Olá amigos do NA! Resolvi relatar os aspectos positivos e negativos do nosso atual carro para uso diário, um Toyota Corolla XEi 1.8 AT 2008/2009.
Decisão pela compra
Em novembro de 2011 nosso carro anterior, Tucson GLS 2.0 AT 2007/2007 – comprado em 2009, já estava com 80 mil km rodados e começava a apresentar alguns defeitos que o péssimo pós-venda da CAOA não resolvia, mesmo em garantia.
Já era hora de trocarmos, tínhamos em mente um sedan, de preferência com câmbio automático e que não desse dor de cabeça quanto à mecânica. Foquei minhas buscas nos sedans médios, precisamente nos japoneses Civic e Corolla.
Após olhar os dois modelos e ouvir só elogios de um amigo da família que sempre possuiu veículos da marca acabamos optando pelo sedan da Toyota.
Após decidirmos qual seria nosso próximo carro, fomos à concessionária Toyota mais próxima de nossa cidade, em São José do Rio Preto – SP a 35 km de distância.
Chegando lá fomos bem atendidos e nos foi ofertado um Corolla XEi 2.0 2011/2012 0km por 72 mil reais, de brinde, 4 mil reais em bônus (promoção de Natal) para gastar como quiséssemos, sensor de estacionamento, frisos cromados e engate (veja outra opinião de dono do Corolla XEi 2008).
Infelizmente o valor fugia do nosso orçamento (55 mil reais) – não queríamos financiar – e ofereceram pasmem, 33 mil reais no Tucson (o qual foi vendido posteriormente por 46 mil). Agradecemos a atenção e fomos embora.
A partir daí procuramos no mercado de usados. Encontramos um do jeito que queríamos: versão XEi, preto, automático, 45 mil km rodados e com bancos de couro. O valor anunciado era de 54.900 reais, após negociação o carro saiu por 53 mil reais.
Levamos o carro em um mecânico de confiança para diagnóstico e estava tudo ok.
Atualmente o carro está beirando os 80 mil km, mas recentemente tive o azar de descobrir pela concessionária que o proprietário anterior adulterou a km do carro por má fé. De acordo com a Toyota, o carro beira a casa dos 150 mil km rodados.
Primeiras impressões
Logo quando pegamos o carro sentimos a tremenda diferença em relação ao “powertrain” do coreano que deixava a desejar. Outro fator positivo que nos impressionou foi o conforto proporcionado pela direção elétrica (o que era novidade pra nós) e o isolamento acústico.
Digamos que como fator negativo de início foi o consumo, na casa dos 4,5 km/l, usando etanol em ciclo urbano, o que após “acostumarmos” com o carro houve uma melhora significativa.
Motor e câmbio
Como disse anteriormente, nos impressionamos com o desempenho do motor 1.8 VVT-I e o câmbio considerado ultrapassado. O motor em baixa rotação demora um pouco para sair da inércia, como qualquer bloco 16v, mas em torno de 3500 rpm “ele” acorda graças ao comando variável das válvulas.
Quanto ao câmbio, as marchas são bem escalonadas, fazendo com que em velocidade de cruzeiro a rotação seja baixa (100km/h em torno de 2300 rpm) em prol do consumo e em ultrapassagens onde se exija o kick-down entrega desempenho suficiente.
O ponto negativo é que em algumas situações de kick-down o câmbio fica indeciso se reduz para 3ª ou 2ª marcha dependendo da velocidade, o que é resolvido pela seleção de marchas na alavanca.
Consumo
No começo nos assustamos um pouco com o consumo exagerado, chegamos a pensar que havia algo de errado com a sonda lambda ou algo do tipo, mas percebemos que o consumo foi melhorando à medida que acostumávamos com o carro.
Hoje, rodando no etanol, em minha cidade que é pequena e possui várias valetas e “pares” o consumo fica em cerca de 7 km/l, já na gasolina 8,5 km/l sempre com o ar condicionado ligado.
Já no ciclo rodoviário, nos 80 km (Nova Granada a São José do Rio Preto e vice-versa) que percorro diariamente pela BR-153 – pista simples e com muitos caminhões – no etanol consigo médias de 9,5 km/l e na gasolina 12 km/l – não frisando economia de combustível e com o ar condicionado ligado o tempo todo.
Recentemente fizemos uma viagem pelo litoral Sul do Estado (em torno de 1000 km ida e volta) com o carro cheio (5 ocupantes + porta-malas cheio) e o consumo médio com gasolina foi 13,6 km/l, o que achei muito bom pela condição que estávamos.
