Carro da semana, opinião de dono: Honda Fit EX 2007

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Olá, visitantes do Notícias Automotivas. Meu nome é Davi, tenho 25 anos e, neste depoimento, tentarei destacar os principais detalhes do meu carro, um Honda Fit EX 1.5 manual ano 2007.

Não sou fã de marca nenhuma, este é meu terceiro carro, sem repetir marca (Ford Fiesta, Chevrolet Classic e Honda Fit). Se trata da versão topo de linha e última reestilização do antigo modelo do Fit, que foi até 2008.

Nesta reestilização de 2006 para 2007, o Fit EX ganhou novos para-choques, novos tecidos nos bancos (ficaram pretos) e faróis com fundo prata (antes tinham máscara negra).

O painel também sofreu algumas alterações, como novo aparelho de som embutido, volante revestido em couro e nova grafia no painel de instrumentos, ao estilo “blackout” que se ilumina logo ao abrir a porta do veículo.

Além dessas alterações, outros detalhes diferenciam o Fit EX dos outros modelos como piscas nos retrovisores, rodas de liga leve exclusivas e o pingo azul no emblema “FIT” colado no porta malas.

O emblema com pingo vermelho se refere a outras versões, todas com motor 1.3. O motor 1.5 com tecnologia VTEC também é exclusivo do Fit EX.

A ESCOLHA

No começo de 2012, vendi meu Classic 2007, juntei minhas economias e cheguei ao valor de R$ 28.000,00 para meu novo carro. A intenção inicial era subir de categoria, partindo para um médio seminovo.

No entanto, com este valor, eu poderia pegar um popular zero km 1.4 ou 1.6 e financiar o restante, e teria a segurança de estar adquirindo um veículo novo e a garantia da fabricante. Porém, eu continuaria com um popular que em 1 ano estaria seminovo.

Também fiquei com a sensação de que seria muito investimento (nas minhas condições) para não me sentir totalmente satisfeito, pois gosto muito do conforto de carros médios e mais equipados.

Então comecei a procurar hatches médios 1.6 ou 1.8 pouco rodados (até uns 40 mil km), completos, com seguro acessível e relativamente econômicos, pois meu uso é de 90% na cidade. Os veículos que considerei foram Ford Focus, Nissan Tiida e Peugeot 307.

Destes, o Focus era o mais racional economicamente, além de ter sido meu sonho de consumo possível pelos últimos anos. Então comecei uma busca frenética pelo Focus ano 2007/2008 perfeito, e até encontrei alguns em ótimo estado, um pouco abaixo do valor que eu tinha para gastar.

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Durante as buscas pelo Focus, conheci um Honda Fit casualmente, e me encantei pelo carro internamente. Apesar de não ser um legítimo médio, oferece um conforto igual ou superior a veículos mais caros, era mais equipado do que o Focus 1.6 que eu procurava e mais valorizado no mundo dos seminovos.

Minha mulher também se apaixonou pelo Fit e nossas buscas mudaram de foco. Os principais diferenciais na escolha pelo Fit foram os equipamentos de segurança de série (airbag e ABS quase impossíveis de encontrar no antigo Focus 1.6), desvalorização e economia de combustível. Em relação a manutenção e seguro, os dois se equivalem, segundo minhas pesquisas.

Como meus carros anteriores eram 1.0, desta vez eu queria algo acima de 100 cv de potência, então apenas considerei comprar o Fit EX que tem motor 1.5 e 105 cv. O carro que eu nunca notava na rua e não dava nada para ele, passou a ser bonito e charmoso aos meus olhos.

Olhei diversos Fits na cor preta, que é minha favorita. Os conservados e com câmbio CVT estavam acima de 30 mil reais, e eu não queria financiar nada. Até que encontrei um manual com 37 mil km rodados, em estado de novo, com todas as manutenções carimbadas no manual, inclusive a de 40 mil km que o antigo dono havia acabado de fazer para vender, além de 4 pneus novos.

O valor era o que eu podia pagar, então fechei negócio e voltei de Honda Fit para casa.

MANUTENÇÃO

Desde que comprei o Fit, apenas gastei dinheiro com um pneu que furou e a revisão dos 50 mil km, que saiu em torno de R$ 250,00. As revisões do Fit são feitas de 10 em 10 mil km ou ano em ano e são relativamente baratas, exceto a de 40.000 mil km e seus múltiplos (80, 120, etc.), onda há ajuste de válvulas e outros detalhes que encarecem a revisão.

Estas saem na faixa dos R$ 900,00 ou mais.

Na hora de comprar um Fit seminovo, precisa se atentar a algumas questões como, por exemplo, as revisões carimbadas no manual. Caso não faça, pode trazer surpresas desagradáveis com prejuízos bem mais altos.

As demais revisões não passam de 400 reais, e valem a pena serem feitas na concessionária que faz um serviço de qualidade. A revisão de 50.000, saiu mais em conta fazer na própria Honda do que em oficina de confiança.

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PONTOS POSITIVOS

ECONOMIA: O principal destaque do Fit é aquele que todos sabem: economia de combustível. Meu Fit é monocombustível (gasolina) e manual. A média na cidade, com ar ligado em 50% do tempo, é de 13 km/l.

