O Honda CR-V e:FCEV 2025 surge no mercado americano como mais uma proposta da marca japonesa para um combustível que poucos conseguem usar nos EUA (leia-se Califórnia), onde até mesmo a Shell, cuja rede de 55 postos de hidrogênio acabou de fechar…

O hidrogênio, que precisa de uma infraestrutura enorme e cara para ser distribuído e abastecido em carros com células de combustível, é a opção para o Honda CR-V e:FCEV 2025, porém, a montadora japonesa sabe que só esse produto raro nas ruas e abundante na atmosfera, não vale a pena.

Por isso, o Honda CR-V e:FCEV 2025 tem o “e:” não por acaso, já que combina a propulsão híbrida plug-in com as células de combustível de hidrogênio.

Mamadou Diallo, vice-presidente sênior de vendas de automóveis da American Honda Motor Co, diz: “Aproveitar a experiência em tecnologia de células de combustível da Honda continua a desempenhar um papel crítico em nosso objetivo global de alcançar a neutralidade de carbono para todos os produtos e atividades corporativas até 2050”.

Recém-chegado aqui, onde custa R$ 352.900, o Novo Honda CR-V e:FCEV 2025 só será oferecido na Califórnia e na forma de arrendamento, como foram os antigos Honda Clarity e FCX.

Sem o uso do hidrogênio nas células de combustível, o Honda CR-V e:FCEV 2025 pode ser recarregado em fonte elétrica, que garante assim autonomia de até 76 km no modo elétrico. Com hidrogênio, a autonomia chega a 434 km no ciclo da EPA.

Além disso, em caso de blecaute, o Honda CR-V e:FCEV 2025 tem fluxo bidirecional de energia com fonte de 110V para equipamentos de até 1.500 watts, dando para ligar pequenos eletrodomésticos, condicionadores de ar portáteis, ferramentas elétricas, equipamentos de camping, entre outros.

Com 176 cavalos e 31,5 kgfm no motor elétrico e 125 cavalos nas células de H2, o Honda CR-V e:FCEV 2025 é mais fraco que o CR-V e:HEV padrão. Virá?

Claro que não. Todavia, o Brasil aposta no hidrogênio verde (renovável) não como reagente de células, mas como combustível para motores térmicos, algo bem mais prático e viável, porém, ainda longe da operação.