Você se preocupa com a desvalorização e revenda do carro? Muitos proprietários se interessam com essa questão e por isso acabam levando em consideração esse fator na hora de adquirir um automóvel novo.
Os índices de desvalorização ainda são altos e os motivos podem ser vários. Tudo vai depender do modelo, fabricante, cor, itens de série e muito mais. Ainda assim, ninguém consegue fugir e tanto carros novos (0 km) quanto usados entram na tão temida depreciação.
Para alguns proprietários, vender um automóvel é muito fácil e rápido, ainda mais se tratando de um popular como Chevrolet Onix, Ford Ka e Hyundai HB20. Por outro lado, pode ser um pesadelo no caso de modelos que tem índices altos de desvalorização.
Atualmente, o dono deve estar ciente que pode perder muito dinheiro. Com um consumidor mais exigente à procura de um veículo completo, os mais antigos e com menos itens vão ganhando uma queda de popularidade e se tornando ainda mais difíceis de serem vendidos.
Apresentamos a seguir os dez carros mais difíceis de vender e que os lojistas não aceitam ou pagam muito mal.
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1) Daewoo Espero
O sedã médio Daewoo Espero foi produzido entre 1990 a 2000. No Brasil, foi comercializado com motor 2.0 e equipado com ar-condicionado, direção hidráulica, travas e vidros dianteiros elétricos, dentre outros itens.
Por aqui, o Espero chegou em 1994 em três versões: CD, DLX e outra sem nomeação. A duas primeiras possuem praticamente os mesmos equipamentos, a única diferença está no acabamento.
Por ser importado, sem concessionária e com visual pouco atraente, o Daewoo Espero possui uma alta rejeição do mercado, fazendo com o seu dono tenha dificuldade para vender.
Pela tabela FIPE, a versão 2.0 a gasolina de 1994 está em cerca de R$ 5.520, enquanto a CD ou DLX fica em R$ 7.020.
2) Fiat Marea
Não é de se estranhar encontrar o Fiat Marea nesta lista. Como mostramos na matéria Top 10 – Carros que ninguém quer comprar, ele também faz parte dos ruins de revenda.
Comercializado no Brasil nas versões sedan e perua (ou Weekend), foi batizado de Fiat Brava na versão hatch. Por aqui, foi lançado com motor 2.0 20V com 142 cv de potência e 18,1 kgfm de torque.
Em seguida, a Fiat apresentava a versão SX com o mesmo motor, só que sem o variador do comando e com 127 cv. Ele foi oferecido com opções de motorização 1.6, 1.8, 2.0 de 20V Turbo e 2.4 de 20 válvulas.
O Marea atuou por muito tempo no segmento de médios da montadora italiana. Devido a queda de vendas e ausência de tecnologia, ele deixou de ser produzido em 2007, dando lugar para Linea e Punto.
Pela tabela Fipe, podemos encontrar o Marea ELX 2.0 com valores entre R$ 7.500 e R$ 10.600, enquanto o modelo Turbo varia entre R$ 12.100 e R$ 34.600.
3) VW Polo 1.0 (antigo)
Elogiado por ser um veículo que proporciona muito conforto, com motor 1.0 de 16 válvulas e 79 cv, o Volkswagen Polo foi lançado em 2003 e era considerado um popular luxuoso. Quando lançado, era vendido por R$ 26 mil.
O Polo 1.0 não agradou muito o consumidor brasileiro e a Volkswagen teve que encerrar a produção dele no mesmo ano de lançamento. Não é à toa que ele aparece nesta lista. Se você pretende não ter problemas na hora da revenda futuramente, fuja desta opção.
Atualmente, pela tabela FIPE, o Volkswagen Polo 1.0 custa R$ 16.950.
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4) Ford EcoSport 1.0
Lançado em 2003, o EcoSport teve mais de 27 mil unidades vendidas nos 12 primeiros meses. Era oferecido em três opções de motorização: 1.0 de 8V com Supercharger, 1.6 de 8V e 2.0 com 16V.
Durante oito anos, o modelo passou por diversas mudanças com novos itens, outras versões e a retirada da opção 1.0 – que não agradou muito.
O EcoSport 1.0 foi reprovado pelo consumidor e até mesmo pela mídia especializada e é por isso que ele pode trazer um certo problema ao tentar revender. Na tabela Fipe, é possível encontrá-lo por R$ 17.640 a R$ 24.920.