Andando sem ar e com o pé bem leve, é possível passar dos 13,5 km/l na cidade. Na estrada, o último consumo que marquei ficou em 15,5 km/l. Um detalhe interessante é que o Fit é econômico em qualquer versão, seja com motor 1.3 de 80 cv ou 1.5 com 105 cv.

As versões com CVT são mais econômicas na estada, pois mantém o giro do motor bem mais baixo em altas rotações.

ESPAÇO INTERNO: O espaço interno do Fit é incrível. Parece que a Honda desenhou o veículo pensando no máximo de espaço útil. É possível acomodar bolsas até embaixo do banco traseiro, onde há um espaço vazio.

O banco traseiro possui sistema UTL, com mais de 10 combinações sem a necessidade de remoção. Rebatendo o banco traseiro, é possível carregar 1.321 litros de bagagem.

PRECISÃO CÂMBIO MANUAL: A precisão do câmbio manual do Fit também é digna de elogios. Parece que estamos com um pequeno joystick nas mãos, e a troca de marchas é intuitiva e legal.

Minha mulher, recém habilitada, fez auto escola com um Fox e ficou impressionada com a qualidade do câmbio do Fit. Arrisco a dizer que é o melhor câmbio manual que já experimentei.

ACABAMENTO: O acabamento do Fit é simples, porém de bom gosto. O painel é todo em plástico rígido texturizado, que dá boa impressão visual e ao toque. As portas seguem o mesmo ritmo, com área de tecido preto fácil de ser limpo. Os bancos são confortáveis e ficaram mais bonitos na cor predominante preta.

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PONTOS NEGATIVOS

5ª MARCHA: Talvez o único ponto em que a Honda não acertou no modelo com câmbio manual, é a relação da 5ª marcha onde a mesma é curta demais. Embora econômico na estrada, seria possível ser ainda mais se a 5ª marcha fosse mais longa.

Andando a 100 km/h, o giro do motor está a 3.100 rpm, e a 120 km/h fica com 4.000 rpm, causando um certo desconforto em viagens mais longas. O Fit EX com CVT tem números bem mais animadores nas mesmas situações. A 120 km/h, ele marca apenas 3.050 rpm.

SUSPENSÃO: A suspensão do Fit é bem rígida e causa desconforto ao passar pelas irregularidades de nossas ruas. Poderia ser um pouco mais macia para não prejudicar tanto o conforto.

No entanto, essa rigidez da suspensão, somada a proximidade que o veículo tem do solo, o deixa sobre trilhos no asfalto. É impressionante a estabilidade do carro em curvas e em altas velocidades. Talvez seja tão bom de curvas quanto o Focus, que é famoso por isso.

Então a suspensão pode ser um ponto positivo ou negativo, dependendo do estilo que o condutor preferir.

SOM: O rádio original do Fit EX é muito bonito, porém não toca MP3 nem tem entrada USB. Na época, era pouco usual um carro vir com estas funções. No entanto, é possível adquirir um aparelho específico no Ebay que se conecta atrás do rádio original do Fit EX e tem funções USB, auxiliar e cartão de memória, podendo ser controlados pelo display do rádio.

Acho que vale mais a pena fazer este procedimento do que trocar o rádio original e que combina com o interior do carro, por algum outro qualquer. As 4 caixas de som do Fit apresentam qualidade média.

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DESEMPENHO

O Honda FIT EX tem motor 1.5 16V com comando variável VTEC e 14,2 kgfm. Com peso de 1080 kg, a relação peso/potência fica bem interessante, com 10,3 kg/cv. O carro tem motor de sobra pra andar na cidade, basta pisar fundo que a resposta é imediata, principalmente se estiver acima de 3000 rpm, quando o VTEC entra em ação. A aceleração de 0 a 100 é feita em 10s.

RESUMO

Me surpreendi com o Honda Fit. Era um carro que eu nunca cheguei a considerar, até conhecê-lo melhor casualmente. É muito confortável, econômico e útil para o dia a dia, e pretendo ficar com ele mais uns 2 anos para depois, quem sabe, ir de Focus ou New Fiesta.

Além do meu Honda Fit, tenho experiência com o New Fit flex manual 1.4 do meu sogro e posso afirmar que meu veículo tem qualidade de construção superior, incluindo acabamento, desempenho e consumo.

A suspensão do New Fit é mais macia, porém não transmite a mesma estabilidade do antigo Fit. Hoje, eu não compraria um Fit zero km pois a Honda pede caro demais por este carro, que foi simplificado. Com 55 mil reais, escolheria outro veículo. Mas, no mundo dos usados na casa dos 20 ou 30 mil, o Fit é uma excelente compra.

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PRINCIPAIS ITENS DE SÉRIE:

Direção elétrica
Ar condicionado / Ar quente
Travas e vidros elétricos nas 4 portas
Volante revestido em couro
Air Bag duplo
ABS com EBD
Rodas de liga leve aro 14
Retrovisores elétricos com repetidores se seta
Travamento automático das portas
Abertura do porta malas pela trava elétrica
Alarme

Por Davi Pablos

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Categorias Fit

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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 18 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.