Um automóvel é feito de milhares de peças e componentes, desde minúsculas partes até as mais robustas e, como se imagina, elas possuem origens diferentes, com vários fornecedores globais atendendo os fabricantes.
Na Porsche isso não é exceção e existem componentes de seus carros esportivos que chegam dos quatro cantos do mundo à Zuffenhausen, entre eles um chip que está dando o que falar do outro lado do Atlântico Norte, nos EUA.
Se você pensou na China como origem, não se preocupe, porque até o novíssimo Vision Pro da Apple é, como os demais da maçã, chinês… O problema do chip “ilegal” usado em quase todos os carros da Porsche é a Bielorrússia ou Belarus, se você preferir.
Como se sabe, os EUA impuseram duras sanções contra o regime do ditador Aleksandr Grigorievitch Lukashenko, presidente do país eslavo desde 1994, sendo ele o principal aliado da Rússia de Vladimir Putin.
Por conta do regime e do apoio à invasão da Ucrânia, o governo americano impôs severas restrições ao país e quem comprar produtos de origem bielorrussa, como o chip do 911 e outros da Porsche, está na lista negra de importações de Washington.
Pelo que se sabe, com exceção dos modelos Macan e 718, os demais da Porsche usam o chip bielorrusso dentro da ECU e por isso os mesmos foram barrados na alfândega americana como se fossem imigrantes ilegais.
Segundo fontes locais, os carros estão nos portos americanos, barrados por tempo indeterminado, visto que eles supostamente só serão liberados se o componente for substituído e um informante disse que isso pode durar três semanas ou até abril, por exemplo.
Outra informação diz que a Porsche não esperará pela sorte (e nem pelo chip substituto), reembarcando os carros dos clientes americanos e os enviando para outros destinos.
No lugar deles, outros serão produzidos exatamente iguais aos dos pedidos e já com um chip “legalizado” nos termos americanos. Pelo visto, a globalização e as sanções governamentais, andam em direções bem distintas.
[Fonte: Jalopnik]
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