A estrada está com tráfego normal e o dia está com tempo bom, sem nenhum sinal de problemas adiante. No entanto, logo se aproxima um trecho de serra com mata fechada no entorno e simplesmente o clima muda, em alguns lugares, quase como mágica.
Desce uma densa nuvem sobre a pista e quando mal se percebe, tudo fica branco e frio. Uma leve garoa se apresenta. Frente fria? Nada. É uma neblina que se formou na região e agora reduz grandemente a visibilidade. Nessa hora, a primeira coisa que vem à mente é ligar o farol de neblina.
Acima, citamos apenas um exemplo da necessidade desse tipo de farol, mas para que ele realmente serve?
Este artigo vai explicar as funções atribuídas ao dispositivo e suas vantagens, bem como utilizá-lo de forma eficiente para obter maior segurança, que é o objetivo desse conjunto ótico.
Primeiro, vamos entender suas funções, haja visto que muitos carros hoje em dia ainda oferecem o dispositivo apenas em versões mais caras e alguns até como opcionais.
Veja também: Lanterna de neblina, farol de neblina e farol de milha
Funções e vantagens do farol de neblina
De acordo com a Resolução n. 227/07 do Contran, o farol de neblina é descrito como “farol (veja qual usar na chuva) utilizado para melhorar a iluminação da via em caso de neblina, nevasca, tempestade ou nuvem de poeira”.
Por isso, ele é um dispositivo auxiliar do conjunto ótico principal, pois o conjunto ótico não cumpre todas as funções que o condutor necessita sob neblina densa ou baixa visibilidade por chuva, poeira, neve ou garoa.
Sob essas condições, e também à noite, os faróis de neblina surgem como alternativa para se obter melhor visibilidade.
Uma parte importante da visão fica oculta na escuridão ou claridade excessiva, a pista. O espaço logo à frente do carro fica visível com o auxílio do farol de neblina, que permite ao condutor ver melhor a pista em complemento ao uso do farol baixo, que sempre deve estar aceso.
Essa visão próxima da pista permite guiar-se melhor em baixa visibilidade, orientando-se pelas faixas de rolamento da via. Por isso, esse conjunto ótico auxiliar deve ser usado em situações onde a visão da via está comprometida, o que não necessariamente ocorre durante uma noite sem chuva, garoa ou neblina.
Nesse caso, apenas o farol baixo garantirá a segurança durante a condução.
Da mesma forma que permite ao motorista ver a pista sob neblina, chuva forte, garoa densa ou em outras situações, o farol de neblina também favorece a visibilidade do veículo para outros condutores.
O que a lei diz sobre farol de neblina?
Segundo o Contran, o uso de farol de neblina em via iluminada é permitido, desde que não seja de uso exclusivo, ou seja, desde que o farol baixo esteja ligado também.
Caso contrário, o condutor estará cometendo uma infração e estará sujeito à sanção administrativa com base no Artigo 250, inciso I, alínea ‘a’, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Como não se trata de um item obrigatório por lei, o farol de neblina não precisa exatamente estar no veículo ou mesmo ser usado, mas a recomendação é importante para ampliar a segurança.
Além disso, quando se compra um carro, especialmente novo, paga-se também pelos faróis auxiliares que compõe o veículo, se este os tiver, então o melhor é usar o recurso que possui.
Farol de neblina ou de milha?
Ainda existe certa confusão quando se trata da descrição do conjunto ótico auxiliar dos veículos. A dúvida vem desde tempos imemoriais, mas é fácil de ser respondida.
Muita gente acaba chamando o farol de neblina de forma errônea, identificando-o como farol de milha. Na verdade, este último tem função totalmente oposta ao primeiro.
O farol de milha é feito para complementar o uso do farol alto, alcançando uma distância superior, recomendado para ser usado obrigatoriamente em locais sem iluminação, durante à noite e sem o tráfego de veículos, seja em sentido contrário ou logo à frente.
Geralmente, ele é instalado na mesma altura dos faróis principais, diferentemente do farol de neblina, que sempre fica posicionado mais próximo do solo.
O uso de farol de milha em vias iluminadas é proibido por lei. No CTB, o Artigo 224 do Capítulo XV das Infrações diz: “Fazer uso do facho de luz alta dos faróis em vias providas de iluminação pública: Infração – leve; Penalidade – multa”.
A Resolução n. 227/07 define o uso desse farol como “farol adicional, de facho de luz concentrado e de alta intensidade, semelhante ao farol de luz alta, destinado a auxiliar a iluminação, à distância, à frente do veículo”.
Por isso é importante distinguir o que é farol de neblina e o que é o farol de milha, visto que o último é altamente prejudicial à visão de condutores que estejam em sentido contrário ou logo à frente, por provocar ofuscamento e assim contribuir para um acidente.
Como usar o farol de neblina?
Como já comentando no começo deste artigo, o farol de neblina deve ser usado essencialmente em situações de baixa visibilidade provocada pelo clima.
Mas, em caso de queimadas com forte fumaça, também é importante utilizá-lo para visualizar a via e guiar-se, a fim de evitar um acidente.
Além disso, recomenda-se usar esse farol em situações de baixa visibilidade e reduzir a velocidade do veículo. Outro ponto é aumentar a distância entre os carros para ampliar o espaço de frenagem.
Acione também desembaçador do para-brisa e limpador se necessário. Caso tenha lanterna de neblina, ligue-a, assim como o desembaçador traseiro, se houver. A atenção deve ser redobrada, guiando-se pelas faixas de rolamento e evitando mudar de faixa. Se a visibilidade zerar, pare o carro no acostamento e ligue o pisca-alerta.
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