O Opala sempre teve em suas versões com motor seis cilindros, ou seja, 4.1, as mais desejadas, pelo desempenho bem superior.
No entanto, dentre dessas versões 4100, existiam duas diferentes, lá no final da década de 70 e começo da década de 80.
É aí que entra o famoso motor 250-S.
Polegadas cúbicas e litros
Primeiro temos que lembrar que 250 é o mesmo que 4100, 250 são as polegadas cúbicas e 4100 são os centímetros cúbicos, ou 4.1 litros.
Se falarmos de outros modelos antigos do Brasil, com motores grandes, temos os motores 272, 292 e 302 da Ford, respectivamente 4.5, 4.8 e 5.0 litros.
Também temos o famoso motor 318 da Dodge, que é 5.2 litros.
Qual é a diferença entre 250 e 250-S?
Segundo a revista Motor3, edição de abril de 1982, respondendo perguntas dos leitores, a GM oferecia na época dois motores de seis cilindros, o 250 e o 250-S.
O 250-S tinha o mesmo volume, ou seja, 4.1 litros, mas algumas diferenças para ficar mais potente e mais ágil:
- bloco vermelho no 250-S (era verde no 250)
- comando de válvulas diferente
- válvulas com molas duplas, uma normal e uma só com função amortecedora
- ventilador de quatro pás
- volante do motor mais leve, com 9 kg ao invés de 13 kg
- potência de 171 cavalos (brutos) contra 140 cavalos
- taxa de compressão mais elevada, de 7,8:1, contra 7,5:1
Tais alterações se traduziam em melhor desempenho para o 250-S.
O motor 250-S teve taxa de compressão maior no início de sua vida, a partir de 1973, com taxa de até 9:1, mas esses motores eram apenas usados em competições do automobilismo, e não eram vendidas ao consumidor comum.
Problemas com a gasolina ruim da época fizeram com que essa taxa fosse reduzida posteriormente.
Outras informações que encontramos online, a respeito das diferenças do motor 250-S:
- era somente a gasolina
- vinha equipado com carburador 446 ao invés de H-34 ou 3E
- tinha comando um pouco mais graduado (girava até 4.800 rotações)
- inicialmente, em 1976, tinha tuchos mecânicos
Até quanto o motor 250-S foi produzido?
O motor 250-S ficou em linha até 1988. Até 1987, eram motores vermelhos, e em 1988 ele passou a ser pintado de cinza como todos os outros motores da linha.
Se o carro for equipado de fábrica com o motor 250-S, o conta-giros do painel marca até 7.000 rotações.
Nos anos 90, chega o 4.1 com injeção eletrônica
Este motor 4100 do Opala foi atualizado nos anos 90, e se transformou no 4.1 MPFI de 168 cavalos de potência que surgiu no Omega na sua linha 1995.
Isso foi feito pois a GMB queria uma motorização mais barata do que o 3.0 alemão do Omega, para seus modelos topo de linha.
Tanto que o 3.0 saiu de linha no Omega, para a entrada do 4.1, um enorme passo para trás em termos de performance e tecnologia.
Depois, o motor 4.1 MPFI também foi usado em modelos como C20, Silverado e Grand Blazer.
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