Com volta do imposto, Omoda Jaecoo acelera planos de produção nacional

omoda 5 2024
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A Omoda Jaecoo, que pertence à Chery, não mudou seus planos no mercado brasileiro, porém, o aumento do imposto para carros elétricos e híbridos alterou o cronograma dos passos que seriam dados pela marca chinesa no país.

Ainda que desde o início, os planos fossem de produção nacional, a Omoda Jaecoo terá agora de acelerá-los por conta das alíquotas para importação, mas como o plano do governo beneficia também quem está chegando, a empresa dará um passo mais largo aqui.

Diretor de operações da Omoda Jaecoo, Alex Wang, comentou a Automotive Business: “A volta do imposto acelerou nossos planos de produção local. Estamos estudando o mercado e locais para a produção e todas as opções são consideradas, não apenas uma ou outra região específica. Queremos definir o mais rápido possível.”

Uma das opções de Wang é a fábrica de Jacareí, no Vale do Paraíba, que não produz desde 2022 e está completamente ociosa, sendo que ela havia sido construída pela Chery e passou a fazer parte da Caoa Chery, mas isso pode mudar.

Como se trata de uma planta pronta para produzir, como fez com modelos como Chery QQ, Arrizo 5, Airroz 6, Tiggo 2 e Tiggo 3x, a fábrica paulista rapidamente voltaria à labuta com a Omoda Jaecoo, que precisa nacionalizar.

Opção considerada pela Omoda Jaecoo, que ainda tem o ABC paulista como uma alternativa mais distante, ao nosso ver, a unidade às margens da rodovia Presidente Dutra parece o melhor caminho, ainda mais que a chinesa tem outro plano aqui.

Wang comentou: “Mais de 90% das vendas no Brasil são de modelos a combustão. É uma possibilidade trazer este tipo de veículo”. Ou seja, a Omoda Jaecoo pode mesmo fazer como a JAC Motors e voltar para a combustão plena, sem eletrificação.

No caso da conterrânea, a aposta é na picape média Hunter, abastecida por diesel. Esse pode ser um caminho menos impactante para a imagem e mais lucrativo para a operação da Omoda Jaecoo a partir de Jacareí, usando uma picape diesel num segmento aquecido.

As marcas chinesas estão se destacando pela eletrificação e apostar em carros a gasolina e flex sem nenhuma assistência elétrica é um tiro no escuro em um mercado onde elétricos e híbridos avançam com força.

[Fonte: Auto Data]

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X