A Fiat demorou quase duas décadas para realmente incomodar a concorrência no Brasil e muito tempo depois disso, é que obteve a liderança de mercado, que agarrou tão firmemente que não largou até hoje.
Mas, liderar no Brasil significa para a Fiat estar na ponta quando se trata do grupo Stellantis, onde a marca italiana só é a mais vendida por conta do mercado brasileiro, onde tem ampla vantagem sobre VW e GM.
Com 14 marcas, a Stellantis viu a Fiat emplacar 1,35 milhão em 2023, sendo 12% maior que em 2022. Ela lidera somente em quatro países, sendo eles Brasil, Itália, Turquia e Argélia, tendo market share de 21,8%, 12,8%, 15,7% e 78,6%, respectivamente.
Aqui, a Strada é o grande destaque da Fiat e do mercado, com mais de 120 mil vendidas em 2023. A marca também emplacou bem Argo, Mobi e Toro, produtos localizados que a montadora desenvolveu exclusivamente para a região.
O foco em atender somente os compradores da região, fez com que a Fiat no Brasil se distanciasse enormemente da matriz italiana, tendo no Fiat 500 o único carro comum. Voltar-se para o mercado local, foi o caminho para o sucesso da Fiat.
Na área comercial, a Fiat tem similaridades nas duas regiões, com Scudo e Ducato, mas tendo a Fiorino localizada como um produto de alto volume. Com isso tudo, a marca tem no Brasil seu maior mercado no mundo.
Apesar da comunalidade de plataformas da Stellantis, a Fiat deve manter-se bem naturalizada no Brasil nos próximos anos, já que a receita de regionalização deu muito certo e não há motivo para mudar.
Enquanto na Europa o foco é eletrificação plena a partir de 2027, no Brasil, a hibridização flex será a tecnologia que a Fiat se apoiará firme nos próximos anos. Ainda assim, espera-se que pelo menos o Novo Panda amplie a sinergia entre Brasil e Itália.
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