5) Mercedes Classe A
Apresentado pela primeira vez em 1997 no Salão de Genebra, o monovolume foi lançado no Brasil em 1999. Em 2004, teve a sua produção encerrada na Europa, um ano antes do mercado brasileiro (onde isso ocorreu em agosto de 2005).
No início, o Classe A obteve ótimas vendas, entretanto, com um preço alto, cerca de R$ 33 mil reais e com o dólar também em alta, o carro acabou perdendo vendas ano após ano. Em 2002 teve mais de 8 mil vendas, já em 2005 esse número caiu para 3.499.
Atualmente, seus valores na tabela Fipe começam em R$ 10.800 na versão Classe A 160 Classic 1999.
6) JAC J3
Os chineses vem lutando para agradar e conquistar o público brasileiro. Ainda assim não é um processo muito fácil. A JAC Motors, que entrou no Brasil em 2010 com os modelos J3, J3 Turin, J5 e o J6, mudou sua estratégia com a linha “T”.
O JAC J3 concorria diretamente com o Chery Celer, Renault Sandero e Lifan 320. O J3 era bem equipado com freios ABS, airbags, ar-condicionado, volante multifuncional, dentre outros. Por outro lado, possui uma pós-venda negativa.
É possível encontrar o J3 com preços bem diferentes dos informados na tabela Fipe, que variam entre R$ 17.500 e R$ 30.750.
7) Fiat Linea
Lançado no Brasil em setembro de 2008, o Linea teve seu fim em janeiro de 2017 junto com outros modelos como Bravo, Idea, Freemont e Palio Fire. A Fiat queria iniciar um ano com novos veículos em seu portfólio.
Mesmo com a paralisação da produção do Tempra e Marea, entrando o Linea no lugar, ele não teve destaque e se tornou um veículo com difícil pós-venda. Por aqui, foi comercializado nas versões Essence 1.8 16V, 1.8 16V Dualogic, Absolute 1.8 16V Dualogic, HLX 1.9 16V Dualogic, T-Jet 1.4 Turbo 16V e LX 1.9 16V.
Os valores do Linea, segundo a tabela Fipe, variam entre R$ 27.700 (ano 2009) a R$ 49.700 (ano 2016).
8) Chery QQ
Lançado em 2011 por R$ 22.900, o chinês ganhou destaque pelos itens de série oferecidos: direção hidráulica, airbag, ar-condicionado, freios ABS, rádio MP3 com entrada USB, vidros e travas elétricos e muito mais.
Totalmente reformulado, o New QQ continuou a ser vendido até 2019, quando custava R$ 28.740. Ao sair de linha, deixou para o Fiat Mobi o posto de carro mais barato do Brasil, sendo vendido por R$ 33.490.
Atualmente, a tabela Fipe indica inicial de R$ 15.150 para o modelo 2011.
9) Peugeot 408
Com visual usado na Stock Car Brasil de 2007 a 2009 (apenas o visual, uma bolha em cima do bólido de motor V8), o Peugeot 408 era um veículo bem equipado e confortável, mas precisava “brigar” com o Honda Civic, Citroen C4 Lounge e Toyota Corolla.
De série, ele tinha freios ABS, desembaçador do vidro traseiro, faróis de neblina, ajuste do volante em profundidade, porta-luvas climatizado, banco traseiro rebatível e muito mais. Em nova versão, o 408 era vendido a partir de R$ 69.990, com motor turbo THP Flex de 173 cv e 24,5 kgfm de torque.
Em fevereiro de 2019, o francês saiu de linha (junto com o 308). No mercado de usados, ele pode ser encontrado por R$ 60.500 quando procuramos pelos modelos mais novos.
10) Chery Celer
Outro chinês da lista que sofre com revenda é o Chery Celer. Vendido no Brasil desde 2013, o carro ganhou novo design e foi o primeiro a ser produzido na nova fábrica da Chery em Jacareí, interior de São Paulo.
O Celer é bem avaliado pelo design, equipamentos e espaço interno, porém, perde pelo acabamento e pós-venda. Ele concorria com outros chineses como JAC J3 e Lifan 320, além do Renault Sandero.
Em 2018, porém, a CAOA suspendeu suas vendas. Com isso, se você quiser um Celer pouco rodado e com o ano mais novo possível, poderá encontrar modelos que custam algo em torno de R$ 37.700.
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