O Novo Citroën C3 chega ao mercado nacional com proposta de entrada, com foco no baixo custo e economia de combustível, assim como preço mais baixo, começando em R$ 68.990.
Bem distinto das gerações anteriores, o C3 deixou de ser um hatch compacto premium para ser um carro mais popular, posicionado entre os Fiat Mobi e Argo no grupo Stellantis.
Na prática, ele é um Uno dentro do grupo, sendo designado para ser um hatch com função aventureira, ainda que tenha uma boa simplificação de seu projeto.
Com motor Firefly 1.0 de até 75 cavalos, o Novo C3 manteve seu DNA francês com o velho EC5M 1.6 16V com até 120 cavalos e opção de câmbio automático de seis marchas.
Tendo espaço interno adequado, o pequeno do duplo chevron é o modelo mais simples da marca desde que chegou aqui e sua missão é conquistar clientes novos para a Citroën.
Apresentando visual descolado e porta-malas de 315 litros, o Novo C3 chama atenção nos detalhes, mas peca feio em alguns, indicando intervenção no projeto no pós-Stellantis.
Oferecido nas versões Live, Live Pack, Feel e Feel Pack, além da First Edition com 2.000 unidades, o Novo C3 aposta no visual com opção em dois tons e mescla de tons.
Com suspensão tendo altura livre do solo de 18 cm, o Novo C3 aposta numa atitude de SUV, mas segue a linha do C4 Cactus, com interior minimalista, até exagerando nesse aspecto.
O conteúdo é adequado à proposta, mas faltam itens como apoio de braço para motorista e piloto automático na versão Feel Pack, tal como conta-giros e banco traseiro bipartido.
Novo Citroën C3 – Impressões visuais
O Novo Citroën C3 tem uma aparência amigável, com faróis grandes e simples, destaca as luzes diurnas em LED, podendo ter faróis de neblina e molduras brancas, de acordo com a versão e pacote.
Com rodas de aço ou liga leve aro 15 polegadas, o C3 tem linha de cintura alta e Airbumps nas laterais, além de teto retilíneo.
Na traseira, as lanternas são simples, porém com desenho interessante, acompanhando a tampa do bagageiro com bom vão de acesso.
As barras no teto estilizadas é outro ponto para atrair o consumidor, assim como o teto em cor contrastante branca ou preta.
Dentro, o Novo C3 tem um painel com desenho atraente em proposta, destacando os difusores de ar duplos, além de material superior com texturas chamativas e cores destacadas.
Contudo, o Citroën C3 2023 decepciona no cluster, que fica numa moldura originalmente feita para um display de 7 polegadas e luzes de LED para nível de combustível e temperatura da água.
Infelizmente, isso foi cortado e sobrou uma telinha de pouco mais de 4 polegadas, monocromática e sem conta-giros…
Já a coluna de direção tem ajuste apenas em altura, enquanto o ar condicionado é manual. No lado do passageiro, o porta-luvas tem espaço mediano, longe da geração anterior.
Para simplificar mais a coisa, os vidros elétricos traseiros ficam no console entre os bancos dianteiros, mas pelo menos apresenta duas entradas USB para quem vai atrás.
Na frente, os vidros elétricos tem comandos nas portas e os retrovisores ficam no painel, enquanto o teto tem apenas luz interna e para-sóis com espelhos sem iluminação.
O acabamento das portas e painel emprega muitos plásticos, enquanto os bancos possuem acabamento em tecido simples, com o banco traseiro inteiriço.
O espaço atrás é mediano, suficiente para sua proposta, assim como a altura interna e ajuste do banco, sendo em média 10 mm mais alto que nos hatches tradicionais.
Já o bagageiro tem bom espaço com 315 litros, estepe fino e bom acesso pela tampa, mas sem banco bipartido.
Novo Citroën C3 – Impressões ao dirigir
O Novo Citroën C3 chega com uma proposta de economia antes de desempenho, com o motor 1.0 Firefly de até 75 cavalos respondendo bem para um carro com pouco mais de 1.000 kg de peso e boa calibração para a missão do novo carro.
Ele apresenta bom torque em baixa e sua relação de marchas é adequada para a função, ainda que os engates sejam um pouco duros e até imprecisos, especialmente na terceira marcha.
O ajuste do trambulador poderia ser o mesmo do Peugeot 208 1.0, bem mais macio e preciso. Já a embreagem tem boa altura e maciez.
Com direção elétrica leve e progressiva, o Novo C3 1.0 roda com desenvoltura no asfalto e suporta bem paralelepípedos e pisos irregulares, mostrando que o acerto da suspensão foi adequada para ao Brasil.
A altura da suspensão e a robustez aparente em buracos e outras coisas ruins do pavimento brasileiro, são minimizadas pelo conjunto.
Nas curvas, o Novo C3 também se mostrado acertado, sem exageros de inclinação ou maciez excessiva.
Os freios também atendem bem, lembrando ainda que ele tem controles de tração e estabilidade, assim como assistente de partida em rampa, mas apenas dois airbags.
O handling do Novo C3 1.0 agrada em relação à proposta do carro, com nível de ruído aceitável para sua missão, porém, mais alto que a geração anterior.
Já o Novo C3 1.6 automático – não havia o 1.6 manual no evento de lançamento – responde bem com o motor 1.6 16V de até 120 cavalos, já bem conhecido e com torque bom em baixa rotação.
Com transmissão automática de seis marchas da Aisin, o C3 se comporta bem e foca no consumo, isso até demais, visto que ele demora para responder em algumas situações, especialmente no modo Eco.
Nota-se de cara que a intenção não é performance, mas conforto e economia como se fosse um CVT, mas o conjunto agrada na missão de levar mais comodidade ao motorista.
Sem conta-giros, porém, não se sabe exatamente como ele trabalha em relação às marchas, nem mesmo durante uso urbano ou rodoviário, tendo apenas os ouvidos como orientação.
As trocas manuais ajudam a obter melhor desempenho, mas sem empolgar.
Com o mais força, o Novo C3 1.6 automático vem bem para viajar e usar no dia a dia pesado das cidades, sendo uma opção interessante, apesar do preço.
De modo geral, o Novo C3 cumpre sua missão, mas poderia ter dado mais atenção a alguns detalhes e usar o Firefly 1.3 com CVT no lugar do EC5M, o que lhe renderia melhor eficiência e desempenho adequado.
Novo Citroën C3 – Galeria de fotos
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