Antes de sua chegada, havia a expectativa de que o BYD Seal fosse buscar o título de sedã elétrico mais barato do mercado, mas após sua revelação, ficou claro que ele acabaria chegando bem acima do JAC E-J7, que custava na casa dos R$ 260 mil.

Chegou por R$ 296.800 e é o preço que ostenta desde setembro do ano passado, trazendo consigo os mesmos 530 cavalos encontrados no modo overboost do Audi e-tron GT, exibido à imprensa na mesma época e custando mais de R$ 700 mil.

Bem, o BYD Seal em sua versão topo de linha começou tímido e logo acelerou de 81 unidades em novembro para 857 exemplares em dezembro. O salto parece refletir sua performance, que vai de 0 a 100 km/h em 3,8 segundos.

Em janeiro, ele repetiu o feito, não do número de vendas, mas de ser o segundo sedã médio mais vendido do mercado, com 612 unidades emplacadas, superando o Nissan Sentra, que emplacou quase metade disso: 308 carros.

Ainda longe do Corolla, o Seal mostra que a BYD não vende somente hatch e SUVs elétricos, dada sua proposta de desempenho no estilo sleeper, com boa carga de tecnologia a bordo e visual sofisticado, com acabamento seguindo a ordem.

Sem previsão de ser feito aqui, diferente do Yuan Plus, confirmado para produção na Bahia, o Seal poderia exigir da BYD um lugar em Camaçari, afinal, ele está vendendo mais que o dobro do irmão SUV. Aliás, este vendeu somente 274 carros no mês passado. Culpa do Dolphin Plus?

Tirando os grandalhões Tan e Han, além do D1, o Yuan Plus é o que menos está vendendo entre os eletrificados acessíveis da BYD. Para o Seal, ainda que tenha faltado uma boa distância até os 2.142 do Toyota, sua vice-liderança mostra a que veio.

Como se sabe, o Seal, lá fora, começa com uma versão de 203 cavalos, a mesma de Yuan Plus e Dolphin Plus. Numa conta de padaria, poderia o sedã médio elétrico chegar nessa versão bem mais mansa por pouco menos de R$ 199 mil?

Isso já lhe daria o tal título, mas também seria uma ameaça real e imediata ao Corolla que, nesse caso, não pela cavalaria em si – ainda que os 203 cavalos sejam uma boa diferença – mas por seu pacote visual, tecnologia e, naturalmente, por ser elétrico.