O líquido de arrefecimento dos automóveis é o meio pelo qual o motor consegue eliminar o excesso de temperatura em seu funcionamento e assim trabalhar de forma equilibrada. Mas essa água do radiador dura quanto tempo?
Os carros hoje em dia usam somente o sistema de refrigeração líquida para o arrefecimento dos motores, sendo que no passado foi comum o uso do ar, especialmente em carros da Volkswagen.
No entanto, o sistema que usa água é mais eficiente na troca de calor, por isso é amplamente usado, exceto em motocicletas de pequena e média cilindrada. Por ser um circuito hidráulico, é necessário observar algumas coisas para não ter problemas.
Neste caso, deve-se tomar algumas recomendações, observando nível e quilometragem do veículo, dois fatores importantes para se evitar o superaquecimento e problemas mecânicos graves.
Água do radiador dura quanto tempo?
Indo direto à questão, a água do radiador dura muito tempo dentro do circuito de refrigeração do carro, em média 30 mil km.
Na realidade, é necessário substitui-la completamente, exceto se houver alguma intervenção mecânica no motor que exija a retirada do líquido de arrefecimento para a devida reparação antes disso ou vazamento do sistema.
O que se troca a cada 30.000 km também, recomendado por fabricantes de automóveis, é o aditivo de radiador.
Esse produto à base de monoetilenoglicol tem como função baixar o ponto de congelamento da água para menos de 0°C e aumentar a temperatura de ebulição da água além dos 100°C.
Normalmente o motor trabalha a 90°C e deve-se sempre utilizar o aditivo de radiador, que ainda evita a corrosão das partes metálicas do circuito de refrigeração e a formação de resíduos em virtude disso, que podem entupir as galerias de água e provocar a interrupção do fluxo de líquido entre motor e radiador, gerando superaquecimento.
É importante frisar que, de acordo com os fabricantes, em média 200 ml por semana são perdidos dos sistemas de refrigeração líquida dos carros, devendo-se sempre completar quando o nível estiver abaixo do mínimo.
Se for adicionar água, esta precisa ser desmineralizada ou pelo menos filtrada. O motivo é que a água de torneira contém minerais diluídos que aumentam as chances de corrosão no circuito hidráulico, incluindo a bomba d’água.
O manual do proprietário indica não só o tempo de troca, mas a quantidade de aditivo que deve ser diluída na água do sistema, cuja quantidade vem descrita no manual.
Se o proprietário não tem manual do carro, o recomendado é diluir 50% de aditivo no volume total admitido pelo motor.
Alguns consumidores preferem utilizar o aditivo pronto para uso, que exige a mesma quantidade de água da radiador do carro, substituindo assim a água desmineralizada ou filtrada. O tempo de troca é o mesmo.
Circuito fechado
Existem alguns carros de certas marcas que possuem um circuito de refrigeração “fechado”, como nos carros compactos da Honda.
Nesse caso, a água do radiador é substituída por um líquido de arrefecimento específico desenvolvido especialmente para aquele motor.
Isso traz muitas vantagens em relação ao sistema tradicional. Por exemplo, não é necessário completar o nível de água do radiador em nenhum momento até o momento da troca.
Essa, por sinal, ocorre em altas quilometragens, sendo que alguns modelos chegam a ter período de troca com intervalo de 140.000 km. Este produto raramente gera superaquecimento no motor, mesmo sob uso extremo e até dispensa o uso de marcador de temperatura da água.
O líquido é vendido geralmente na rede autorizada e não sai barato, uma vez que possui longa duração. Ele é oferecido em um único galão (3,79 litros) e só é trocado fora do tempo quando ocorre alguma intervenção mecânica no motor.
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