No começo dos anos 70, a linha da Volkswagen no Brasil começou a ser atualizada, com a chegada de alguns novos modelos, mais modernos do que Fusca e Variant.
E este é o caso da Brasília, que foi lançada em 1973, sendo vista pelo mercado como um carro bonito e mais espaçoso do que o Fusca, apesar de ser menor do que ele.
Vamos ver um pouco os detalhes do modelo em seu lançamento.
Mini-Variant ou não?
Inicialmente, a Brasília acabou sendo apelidada de Mini-Variant, pois se parecia mesmo com uma versão encurtada da perua da VW.
Mas embora use a mesma plataforma dos outros modelos da VW na época, a Brasília é diferente, e também melhor.
Ela foi criada como um carro para uso urbano, totalmente desenvolvido no Brasil e aprovado pela matriz na Alemanha.
Urbano, pois sua velocidade final não era lá aquelas coisas, mesmo com motor 1600.
Leia também nossa página com toda a história da VW Brasília.
O visual e o estilo da Brasília
A frente da Brasília era mesmo igual a dianteira da Variant. Não só da Variant, mas do TL e do SP1 e SP2. Mas as semelhanças acabavam por aí.
O restante da carroceria era um conjunto completamente novo, mais moderno, com parabrisas maior, 20 centímetros mais alto que o da Variant e do TL.
O tamanho é compacto, de apenas 4,01 metros de comprimento, mas o teto mais alto dá uma maior sensação de amplitude do interior, com mais espaço.
Na traseira, vemos um vidro também maior, e as portas tem uma maior área envidraçada.
E as rodas eram um pouco menores que dos outros modelos da linha VW em 1973, com 14 polegadas.
Acabamento interno
O acabamento interno da Brasília 1973 foi visto pela imprensa como ótimo, com tapeçaria interna de qualidade, e o restante dos funcionamentos e acabamentos com boa qualidade geral.
Um detalhe negativo interessante é que os espelhos laterais acabavam se fechando com a força do vento em velocidades acima de 100 km/h.
Era um problema que já existia nos outros modelos da marca e continuou presente na Brasília.
Dirigibilidade e desempenho
A Brasília era vista como um carro ágil e estável. Tinham ampla visibilidade e o volante deixava o carro nas mãos.
O acelerador tinha respostas rápidas, vindas do motor 1600 de carburação única, o que facilitava os ajustes problemáticos que a carburação dupla acarretava.
Em subidas, o veículo perdia menos a velocidade do que o Fusca.
Os freios eram bons, mas tinham uma leve tendência a travar as rodas em frenagens um pouco mais fortes.
Mesmo com uma quarta marcha de relação 0,89:1, a velocidade máxima era sofrível, com 130 km/h sendo a marca oficial da VW.
Era uma velocidade final muito ruim? Se você levar em conta apenas o motor 1600 sim, mas os outros modelos da marca tinham velocidades parecidas.
O Fusca ia apenas até 125 km/h, e a Variant alcançava 136 km/h, por causa dos dois carburadores versus um.
Mas o peso menor da Brasília compensava seu carburador único.
Consumo da Brasília
O consumo era visto como adequado para o porte do veículo, lá no começo dos anos 70.
Andando-se a 120 km/h, o resultado era de 9,6 km/l. A 100 km/h, 11,5 km/l. E a 80 km/h, um consumo médio de 14,3 km/l.
Ficha técnica
Motor traseiro, de quatro cilindros, diâmetro de 85,5 mm, curso de 69,0 mm, cilindrada de 1.584 cm3, taxa de compressão 7,2:1, três mancais, potência máxima de 60 cavalos a 4.600 rpm, torque máximo de 12,0 kgfm a 2.600 rpm, carburador Solex H 30 PIC.
Transmissão de quatro marchas, com relações 3,80/2,06/1,32/0,89.
Suspensão dianteira independente com feixes de torção, traseira independente com barras de torção.
Freios a disco na dianteira e tambor na traseira.
Comprimento 4,01 metros, largura 1,60 metro, altura 1,42 metro, entre-eixos 2,40 metros, peso 890 kg.
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