Autonomia não é adequada para longas viagens
Apesar de não ser o pior nesse quesito, o Leaf não consegue cobrir longas distâncias num curto período, com sorte e direção inteligente, consegue atingir na casa dos 400 km por carga.
Ir e voltar de uma cidade no interior pode facilmente passar disso.
Sem ajuste de profundidade no volante
Fala sério Nissan, um carro de mais de R$ 200.000,00 sem essa regulagem chega a ser vergonhoso, bola fora da montadora.
Velocidade máxima é baixa
Por mais que não seja uma boa prática de condução, existem situações que precisamos acelerar o carro “tudo que dá” e nessa condição o Leaf não se sai muito bem.
Velocidade final de 150 km/h é digna de carro 1.0, por mais que ele acelere bem, só isso não salva o carro.
Incerteza no mercado de usados
Uma tecnologia nova, poucas unidades vendidas, e um mercado pouco flexível no Brasil trazem insegurança para o comprador.
Não dá pra dizer como esses carros vão estar precificados daqui alguns anos, podem ter uma queda abrupta no preço, por exemplo, quando for anunciada uma nova tecnologia de baterias, tornando essa obsoleta.
Revisões, só na concessionária
Se seu carro à combustão quebrar hoje, você certamente acha uma oficina minimamente aceitável para repara-lo, mas e um carro elétrico?
O funcionários precisam de treinamento adequado, não só para saber o que fazer, mas por questões de segurança, uma descarga de alta tensão mata instantaneamente.
Além do conhecimento, é necessário todo um aparato para aterramento do carro e desmontagem de alguns componentes, coisa que no Brasil praticamente não temos.
Alguns componentes podem sair bem mais caro que o normal
As baterias tem garantia e não costumam apresentar problemas com o uso adequado, mas já pensou quanto podem custar quando vierem a parar de funcionar?
Alguns preços nem são divulgados, mas um pack completo de baterias pode facilmente passar dos R$ 50.000,00.
Componentes de desgaste também são mais caros, pois precisam ser mais robustos, devido ao elevado peso do carro.
Note também que eles costumam durar mais, componentes do freio podem durar muito mais em carros elétricos.
Por esse preço da pra comprar muito carrão à combustão
Aqui já entra mais a questão de gosto, mas hoje é difícil defender o Leaf.
Por mais de R$ 150.000,00 dá pra comprar carros com desempenho melhor, acabamento melhor, espaço interno melhor, enfim… qualquer coisa melhor.
Ele é um carro para pessoas que querem um carro elétrico e ponto.
Conclusão
Você que está lendo esse texto, não me entenda mal, eu não sou um ferrenho defensor de carros à combustão, eu entendo os elétricos e até gosto de alguns, não é isso!
Mas para a realidade da maior parcela da população brasileira, o Leaf não faz sentido, é caro, não chega longe sem planejamento e pode micar no longo prazo no mercado de usados.
Para pessoas que gostam dos elétricos e querem ter um, é uma opção até que acessível e bem aceita no mercado, sem grandes problemas crônicos.
Caso você ainda não esteja nesse nível de poder comprar um carro somente por luxo, mas quer se aventurar em “novas” tecnologias, recomendo um carro híbrido moderno, que tem boa autonomia, consumo baixo e já é mais aceito no mercado de usados.
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