Acabamento
O acabamento é bom, mantendo o perfil conservador, mas nada surpreendente. Os bancos e as portas são forrados em couro cinza de boa qualidade, porém, sujam fácil. As partes superiores do painel e das portas têm acabamento emborrachado de bom gosto.
Há rebarbas entre o porta-luvas e a saída de ar do passageiro.
Destaque fica para o painel com tecnologia Optitron, o que acho muito bonito, o problema é só durante a noite que a iluminação excessiva acaba ofuscando um pouco a visão, o que faz com que eu tenha que diminuir a intensidade da iluminação.
O meu carro apresenta alguns grilos, nos vidros como se estivessem “soltos” e no banco do passageiro que está com jogo. Há vários relatos desses grilos, mas creio que em um modelo novo não apresente tais.
Vida a bordo
Os comandos são simples e intuitivos. A posição de dirigir é boa, o banco tem todas as regulagens manuais (elétrica somente no topo de linha Altis, antigo SE-G). O computador de bordo tem várias funções de fácil visualização, inclusive com comando no volante.
O ar condicionado é bastante eficiente, resfria a cabine em pouco tempo, peca por não contar com saída de ar para quem vai atrás e por não ser dual-zone.
O som tem uma qualidade excelente e também conta com comandos no volante, a desvantagem fica por não possuir nenhuma entrada USB/Aux e Bluetooth, o que com a reestilização foi resolvido. A sintonia das rádios não é das melhores, o carro não conta com antena externa.
Em relação a porta-objetos, há vários. Nas quatro portas há espaço para garrafinhas de água e no console central há mais dois porta-copos. O porta-luvas é grande, aliás, são dois graças à mudança de posição do airbag em relação à geração anterior.
Já para quem vai atrás nem tudo são flores, o espaço é pequeno e acomoda com conforto apenas menores de 1,80m, pois a partir desta altura já se encosta a cabeça no teto que é baixo. Em compensação, os bancos são muito confortáveis.
O 5º ocupante sofre um pouco devido ao encosto de braço do banco e ao túnel central, mesmo sendo baixo acaba atrapalhando, porém, viaja com segurança graças ao encosto de cabeça e ao cinto de três pontos.
O carro não conta com sensores de estacionamento, de chuva e retrovisor eletrocrômico, apenas o crepuscular. Ponto negativo.
Destaque para os retrovisores externos escamoteáveis, que fazem uma tremenda diferença ao estacionar em vagas apertadas ou quando se estaciona na rua, pois é comum vermos retrovisores sendo arrancados por aí. Item supérfluo, mas que faz com que acostumemos.
Segurança
O Corolla como todos sabem não é um primor em segurança, aliás, chega até ser vergonhoso um veículo desta categoria não oferecer ESP. Apenas conta com o básico: 04 airbags (02 frontais e 02 side-bags), ABS com EBD, freio a disco nas quatro rodas (muito eficientes por sinal) e cinto de três pontos e encosto de cabeça para todos os ocupantes.
Em relação à estabilidade, o carro é acertado mais para o conforto, mesmo assim não deixa de ser estável e seguro.
Defeitos apresentados
Logo após comprarmos o carro percebemos que havia algo de errado com o sistema de direção, ao passar por valetas ou buracos sentia-se uma pancada no volante e notava-se um barulho oriundo do lado esquerdo. Foi diagnosticado folga na barra e na caixa de direção, e, por incrível que pareça comum em vários Corolla.
O carro já não estava mais na garantia de 03 anos, mas após contato com a fabricante ela ofereceu por cortesia a substituição das peças sem nenhum custo. A meu ver, a Toyota realiza um recall branco, pois lá no exterior e até aqui é comum esse tipo de problema, a diferença é que lá foi obrigada judicialmente a realizar o recall e aqui não.
Do mais, apesar da alta km não tivemos nenhuma despesa além do básico de todo carro: revisões, pneus, pastilhas e discos. O carro simplesmente devora pastilhas e discos, os traseiros duram em torno de 30 mil km e fazem um chiado irritante, de acordo com a Toyota, é característica do veículo.
As revisões são tabeladas, a mais cara gira em torno dos 600 reais. O atendimento de pós-venda é acima da média.
Considerações finais
O Corolla é um bom carro, tem seus defeitos como qualquer máquina, não é um primor em mecânica como dizem por aí, mas faz bonito perante os outros nacionais a venda no mercado.
Em comparação com os atuais sedans médios, já se encontra ultrapassado e pede nova geração urgente, o qual deverá ser o nosso próximo carro em 2014.
Por Leonardo Lima
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