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A Volkswagen Amarok vez ou outra dá uma sumida, mas sempre mostra a cara quando o assunto é força no segmento de picapes médias.

Com uma década nas costas, a picape da VW continua sendo um player importante no mercado, ainda que um tanto excêntrico, tendo o menor motor, tração 4×4 que não é 4×4 e por aí vai…

Todavia, ela também tem o maior motor e chegou ao ponto de ser vendida ao consumidor somente com o V6 3.0 TDI, que lhe dá sem esforço algum, 258 cavalos e mais de 59 kgfm.

Simples, a Amarok V6 já tem o peso do tempo na caçamba e isso fica nítido, menos no preço, que do jeito que estava na Avaliação NA, custa R$ 319.490. Será que vale tudo isso?

Índice

Por fora…

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A Amarok V6 se aproveita da longa vida de picapes médias e mantém suas linhas meio que “atuais”. A frente fluida ainda agrada com seus faróis duplos bi-xénon e a grade cromada.

O emblema V6 empolga. Essa que testamos ainda veio com skid plate e rodas de liga leve aro 19 polegadas Milford com pneus 255/55 R19 opcionais, que custam R$ 4.440.

Com para-lamas abaulados, a Amarok V6 porta ainda estribos opcionais, que são bem recuados, não sendo tão úteis por causa disso. Eles são vendidos com a capota marítima.

Os dois itens custam R$ 3.800, mas é notável a ausência de um santantônio personalizado. Na traseira, lanternas escurecidas e para-choque cromado fecham o visual.

Por dentro…

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No interior, a Amarok V6 reflete sua idade, contando ainda com o volante do Passat antigo, com comandos do piloto automático em uma haste, pelo menos tendo também paddle shifts.

O cluster analógico em picape não é de fato algo ruim, clientes desse segmento não apreciam muita perfumaria digital. Já a multimídia tem tela pequena, mas funcionalidades boas.

Tem GPS para casos de sombra de 4G, o que não deixa o motorista totalmente vendido no meio do nada. Câmera de ré e boa gestão de mídia estão disponíveis.

Ela reproduz Android Auto e CarPlay, e tem instrumentação auxiliar com bússola, altímetro e ângulo de giro das rodas. A Amarok V6 tem ainda ar condicionado automático dual zone.

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Conta com bancos em couro, assento do motorista com ajuste elétrico e tecnologia ErgoComfort para ampliar o conforto do motorista.

Todavia, a Amarok V6 fica devendo muito nesta versão Highline, como entrada presencial, botão de partida (ainda usa chave) e saídas de ar no banco traseiro, por exemplo.

Na picape média, itens de segurança adicionais na condução são necessários. Todavia, o conforto interno é bom, com fácil acesso (exceto pelo estribo recuado) e bancos macios.

A caçamba de carga tem 1.280 litros que suportam uma capacidade de carga de 1.156 kg. Com proteção plástica, o compartimento tem fácil acesso e a capota marítima sai rapidamente.

Por ruas e estradas…

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No que lhe concerne, a Amarok V6 tem desempenho excelente com seu enorme V6 3.0 TDI, conhecido na VW como EA897.

O propulsor da Volkswagen é bem moderno, tendo duplo comando de válvulas em cada cabeçote, com 24 válvulas e sistema de injeção Common Rail e EGR.

Este é a recirculação de gases de escape, ajudando a reduzir as emissões de CO². Com correntes de comando, o EA897 é uma usina de força agradável de acelerar.

Tendo 2.967 cm³, o V6 3.0 TDI entrega 258 cavalos a 3.250 rpm e 59,1 kgfm a 1.400 rpm. Contudo, alterando a pressão da turbina e ajustando a injeção, ele oferece algo mais.

Mantendo-se o pé no fundo do acelerador, a Amarok V6 lhe dá mais potência, com 272 cavalos no modo Overboost, permitindo à picape ter um arranque de carro esportivo.

