O Brasil está focando fortemente em eletrificação associada com biocombustíveis, mais precisamente em etanol, mas a Anfavea, é uma das entidades que mais fortemente apoiam o uso do combustível vegetal.
Todavia, quando questionado sobre carros elétricos, Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, foi enfático ao dizer que o Brasil será um produtor de carros elétricos.
Leite disse que no plano de descarbonização para o país, a produção de carros elétricos faz parte do pacote.
O executivo afirmou: “Seremos um produtor de carros elétricos. O Brasil tem uma indústria automotiva muito forte e estamos em cima de grandes recursos naturais para o processo de eletrificação. A eletrificação vai se dar com os biocombustíveis e, tranquilamente, com os veículos elétricos”.
Pela mensagem, a Anfavea indica focar no etanol como eletrificação de massa, enquanto os carros elétricos terão uma parcela menor do volume.
Com aposta na diversidade, a Anfavea vê várias opções para o Brasil se destacar, como indicou Leite em outro comentário: “A indústria automobilística brasileira tem os melhores caminhos para entregar as diversas soluções de descarbonização, de pegada tecnológica e de conectividade em todos os setores. E isso não é um discurso vago”.
Recebendo tanta pressão de montadoras como Volkswagen e Stellantis, além da Toyota e outras, a hibridização com etanol praticamente virou uma lei a ser seguida.
Além disso, a declaração recente de Leite sobre o retorno, dado como certo, do imposto de importação para carros elétricos, antes da posição oficial do governo, parece ter contribuído para um clima de desconfiança.
Leite reafirmou a posição da entidade sobre a posição do Brasil no mundo: “Temos um parque de fornecedores gigante e de padrão global, as montadoras aqui instaladas têm padrão global, outras estão chegando com novas tecnologias e inovação. Estou muito otimista com a contribuição que o Brasil vai dar para o setor e a mobilidade de uma forma geral”.
Pelo menos, no momento, BYD e GM prometem ênfase nos carros elétricos, com a GWM sendo outra com potencial de fazer o mesmo.
A Stellantis mostrou uma plataforma de carro elétrico, mas o foco é claramente na hibridização flex ou puramente com etanol.
Agora, resta saber de fato qual a previsão para que realmente o Brasil possa se tornar um player mundial no jogo do carro elétrico.
O Mobilidade Verde, a ser anunciado pelo governo, deverá responder em parte essa questão.
[Fonte: AB]
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