Audi A3 – Reclamações e Defeitos

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A Audi A3 já foi um dos Hatchs esportivos mais cobiçados do mercado brasileiro, em sua primeira geração, foi mudando de cara com o passar dos anos e até versões sedãs foram lançadas.

Sempre teve uma mecânica com tecnologia de ponta, acabamento moderno e desempenho interessante, hoje já pode ser encontrada por menos de R$ 30.000,00.

Mas será que ela é um carro confiável? No texto de hoje vamos falar dos principais problemas envolvendo o modelo.

A primeira geração da A3 desembarcou no Brasil em 1997, durante sua vida de quase 10 anos (foi produzida até 2006), teve motores os 1.8 20v aspirado de 125 cv, 1.8 20V turbo de 150 cv e 1.8 20v turbo de 180 cv, além das versões de entrada com motor 1.6 aspirado.

Vem de série com ar-condicionado, direção hidráulica, rádio, faróis com projetores, travas e vidros elétricos, além de bancos de couro, teto solar, controle de tração e faróis de Xênon como opcionais.

Tem bom desempenho nas versões 1.8, com ênfase nas versões turbo de 150 cv e 180 cv.

Em 2007 estreou a segunda geração que trazia uma mudança estética significativa, com design atual até os dias de hoje, nas opções 2.0 turbo de 200 cv, 1.6 aspirado e 2.0 aspirado, a lista de opcionais é bem parecida com a primeira geração, com alguns mimos a mais.

Em 2013 estreou a terceira geração da A3, que teve opções de motor 1.8 16v turbo, 2.0 16v turbo (mesmo do Golf GTI) e 1.4 16v turbo.

A quarta geração estreou em 2021 no Brasil somente com o motor 2.0 TFSI.

Se você pensa em comprar, mas quer saber os principais problemas que ela apresenta, fizemos um resumo pra te ajudar a decidir e avaliar uma unidade, usada ou seminova.

Abaixo os principais pontos de reclamação dos donos e defeitos apresentados:

Acabamento interno frágil e difícil de achar

Esse problema é mais comum na primeira geração, as peças plásticas de painel, forração, apoio de braço e etc., se quebram muito facilmente e são bem difíceis de achar novas.

Acaba sendo necessário recorrer a um desmanche, onde cobram mais de R$ 300,00 por uma porta copos, por exemplo, sendo um dos principais focos de problema dessa geração.

Teste ainda o bom funcionamento das teclas como do ar-condicionado e do teto solar.

Barulhos internos

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Problema também mais presente na primeira geração, mas que acomete as mais novas um pouco, é o nível de ruído pelas peças plásticas e encaixes delas no carro, que fazem barulho ao andar em locais mais esburacados.

Evite as versões com desempenho mais fraco

Quem compra uma A3 normalmente busca bom desempenho, porém as versões 1.6 aspiradas e 1.4 turbo não entregam desempenho excepcional, sendo somente aceitável.

Mecânica complexa

Desde os motores 1.8 20v, até os modernos TSI têm uma complexidade mecânica superior à projetos mais comuns da marca e dos concorrentes, isso não quer dizer que sejam motores problemáticos, eles só precisam de mais cuidados, não é só “por óleo e rodar”.

Procure por vazamentos de óleo, fluído do reservatório de expansão do arrefecimento alaranjado, peças plásticas quebradas e faltando, e claro, solicite o histórico de manutenções, se o dono não tiver nenhum comprovante guardado, recomendo escolher outra unidade.

Nos motores 2.0 TSI são comuns problemas de carbonização das sedes das válvulas e a quebra da bomba d’agua, portanto vale uma preventiva nesses itens.

Sendo proprietário de uma A3 1.8 20v falo com propriedade, apesar do motor não ser muito mais complexo que qualquer VW comum (se assemelhando ao bom e velho AP) muitos mecânicos se recusam a mexer.

Custos de manutenção elevados

Além de mais delicada, a manutenção é mais cara que qualquer carro popular, especialmente da  segunda geração em diante.

Peças relacionadas à injeção direta, bobinas, módulos e turbina passam facilmente dos R$ 1500,00 cada, ou seja, para trocar 4 bicos injetores e 4 bobinas, não vai gastar menos de R$ 3.000,

Os custos de peça na concessionária são proibitivos, cito como exemplo uma mangueira do sistema de recirculação dos vapores de óleo que fiz o orçamento para minha A3 2004, na internet custava 70 reais, na concessionária mais de R$ 2.000,00 pois “seria importado da Alemanha sob encomenda”.

Problemas na homocinética

Na primeira geração são comuns problemas na homocinética, que se caracterizam por estalos metálicos ao andar com o carro esterçado.

Seguro

O preço do seguro é elevado e pode inclusive ser negado pela seguradora, vale a pena dar uma conferida antes de comprar o seu pois os valores chegam facilmente a 10% do valor do carro.

Unidades sem teto solar

As unidades sem teto solar são mais difíceis de vender e tem preço de mercado mais baixo.

Câmbios automatizados e automáticos

As unidades com o motor 1.4 TSI acompanham o câmbio automatizado DSG7, que foi muito criticado e apresenta problemas crônicos, então fuja delas.

As unidades de primeira geração com câmbio automático também merecem atenção, pois já passam dos 20 anos de uso e muitas vezes mesmo gastando um dinheiro razoável para arrumar algum problema mais grave, ainda assim não fica bom.

As unidades mais modernas com câmbio automatizado DSG 6 não são problemáticas porém as embreagens sofrem desgaste com o tempo e a conta pode passar dos R$ 10.000.

Fique de olho em trancos e marchas patinando, se isso ocorrer procure outra unidade ou negocie um desconto com cautela pra não sair no prejuízo.

Consumo

O consumo da A3 não é exemplar, então não espere milagres, são comuns médias de menos de 8 km/l na cidade e 10 km/l na estrada e na gasolina.

Conclusão

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A Audi A3 pode te trazer emoção, esportividade e status, se escolher uma unidade conservada, caso contrário ela te dará muito gasto de dinheiro e tempo tentando encontrar soluções fora da concessionária, que cobra bem caro pelas horas e serviço.

Se comprar uma de primeira geração esteja preparado para procurar peças em desmanches e na internet.

Procure unidade com interior integro, e que não apresente muitas mudanças como suspensão muito rebaixada.

O consumo não é exemplar e o carro é um pouco baixo, o que pode incomodar algumas pessoas

As gerações mais novas tem manutenção muito parecida (pra não dizer igual) a carros da VW com motores turbo, com conhecimento e paciência é possível mantê-la sem gastar uma fortuna.

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Autor: Luca Magnani

Engenheiro mecânico na indústria automotiva, pós graduado pela Universidade da Indústria do Paraná em Engenharia de veículos elétricos e híbridos.