Aliás, mesmo sem isso, a Amarok V6 já apresenta ronco e reações mais nervosas que as versões com motor 2.0 TDI. A força disponível chega muito rapidamente e isso é ótimo.

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Saídas acima da média das picapes concorrentes, retomadas de carro esportivo e ultrapassagens quase sem esforço, fazem da Amarok V6 um carro bem legal de acelerar.

O giro sobe rapidamente e acima de 3.000 rpm, a picape já está em alta performance, com respostas imediatas.

Com transmissão automática ZF de 8 velocidades, a Amarok V6 tem mudanças manuais na alavanca ou paddle shifts, isso sem contar o modo Sport.

Usando as trocas manuais, a Amarok V6 explora ao máximo as capacidades do seu motor EA897 V6, convertendo-se em uma picape realmente esportiva e que não perde em nada aos carros de passeio.

De 0 a 100 km/h, ela precisa de 7,4 segundos, com limite de 190 km/h. Com muita força disponível, a Amarok V6 também bebe conforme sua concepção mecânica.

Na cidade, conseguimos média de 8,5 km/l, enquanto na estrada, ela se comporta melhor com 11,4 km/l. Rodando a 110 km/h, o ponteiro fica em 1.800 rpm.

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Mesmo não pisando tanto, a Amarok V6 se comporta bem, tanto na cidade quanto na estrada, girando abaixo de 2.000 rpm e garantindo conforto ao dirigir, ainda que o ronco continue alto.

Isso não é demérito, especialmente quando se sabe que há um V6 diesel muito potente embaixo do capô, e por conta disso, chegou mesmo a ser a única opção para não frotistas por algum tempo.

Sem ser molenga, a Amarok V6 apresenta bom comportamento ao dirigir, se aproximando mais de um carro de passeio na realidade de seu segmento.

Mesmo com chassi de longarinas, ela não pula tanto quanto se espera de um modelo dessa categoria e nem tem molas helicoidais no lugar dos tradicionais feixes de molas.

A direção hidráulica é mais firme que o habitual e exige algum esforço em manobras, mas para alguns, isso não é problema. Os freios são fortes e garantem parada com estabilidade.

Enfrentando pisos ruins, a Amarok V6 absorve bem as irregularidades, mantendo a dirigibilidade sem exigir esforços para correção.

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As rodas aro 19 polegadas com pneus bem largos, ajuda muito a manter a Amarok V6 numa trajetória boa.

Com tração nas quatro rodas, a Amarok difere das demais picapes médias por ter um sistema permanente e não 4×4 tradicional.

Sem possibilidade de desligamento manual, o sistema da Amarok V6 tem bloqueio do diferencial, que mantém o sistema sem variação, com a força em todas as rodas por igual.

Com essa função desativada, a tração fica variando entre os eixos de acordo com as condições do terreno ou condução.

A Amarok V6 tem ainda controle de descida, assim como assistente de partida em rampas e os controles de tração e estabilidade.

Gostosa de guiar, a ela é uma picape média bem interessante para curtir no dia a dia, ainda que falte mais itens de assistência à direção, como assistente de faixa ou de ponto-cego.

Por você…

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A Volkswagen Amarok V6 é uma picape que exibe musculatura mecânica, que a faz sair do lugar comum e não ter rivais por aqui. Além disso, não tem concorrente adiante também.

Rodando como uma esportiva, a picape da Volkswagen agrada muito e estimula apertar mais o pedal direito, sendo uma sensação muito boa ouvir o ronco e sentir a reação do veículo.

Faltam muitos itens de segurança e isso mostra como ela já está fazendo hora extra no mercado nacional. Se não fosse pelo V6 3.0 TDI, provavelmente já teria sucumbido.

Sem muitos acessórios, os opcionais são caros e, pelo menos estribos e capota marítima, deveriam ser de série. Para quem aprecia a performance, é a opção a ser escolhida.

Contudo, quem busca uma picape completa e equilibrada em proposta, a Amarok V6 não é a melhor opção. O peso da idade já lhe provoca rugas e o preço elevado, de quase R$ 320 mil, não ajuda.