A Renault Scenic foi uma minivan que a marca francesa produziu no Brasil entre 1998 e 2010, tendo ainda recebido ainda uma geração seguinte, que veio importada da França, a Grand Scenic.
O monovolume era um carro bem versátil e totalmente focado na família, tendo ótimo espaço interno, compartimentos ocultos, mesinhas de refeição e adaptação para entretenimento, além de amplo porta-malas e desempenho adequado.
Confira aqui todos os detalhes da Renault Scenic.
Nesse caso, a Renault Scénic teve inicialmente motor 2.0 8V de 115 cavalos e 17,5 kgfm, seguido pelo 1.6 16V com 110 cavalos e 15,1 kgfm, recebendo bem depois uma versão flex com até 115 cavalos e 16 kgfm.
A Scenic ainda ganhou o motor 2.0 16V de 138 cavalos e 19,2 kgfm, que nunca virou bicombustível na minivan, que ainda tinha opção de transmissão automática de quatro marchas nos dois motores.
Com tantas virtudes, o que os donos da Scenic apontam como defeitos e problemas? Eles relatam muitos defeitos no conjunto motriz, especialmente a queima de bobinas, vazamentos de óleo e trambulador do câmbio ruim, entre outros.
Trambulador do câmbio
A Renault Scenic é elogiada também pela economia e praticidade, mas alguns donos reclamam muito do trambulador do câmbio. Alguns relataram ter sido obrigados a troca o kit do dispositivo acionador de marchas do carro.
Outros relataram o mesmo problema que, torna os engates muito ruins, imprecisos e duros. Além disso, em relação ao próprio câmbio, alguns relataram defeitos internos na caixa de transmissão.
Nesse caso, relatos de vazamentos – inclusive através dos semieixos e coifa – foram registrados na internet, sendo que também existem casos onde o câmbio teve engrenagens e outros componentes internos comprometidos.
Todos estão relacionados com a caixa de transmissão manual da Scenic e não com o câmbio automático. Assim como outros carros da Renault, motor e câmbio eram sustentados por coxins elevados e apoiados por um terceiro inferior.
Mais relatos da Scenic dão conta de que este último e mesmo os demais, apresentam baixa durabilidade, rompendo-se e elevando enormemente a vibração e o desconforto a bordo.
Pela quantidade de relatos, a quilometragem quase “obrigatória” fica em torno de 80.000 km, mas existem depoimentos de trocas bem antes disso.
Suspensão e direção
Além dos coxins de motor e câmbio, a Renault Scenic também merece atenção na suspensão, segundos os donos. Nesse caso, a troca de componentes começa em relatos aos 25.000 km e vai se estendendo, intensificando aos 50.000 km.
Buchas, bieletas e batentes chegam a ser trocados em quilometragens bem baixas, incluindo ainda amortecedores com vazamentos trocados ainda na garantia.
Além das trocas, relatam ruídos que incomodam, ampliados em vias de piso ruim. Alguns chegam a dizer que a Scenic fica bem dura quanto isso acontece, provocando enorme desconforto.
Falam ainda de problemas na direção hidráulica. Nesse caso, a reclamação é com a vibração ao volante, sendo que teve cliente onde o sistema fora trocado para resolver o problema. Outro reparou, mas o problema voltou.
Bobinas e sensor de rotação
Um dos defeitos que alguns consideram crônicos na Renault Scenic é a durabilidade das bobinas de ignição. Vários relatos falam de problemas com esses dispositivos, que não custam barato.
Eles relatam falhas no funcionamento e falta de força a bordo da minivan da Renault e, na oficina, são apontadas as bobinas como com defeito.
Um dos proprietários disse que eles queimam com frequência e que, em três anos de uso de uma Scenic, já teve que trocar cinco bobinas, cujo preço unitário é sempre acima de R$ 100.
Nas revisões de 80.000 km, por exemplo, muitos donos de Scenic fazem uma troca geral de componentes de desgaste natural, mas as bobinas são incluídas também no trabalho, mesmo sem defeito aparente.
Outro componente do motor da Scenic que irrita muitos donos é o sensor de rotação. Embora alguns resolvam a questão em caso, com a limpeza do dispositivo, quem não tinha conhecimento, passou por apuros diante da falha do componente.
Relatos de reboque do veículo por conta desse defeito estão registrados na internet. O problema é tão recorrente que existem diversos vídeos explicativos que mostram como resolver a questão do “aviãozinho” (apelido dado ao sensor).
Também relatam os donos que a bomba de combustível apresentou falhas em várias unidades da Scenic, impedindo o funcionamento normal do carro e dificultando a partida.
Outros ainda apontaram consumo excessivo de óleo lubrificante no motor, que impede a troca do fluído de forma regular entre as revisões de 10.000 km, sendo exigido completar com muita quantidade entre essas paradas.
Há também relatos de defeitos no ar condicionado, em especial no compressor do mesmo, que apresenta problemas na polia de acionamento e mesmo dentro do componente que pressuriza o gás refrigerante.
Vários donos de Scenic reclamam de barulhos no acabamento interno, especialmente no painel, onde alguns não acharam solução. Relatam ainda defeitos nos vidros elétricos, que algumas vezes não funcionam.
Quando olhamos apenas para os relatos mais recentes, como os registrados no Reclame Aqui, a minivan francesa obviamente tem uma quantidade menor de reclamações. Afinal, estamos falando de um carro fora de linha já por vários anos.
Mesmo assim, é possível encontrar registros sobre a dificuldade para encontrar peças originais, dificuldades para completar recalls, diferença nos valores das revisões (entre o site e o praticado), entre outros problemas.
Recall
A Renault Scenic esteve envolvida em um recall relacionado com o fecho do cinto de segurança, sendo essa chamada realizada em 2007. Um relato aponta defeito no mesmo, mas ao consultar a marca, o carro não estava incluído no chamamento.
Os carros chamados foram fabricados entre 1999 e 2005. Já outra chamada foi em 2013, mas para a tampa do porta-malas, onde foi feita a aplicação de reforço na fixação do componente.
Também foi registrado um recall “duplo” em 2002 para a Scenic, onde foram observados riscos na tubulação de freio com sistema ABS, que poderia fazer a minivan perder eficiência na frenagem, com possibilidade de colisão.
O outro foi a tubulação de combustível no compartimento do motor, que poderia se romper ou trincar, provocando vazamento de gasolina ou etanol sobre partes quentes do conjunto motriz, provocando assim um incêndio.
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