Há dez anos se temia uma invasão de chineses no mercado nacional e até mesmo na América Latina, mas eles ainda não estavam prontos para dominar a região.
Contudo, agora as marcas chinesas estão entrando em profusão no mercado latino-americano e, segundo a Anfavea, isso ameaça diretamente o Brasil, maior exportador da região.
Sobre a posição do Brasil, diante da política de isenção de imposto de importação para elétricos, Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, disse: “Tem de ter um plano de transição. Se não fizer lição de casa, o que aconteceu na América Latina vai acontecer no Brasil. Ninguém segura esta onda”.
Já reconhecendo que os chineses dominam o cenário latino-americano, Lima Leite vê o mercado brasileiro ameaçado com a entrada de carros elétricos em grandes volumes, especialmente liderados pelas marcas BYD e GWM.
Como já vimos, não se trata de importadores brasileiros com dinheiro limitado a trazer os carros de fora, mas subsidiárias dos fabricantes chineses, praticamente sem limites para investir ou colocar preços competitivos no mercado.
Em defesa da produção nacional, Lima Leite comentou: “Se não houver previsibilidade e um cronograma para retomar de forma gradativa a cobrança do Imposto de Importação para os eletrificados, não haverá interesse em se investir em modelos do gênero fabricados aqui”.
Na visão da Anfavea, a única resposta válida é a produção nacional, que assim substitui a importação de grandes volumes, fomentando a indústria nacional e tornando o Brasil um polo de exportação de carros elétricos.
Das marcas chinesas que estão trazendo carros ao país, a BYD é a única que confirmou a produção de carros elétricos na Bahia e já produz ônibus elétricos no interior paulista, atuando num segmento onde importações são inviáveis.
Possivelmente a BYD vê que a pressão sobre o governo para a retomada do imposto de importação para elétricos dará resultado em breve, preparando assim sua produção local visando também o carro elétrico.
[Fonte: Auto Indústria]
Quer receber todas as nossas notícias em tempo real?Acesse nossos exclusivos: Canal do Whatsapp e Canal do Telegram!