O negócio de carros elétricos é de alto risco, visto que a quantidade de dinheiro necessária para que uma nova montadora entre de fato no mercado é o mesmo que o volume de água que se precisa para apagar o fogo de uma bateria de lítio.
Ainda que não tenha pegado fogo atualmente, como no passado com o Karma, a Fisker precisa de muita água para apagar o incêndio em suas finanças, que levaram a empresa a suspender a produção em Graz, na Áustria, por seis semanas.
Com o Fisker Ocean suspenso por um mês e meio, os rumores de que a marca estudava entrar com o Capítulo 11 da Lei de Falências dos EUA, parece agora cada vez maior, visto que a empresa não honrou sua capacidade de financiar a produção.
Sem dinheiro, a Fisker está num mato sem cachorro, embora Henrik Fisker, CEO e fundador da marca, diga que está obtendo um empréstimo de US$ 150 milhões, o que garantiria a manutenção das atividades.
O que se sabe até agora é a Fisker entregou 4.900 carros no ano passado e 1.300 este ano, tendo ainda um estoque de 4.700, que valem US$ 200 milhões. Todavia, a questão é vendê-los diante de tantas notícias ruins.
Como se sabe, com orçamento limitado, a Fisker apostou seu dinheiro em design e inovação, deixando a produção a cargo da Magna Steyr, do grupo canadense Magna, porém, o fabricante austríaco não foi supervisionado por Henrik Fisker.
Assim, problemas de má qualidade construtiva acabaram afetando a imagem do Fisker Ocean, que teve a função Califórnia inoperante em vários carros.
Problemas de capô aberto, freios ruins, chave eletrônicas e perda de energia repentina, mancharam a reputação do produto. Diante desses problemas, fica difícil mesmo vender o Ocean nos moldes atuais, gerando assim um estoque considerável.
Embora tenha projetos bons em termos de design, a Fisker precisa ser melhor em qualidade e confiabilidade, caso contrário, terá o mesmo destino do antigo Fisker Karma.
[Fonte: Wired]
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