Citroen Aircross – conheça seus problemas

citroen aircross salomon

O Citroën Aircross é um monovolume com foco aventureiro que é classificado pela marca parisiense como “SUV”.

Lançado em 2012 como modelo definitivo, o Citroën Aircross surgiu como uma opção aventureira de grande potencial para a marca francesa, aproveitando a base da minivan C3 Picasso.

Já no fim de sua carreira, o Citroën Aircross existia apenas na versão Life manual ou automática, custando a partir de R$ 65.990.

Mas do que reclamam os donos do crossover? Uma das principais reclamações é relativa ao câmbio automático de quatro marchas, assim como suspensão dianteira e traseira. Outros também foram apontados, confira!

Citroen Aircross – defeitos e problemas

citroen aircross atacama

A principal reclamação de defeitos e problemas dos donos de Citroën Aircross é em relação ao câmbio automático de quatro marchas, o chamado AT8.

Essa transmissão foi adicionada ao crossover na época de seu lançamento e só foi substituída em 2017, quando chegou o novo câmbio EAT6.

As reclamações dos proprietários do Citroën Aircross são referentes principalmente ao tranco sentido na passagem de primeira para a segunda marcha, algo que gerou diversas reclamações.

Em alguns casos, apenas a primeira marcha ficou funcional, estando as demais bloqueadas.

Em outros casos, o problema se estende da terceira para a quarta marcha. O Citroën Aircross apresenta vários casos registrados em sites de opinião e clubes de proprietários.

Diferente do AL4 dos C4 e 308/408, por exemplo, o AT8 não recebeu atualização para evitar os defeitos e problemas.

Outros reclamam que o câmbio entra em emergência, quando há diferença de pressão nas eletroválvulas do bloco hidráulico do câmbio, demandando um serviço de correção da transmissão.

Alguns reclamam ainda de ruído na quinta marcha. No histórico do Citroën Aircross, não houve recall relacionado ao problema.

Suspensão e vibração

citroen aircross 2016 NA 19

Os donos do Citroën Aircross (veja aqui opinião de dono sobre Aircross Exclusive 2012) também reclamam que entre os defeitos e problemas do carro, a suspensão é outro item que não agrada muita gente.

As queixas são relacionadas à durabilidade do conjunto, especialmente o dianteiro. Buchas de balança e as chamadas bieletas apresentam desgaste prematuro, segundo alguns donos, mesmo rodando em condições favoráveis.

O conjunto apresenta ruídos metálicos e não apresenta alinhamento correto, gerando desgaste de pneus.

Os coxins de motor e câmbio também são relatados, gerando vibrações excessivas durante a condução, ampliando as reclamações. Na suspensão traseira, muitos reclamam de barulhos e batida de fim de curso, mesmo sem excesso de carga.

A suspensão dianteira do Citroën Aircross gerou duas chamadas, sendo a primeira para verificação de rebites das balanças e troca das mesmas se necessário, ocorrendo isso em novembro de 2013 para carros feitos entre agosto e setembro do mesmo ano.

Em dezembro de 2014, foi a vez de substituir os braços do conjunto em veículos feitos de 20 de maio de 2013 a 20 de dezembro do mesmo ano.

Defeitos elétricos

citroen aircross 2016 NA 23

Vários donos do Citroën Aircross reclamam da chave de ignição que desliga outros sistemas do veículo.

Embora boa parte não detalhe, alguns falam em desativação do telecomando para abertura de portas e vidros, bem como alarme. A troca de bateria em alguns casos não dá resultado.

Também existem reclamações relacionadas com o ar condicionado com defeito, que não gela ou esfria muito pouco.

Vários casos em garantia foram resolvidos, mas o problema é a demora no conserto. Uns falam em três dias de carro parado, mas outras relatam até sete dias sem o veículo.

Também são registradas queixas em relação aos vidros elétricos traseiros com falha de funcionamento, simplesmente parado de atuar sem qualquer causa aparente.

Em relação às portas, embora não seja um defeito elétrico, estas apresentam diversas reclamações quanto ao alinhamento.

Muitos dizem ter dificuldade para fechar as portas, tanto traseiras quanto dianteiras, nesse caso, mais a do passageiro. Carros relativamente novos, com baixa quilometragem, são relatados com o problema.

Na parte mecânica, alguns donos de Aircross falam de vazamentos de combustível no reservatório do tanque e também da mangueira do chamado “óleo hidráulico” da direção assistida do monovolume.

Este vazamento acarreta no endurecimento da direção, ampliando o esforço ao girar o volante.

Mesmo com baixíssima quilometragem, o Citroën Aircross deu susto em alguns proprietários. O motivo é a temível quebra da correia dentada.

Alguns tiveram de ver seus carros terem a correia trocada com apenas 2,5 mil ou 3 mil km, por exemplo.

Algo relativamente muito novo para dar defeito e, nesse caso, grave, pois o rompimento acarreta danos enormes ao cabeçote, pistões, bielas e virabrequim, sem contar as válvulas e outros componentes.

Nesses casos, o serviço foi incluído na cobertura da garantia. Barulhos no acabamento interno também são relatados.

O Citroën Aircross teve ainda recall para fechadura do capô e outros dois para flexíveis dos freios.

O monovolume teve bons números de vendas e é elogiado pelo espaço interno, bagageiro, conforto e itens de conforto a bordo, que faziam a diferença desde a época do lançamento.

Outros problemas

Nos últimos anos, os proprietários do Aircross (modelo já fora de linha) reclamam bastante de situações relacionadas a recalls. Um dos donos cita que o problema, que envolve o airbag, ainda não foi resolvido pela marca.

Ele conta que a concessionária apenas desativou a bolsa de proteção, prometendo terminar o serviço quando a nova peça chegasse. Várias semanas se passaram e até o momento da queixa a loja ainda não tinha contatado o proprietário.

Na mesma época, outros clientes da marca citaram o mesmo problema, destacando que o recall foi comunicado pelas autoridades, mas que as concessionárias não tinham os airbags para fazer a reposição.

Além disso, outras reclamações registradas em sites e fóruns dão conta de preços abusivos para a troca de peças, como um comando dos botões dos vidros elétricos, que custa R$ 1.600 na concessionária e não é encontrado em outras lojas.

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X