A Omoda Jaecoo, que pertence à Chery, não mudou seus planos no mercado brasileiro, porém, o aumento do imposto para carros elétricos e híbridos alterou o cronograma dos passos que seriam dados pela marca chinesa no país.
Ainda que desde o início, os planos fossem de produção nacional, a Omoda Jaecoo terá agora de acelerá-los por conta das alíquotas para importação, mas como o plano do governo beneficia também quem está chegando, a empresa dará um passo mais largo aqui.
Diretor de operações da Omoda Jaecoo, Alex Wang, comentou a Automotive Business: “A volta do imposto acelerou nossos planos de produção local. Estamos estudando o mercado e locais para a produção e todas as opções são consideradas, não apenas uma ou outra região específica. Queremos definir o mais rápido possível.”
Uma das opções de Wang é a fábrica de Jacareí, no Vale do Paraíba, que não produz desde 2022 e está completamente ociosa, sendo que ela havia sido construída pela Chery e passou a fazer parte da Caoa Chery, mas isso pode mudar.
Como se trata de uma planta pronta para produzir, como fez com modelos como Chery QQ, Arrizo 5, Airroz 6, Tiggo 2 e Tiggo 3x, a fábrica paulista rapidamente voltaria à labuta com a Omoda Jaecoo, que precisa nacionalizar.
Opção considerada pela Omoda Jaecoo, que ainda tem o ABC paulista como uma alternativa mais distante, ao nosso ver, a unidade às margens da rodovia Presidente Dutra parece o melhor caminho, ainda mais que a chinesa tem outro plano aqui.
Wang comentou: “Mais de 90% das vendas no Brasil são de modelos a combustão. É uma possibilidade trazer este tipo de veículo”. Ou seja, a Omoda Jaecoo pode mesmo fazer como a JAC Motors e voltar para a combustão plena, sem eletrificação.
No caso da conterrânea, a aposta é na picape média Hunter, abastecida por diesel. Esse pode ser um caminho menos impactante para a imagem e mais lucrativo para a operação da Omoda Jaecoo a partir de Jacareí, usando uma picape diesel num segmento aquecido.
As marcas chinesas estão se destacando pela eletrificação e apostar em carros a gasolina e flex sem nenhuma assistência elétrica é um tiro no escuro em um mercado onde elétricos e híbridos avançam com força.
[Fonte: Auto Data]
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