VW T-Cross Comfortline 2024: Versão intermediária tem bom consumo e desempenho

t cross 2

Falamos sobre o Hyundai Creta Comfort Plus recentemente, agora vamos falar de seu rival, o T-Cross Comfortline.

O SUV da VW vende muito bem, obrigado, e deixa os rivais no chinelo, mais detalhes sobre o posicionamento no mercado, opcionais e muito mais no texto de hoje.

Vamos ao que interessa:

A versão Comfortline está imediatamente abaixo da Highline e é a mais equipada com motorização 1.0 TSI.

Acima das versões Sense 200 TSI e 200 TSI, ela parte de R$ 160.990,00 e vem de série com:

Piloto automático adaptativo com controle de distância e velocidade, frenagem autônoma de emergência, 6 airbags, 6 alto-falantes, ar-condicionado digital, carregador de celular por indução, volante com ajuste de altura e profundidade, ABS, controle de estabilidade e tração, câmera de ré, direção elétrica, multimídia VW Play com Android Auto e Apple CarPlay, cluster digital, partida no botão e muito mais.

Opcionalmente há ainda o teto solar panorâmico (R$ 7.360,00) e revestimento em couro (R$ 2.990,00).

Relação desempenho vs. consumo é ponto forte

Das opções disponíveis no mercado, há quem ande mais e quem seja mais econômico, porém poucos rivais tem esse balanço tão bom quanto o T-Cross, apesar de que o Fiat Pulse 1.0 também vai bem nesse quesito.

Alguns híbridos também tem essa relação muito boa, pendendo mais para a eficiência energética do que para o desempenho, porém eles custam mais caro.

O motor que equipa o T-Cross Comfortline é o já velho conhecido 1.0 turbo, o 200 TSI, que conta com 3 cilindros, injeção direta de combustível e 12 válvulas.

O motor rende 128 cv e 20,4 kgfm de torque no etanol, com 116 cv e os mesmos 20,4 kgfm de torque na gasolina.

Pesando 1240 kg, o SUV acelera de 0 a 100 km/h em 10,1s e tem velocidade máxima de 187 km/h.

O câmbio é sempre o automático de 6 velocidades, os freios são a disco nas 4 rodas e o tanque tem capacidade para 52l.

O consumo fica na casa dos 8 km/l na cidade e 10 km/l na estrada rodando com etanol e 12 km/l na cidade e 14,5 km/l na estrada rodando na gasolina.

Esse é um ponto “negativo” do T-Cross com motor 1.0 TSI, ele anda menos e tem o consumo quase igual do irmão bombado, com o motor 1.4 TSI, presente na versão Highline.

Design “joga pra torcida”, mas já está cansado

volkswagen t cross 2024 comeri santos (1)

O T-Cross agrada ao público, os números de vendas que apresentaremos no nosso texto provam isso, então pra que mexer em time que está ganhando?

A verdade é que o T-Cross não mudou muito seu visual desde o lançamento e já está cansando o consumidor, e sua nova geração é bem-vinda.

A grade dianteira é preta com detalhes cromados, trazendo o logo da VW no centro, sem relevo, com fundo preto e o logo cromado.

A porção inferior do para-choque é preta e abriga os faróis de neblinam, o plástico preto segue seu roteiro pelo paralama e chega até a saia lateral e uma porção generosa das portas.

As rodas são de liga leve com Aro 17″ e diamantadas, com o centro pintado de preto.

Os retrovisores e maçanetas tem a mesma cor do veículo, cor essa que pode ser “Preto Ninja” sem custos adicionais.

Caso opte pelo Branco Puro, o custo adicional será de R$ 900,00, já as cores Vermelho, Prata ou Cinza metálicas custam R$ 1.750,00 a mais, a cor especial “Vermelho Sunset” também custa R$ 1.750,00.

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Na traseira as lanternas são parcialmente construídas em LED, e contam com um acabamento na tampa do porta-malas que as une, como se fossem uma única peça.

No topo existe o aerofólio que é mesclado entre a cor do veículo e a cor preta.

A saia do para-choque é preta e tem um filete prateado que emula uma saída de escape dupla, porém não passa de um acabamento.

Na tampa do porta-malas há a grafia 200 TSI, versão do motor que equipa o SUV.

Interior tem muito plástico, mas compensa com tecnologia

T Cross 2 1

Começando pelos bancos, que são de tecido e proporcionam um bom encaixe para os ocupantes, o T-Cross não é nenhuma referência em primor de acabamento.

O Painel é construído em plástico, e tem um acabamento pintado na parte central, que saí do difusor de ar do passageiro e vai até o do motorista.

Os cortes dos difusores e as que separam partes do painel tem ângulos agudos que trazem um visual agressivo e particularmente agradável.

A parte inferior, onde fica o porta-luvas, tem tom mais claro, e conforme vamos subindo o o acabamento vai escurecendo, quase como um degradê de três tons.

No meio do painel, voltada ao motorista, está a central multimídia, bem completa e com ótima conectividade, fica em cima dos difusores centrais de ar, e não embaixo como costumamos ver na maioria dos carros.

Descendo um pouco mais há o acionamento do ar-condicionado, que é digital, embaixo dele há um compartimento onde o celular pode ser carregado por indução.

À frente da manopla do câmbio, que tem sua tampa preta brilhante, está o botão de acionamento de partida do motor.

No cluster está a tela de 10”, que é um dos grandes atrativos do carro, nela estão todas as informações do carro, além da possibilidade de visualizar mapas de GPS e mais informações da central multimídia.

Por que vende tão bem?

t cross comfortline

Antes de concluir, vamos aos dados:

O T-Cross foi, nada mais, nada menos, que o sexto carro mais vendido no Brasil em 2023, o que é um feito notável para um SUV, ficando à frente de carros de entrada e até sub-compactos, como o KWID.

O pódio de SUVs mais vendidos é formado por T-Cross em primeiro lugar, GM Tracker em segundo e Hyundai Creta na terceira posição.

Foram 72.440 unidades emplacadas no ano, o Mobi teve somente 1.000 unidades a mais, para se ter uma ideia.

O carro campeão de vendas foi o seu irmão Polo, com 111.242 unidades vendidas, como eles compartilham muitas características, isso explica muito, mas não tudo.

A junção de alguns fatores é, provavelmente, o motivo desses números:

  • A confiança na marca, que vem investindo fortemente no país é um dos pilares.
  • A similaridade com outros carros como Polo e Nivus traz também segurança no pós-venda, pois muitas peças são compartilhadas entre eles.
  • O balanço entre consumo e desempenho que citamos anteriormente também é um ponto forte.

O mercado brasileiro optou por confiança e praticidade em detrimento à acabamento e design arrojado, e não parece ter sido uma má ideia.

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Autor: Luca Magnani

Engenheiro mecânico na indústria automotiva, pós graduado pela Universidade da Indústria do Paraná em Engenharia de veículos elétricos e híbridos.