Ao anunciar mudanças no programa do carro popular, o governo cedeu R$ 500 milhões para as montadoras usarem de redução de preços em seus automóveis, já que os demais R$ 1 bilhão foram destinados aos setores de caminhões e ônibus, com R$ 700 milhões para o primeiro e R$ 300 para o segundo, incluindo vans.
Para a Anfavea, entidade que reúne as principais montadoras do país, o dinheiro será suficiente apenas para um mês de operação do mercado automotivo nacional.
Segundo estimativas da Anfavea, as medidas do governo deverão contribuir para um volume extra de veículos entre 100.000 e 110.000 unidades no período de vigência, com desconto médio entre R$ 4.500 e R$ 5.000 por veículo.
Isso significaria uma produção anual de 2 milhões de veículos para 2023, segundo Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea.
Com mais de 250 mil unidades nos pátios das fábricas e das concessionárias, o mercado automotivo não viu um estoque tão grande desde o começo da pandemia.
Leite afirmou: “Embora seja um programa de curta duração, traz um ânimo para todo o ecossistema automotivo e coloca um foco sobre um setor que tem potencial para gerar incontáveis benefícios à sociedade brasileira de forma geral”.
Já sobre a resposta do mercado, o presidente da Anfavea comentou: “Tem uma disputa natural para ver quem consegue vender mais neste momento. A questão comercial vai ter impacto significativo, a partir de hoje as concessionárias começam a brigar pelos seus clientes e para efetivar as vendas no menor tempo possível para que os R$ 500 milhões sejam distribuídos da forma melhor para as montadoras”.
Sobre o segmento de caminhões e ônibus, a Anfavea ainda não fechou os cálculos, mas o montante de R$ 1 bilhão deve aquecer bem as vendas no setor, com descontos de R$ 33,6 mil a R$ 99,4 mil.
De volta aos carros, as marcas já iniciaram as mudanças nas tabelas de preço e, possivelmente alguns deles, já esteja prevendo a curta duração, anunciando os novos valores como “promocionais”.
[Fonte: Anfavea/G1]
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