A Audi TT de primeira geração foi um dos sonhos de consumo dos jovens nascidos na década de 80 e 90 (inclusive meu) e já teve duas gerações depois dessa.
Com um design diferenciado, que chama atenção até hoje, ótimo desempenho e esportividade ela marcou época, mas saiu de linha recentemente.
As primeiras unidades podem ser encontradas na casa dos R$ 100.000 enquanto as mais novas passam facilmente dos R$ 200.000,00.
Se você está com bala na agulha e quer realizar seu sonho de comprar uma TT, fique de olho no nosso texto de hoje, no qual falaremos dos principais problemas dela.
A primeira geração da TT desembarcou no Brasil em 1998 com o motor 1.8 20V turbo de 180 cv, com câmbio manual e opção de tração integral, permitia uma aceleração de 0 a 100 km/h em 7,5s e velocidade máxima de 226 km/h.
A versão mais potente com 225 cv, fazia essa mesma aceleração em 6,5s e tinha velocidade máxima de 241 km/h.
A segunda geração, lançada em 2006, trouxe mudanças mecânicas e visuais, como o motor 2.0 turbo de 272 cv e o 2.5 de cinco cilindros com 340 cv e tração integral.
Nessa versão 0 a 100 km/h é feito em menos de 4,5s e a velocidade máxima é limitada em 250 km/h.
Na terceira geração o motor 2.0 turbo passou a render 310 cv e o 2.5 também sobrealimentado rende 400 cv.
O mais potente agora faz o 0 a 100 km/h em 3,7s mas ainda mantém a limitação de 250 km/h na velocidade máxima.
O carro teve diversos opcionais durante sua vida, como faróis de xênon, multimídia, ar-condicionado, direção hidráulica/elétrica, câmbio automatizado, tração integral e por aí vai.
Se você pensa em comprar uma TT, mas quer saber os principais problemas que ela apresenta, abaixo os principais pontos de reclamação dos donos e defeitos apresentados:
Acabamento interno frágil e difícil de achar
Esse problema é mais comum da primeira geração, as peças plásticas de painel, forração, apoio de braço e etc., se quebram muito facilmente e são bem difíceis de achar novas.
Só compre unidades com todas as peças de acabamento inteiras ou com reparos fáceis de serem efetuados.
Teste ainda o bom funcionamento de todas as teclas como as do ar-condicionado.
Mecânica complexa
Desde os motores 1.8 20v, até os modernos têm uma complexidade mecânica superior à projetos mais comuns da marca e dos concorrentes
Isso não quer dizer que sejam motores problemáticos, eles só precisam de mais cuidados, não é só “por óleo e rodar”.
Procure por vazamentos de óleo, fluído do reservatório de expansão do arrefecimento alaranjado, e claro, solicite o histórico de manutenções.
Se o dono não tiver nenhum comprovante guardado, recomendo escolher outra unidade.
Nos motores 2.0 e 2.5 com injeção direta são comuns problemas de carbonização das sedes das válvulas
Nesses motores a quebra da bomba d’agua é bem comum, apresentando vazamentos do fluído de arrefecimento, portanto vale uma preventiva nesses itens.
Motor 2.0 turbo apresentou problemas de lubrificação
Algumas unidades equipadas com o motor 2.0 turbo apresentaram problemas de lubrificação, item de difícil diagnóstico.
Apesar de raro, o problema pode comprometer o motor de deixar a conta da oficina bem alta.
Se a unidade que estiver comprando tiver essa motorização, leve para um especialista e peça um check-up geral, frisando se possível nessa questão.
O diagnóstico pode ser dado através problemas na pressão do óleo, mas não é garantia de isenção.
Custos de manutenção elevados
Além de mais delicada, a manutenção é mais cara, especialmente da segunda geração em diante.
Peças relacionadas à injeção direta, bobinas, módulos e turbina passam facilmente dos R$ 1500,00 cada, ou seja, para trocar 4 bicos injetores e 4 bobinas, não vai gastar menos de R$ 3.000.
Sistema de tração integral aumenta a complexidade
Um dos grandes atrativos do carro é seu sistema de tração integral, que não é problemático, mas requer manutenção.
Por ser um item um tanto quanto raro, não são todas oficinas que sabem onde e quando mexer no sistema.
Leve para um especialista em Audi avaliar o conjunto, se possível.
Câmbio automatizado
As unidades com câmbio automatizado DSG podem apresentar desgastes na embreagem, que saem bem caro para arrumar.
As marchas costumam patinar ou são retidas quando o problema ocorre.
Carro nada familiar
Existem versões que são apenas de 2 lugares (uma boa desculpa para não levar a sogra passear), o que impede a utilização caso você pretenda levar amigos ou família.
Mesmo as versões com 4 lugares tem um espaço interno bem ruim para os passageiros de trás, o carro é um esportivo, não foi feito para isso.
Conclusão
A Audi TT vai te trazer emoção, esportividade e status, se escolher uma unidade conservada, caso contrário ela te dará muito gasto de dinheiro e tempo.
Alguns probleminhas crônicos podem ser resolvidos com paciência e tentando encontrar soluções fora da concessionária que cobra bem caro pelas horas e serviço.
Procure unidade com interior integro, e com todas as revisões e históricos em dia, que não irá se arrepender.
Certamente é uma boa compra para quem pode manter com peças de qualidade e serviço em locais renomados.
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