Aqui vou postar minha experiência sobre meu primeiro ano de posse de um Palio Economy 2011/2012. Adquiri o carro em fevereiro do ano passado em substituição a um Mille EP que possuí ao longo dos 9 anos.
Mesmo com tão baixa quilometragem, estava disposto a trocá-lo, sobretudo por este não possuir AC, o que me motivou ainda mais a troca.
Vendido a tempo curto por conta do excelente estado de conservação, comecei a procurar um carro que pudesse transmitir a confiança em que o outro passou durante o tempo mencionado.
Pesquisei o VW Gol G5, Renault Sandero e até mesmo o novo Fiat Uno. Dos três mencionados, descartei o Gol G5 e também por reclamações dos amigos que possuíam o carro.
Então dei uma olhada no Sandero. Tinha um bom espaço e aspecto imponente. Era o que melhor traduzia em conforto dos três. Mas o dúbio pós-vendas me fez mudar de ideia assim também o motor que aparentava ser insuficiente para as dimensões do carro.
Partir de novo para um Fiat. No caso, um Palio Fire. Pesquisei também o Novo Uno, mas devido minha estatura de 1,85, senti que meu cotovelo encostavam no forro das portas ao fazer manobras.
Por incrível que pareça, com meu antigo Mille eu não sofria com isso, mas pude constatar que no Uno esse problema era desconfortável. Em termos de preço o Uno com os mesmos opcionais do meu Economy estava com R$ 1 mil reais de diferença.
Então, quase desistindo e pensando então no Fiesta Rocam, carro que minha irmã possuía e pela boa ergonomia ao dirigir, estava disposto a ir a uma concessionária Ford, mas a vendedora perguntou se eu não me interessaria pelo Palio de geração anterior com os mesmos opcionais do Uno.
Fui olhar o carro que estava no depósito. Já possuímos um Palio de 2ª geração e conhecia bem o carro. Mas seria vantajoso adquirir um carro idêntico ao que possuímos anteriormente, mas com o diferencial de ser 4 portas e para rodar os próximos oito anos no mínimo?
Bom, resolvi arriscar. Fui olhar o carro e gostei da cor e dos opcionais. Não só por isso como pela forma de dirigir que eu gostava. Infelizmente com o pouco dinheiro que eu tinha de posse naquele instante era a única coisa que eu poderia assumir.
A vantagem de carros mais velhos na linha são seus defeitos inerentes de lançamento já terem sido sanados. Como não aceitava ser “cobaia” de experiência de montadora com recém lançamentos, não quis embarcar.
Passado o primeiro ano com o carrinho, só tive alegrias ainda que o consumo seja o fator nada agradável a meu ver, mesmo abastecido com gasolina aditivada que faço desde quando saiu da loja. Ele é produzido na Argentina na fábrica da Sevel em Córdoba.
Sou extremamente cuidadoso. Pelas fotos vocês podem ver os detalhes tanto externa quanto interna, sobretudo na parte inferior da carroceria onde procuro manter o mais próximo do novo quando o recebi na loja.
Com apenas três mil e duzentos quilômetros rodados até o momento, ainda não tive a experiência completa de como ele se sairia em um teste de resistência de uso severo no dia a dia. Mas tirando isso, gosto da maciez da suspensão e do silencio no interior do carro quando o motor está funcionando. Ele filtra até bem a transmissão do ruído do motor para o interior do carro.
Considerações
Suspensão por demais macia (gosto), mas não transmite segurança nas curvas com a velocidade um pouco mais alta. A sensação é de que o carro irá “virar”, mas nada grave que afete sua segurança. Direção hidráulica apesar de ser leve não chega a ser igual ao do Gol GV que meu pai possui. Ela faz ruídos ao estercá-la. Mas segundo a Fiat é considerado “normal”.
Apesar de ser 1.0 o motor possui bom torque na saída mesmo com o AC ligado em mais de 70% do tempo. A cidade onde moro é quente então o acessório é mais que bem vindo. Infelizmente ele não é muito econômico. Com o AC ligado, seu consumo gira torno de 8,5 km/L na cidade usando gasolina aditivada. Na estrada não pude constatar já que nunca fiz viagens.
Ando devagar e com cuidado, mas já percebo que o carro faz barulho seco na suspensão ao passar em uma rua de calçamento rústico. Como o veículo já está perto da revisão na CSS, irei apontar isso.
Apesar do bom torque para um motor 1.0, sinto um desengasgar do motor quando o giro está um pouco mais alto, principalmente em 3ª ou 4ª marchas na retomada. Mas nada que seja tão perceptível.
Problemas de acabamento no interior são possíveis de constatar. A tampa do porta fusível é ligeiramente desalinhada. Há rebarbas no painel. O carro também possui desalinhamento no farol esquerdo em relação ao para-choque.
Vi que esse problema é comum em todos os Palios e Siennas Economys desse ano então a Fiat deveria caprichar em um pouco mais nessa parte. Inadmissível para um carro que custa acima de R$ 30 mil, valor que paguei.
Não foram relatados problemas com o carro durante o tempo em que estou. Apenas a troca do óleo que a Fiat recomenda nos primeiros 5.000 km. Fiz a troca com ele ainda aos 2.600 km e por se encontrar o mesmo da fábrica e o mesmo carregar elementos fragmentados do motor durante o período de amaciamento.
A Fiat bem que poderia melhorar o pós-vendas na parte de peças. Ao fazer a curva em uma rua, arrastei a calota direita traseira e quebrei. Ao pesquisar tal peça, só encontrei em uma revendedora aqui em Fortaleza. Todas as outras estavam em falta.
PRÓS
– Conforto
– Ergonomia
– Ar condicionado eficiente para a proposta do carro
– Boa cotação de mercado
CONTRAS
– Consumo alto
– Suspensão mole
– Acabamento razoável
– Porta malas pequeno
– Pintura aparenta ser frágil. Risca com facilidade
– Detalhes externos a considerar já que a Fiat tinha por obrigação melhorar.
Por Hodney Fortuna
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