Olá amigos aficionados por carros, é um prazer escrever e poder contribuir com o NA. Hoje quero passar para vocês um pouco da minha experiência com o meu Hyundai Santa Fé.
Eu adquiri este carro no primeiro semestre de 2010, com 9000 KM e 1 ano e meio de uso.
Meu Santa Fé é 2008/2008 GLS 2.7 V6 4×4. Antes do Santa Fé, meus carros anteriores foram um Hyundai Tucson GL 2.0 e antes desse um Fiat Marea ELX 2.4.
O sonho de menino de possuir o Chevrolet Blazer Executive iria se realizar no Hyundai Santa Fé. Mas antes de comprá-lo eu pesquisei, pensei e analisei muito.
Leia também a opinião de dono sobre o Hyundai Tucson
Quando eu troquei o meu Marea pelo Tucson eu ganhei e evolui em vários pontos, mas sentia muita falta dos 160 cv que o motor 5 cilindros do Marea proporcionavam na hora de acelerar fundo.
O Tucson foi um carro excelente, nos dois anos que fiquei com ele não tive um problema sequer, nada, nada, só alegria. Mas o Tucson era um carro para família, com os seus 143 cv e uma carroceria pesada, ele não me passava à adrenalina que eu estava acostumado.
Quando chegou a hora de trocá-lo eu tinha apenas uma exigência, devido a minha experiência com a qualidade da Hyundai e os relatos de amigos que possuíam um Toyota ou um Honda, meu próximo carro teria que ser ou Japonês ou Coreano.
Para tentar fazer com que a minha decisão fosse a mais racional possível, doce ilusão, pois para um amante de carros a decisão de comprar este ou aquele modelo é pelo menos 60% emoção e 40% razão, mas fui em frente…
Montei uma planilha comparando tudo, tudo mesmo (IPVA, Seguro, Desvalorização, Revisão/Manutenção, Custo com gasolina ao longo de 1 ano, Pneus, etc), meu objetivo é saber qual o verdadeiro TCO (Total Cost of Ownership – Custo Total de Propriedade) dos carros que eu desejava.
Comparei os seguintes carros: Honda Civic LXS; Toyota Corolla XEi; Hyundai iX35; Hyundai Santa Fé; Toyota Hilux SW4 e Mitsubishi Pajero Full.
Percebam que na minha comparação eu misturei algumas categorias (SUV, Sedan, Diesel, Gasolina), mas estes eram os carros que eu e minha esposa concordávamos em adquirir e eu precisar saber qual seria a melhor compra para nós.
Quem teve o menor TCO no meu comparativo, sem dúvida nenhuma e já esperado, foi o eficiente Corolla seguido de perto pelo Civic. O maior TCO ficou por conta do Pajero Full, também seguido de perto pela Hilux SW4.
Mas este comparativo me mostrou uma coisa interessante, o Santa Fé que possui muitas características (ex.: tamanho, porte, design, 4×4, altura e etc) que o aproximam do Pajero e da Hilux, tinha um TCO bem menor que estes, próximo do TCO do Civic.
O próximo passo foi fazer o Test-Drive em todos eles para sentir aquelas coisas que os números em uma planilha não mostram. A compra racional apontava para o Corolla, um ótimo carro diga-se passagem, foi o primeiro que testamos.
Minha esposa acostumada com o espaçoso Tucson, não engoliu o Corolla de jeito nenhum. Como estávamos na revenda da Toyota aproveitamos e já testamos a SW4. Nota 10 para o carro! Mas ao custo de R$ 163.000,00 e um seguro anual (no meu perfil) de R$ 7.200,00 era um TCO alto de mais, o qual minha planilha já nos tinha alertado.
O Civic foi desclassificado por conta do tamanho do porta-malas, o Pajero Full pelo mesmo motivo da Hilux, TCO muito alto (o seguro do Pajero custava R$ 8.500,00 e valor do Pajero 0KM superava os R$ 180.000,00).
Fomos então à revenda Hyundai, gostamos muito do iX35, mas nos apaixonamos pelo Santa Fé. Bonito, muito espaçoso, potente, etc. Minha esposa só tinha elogios e o TCO dele era muito interessante (Custo do Santa Fé OKM: R$ 115.000,00 e o seguro de apenas R$ 2.900,00).
Após o test-drive o veredicto final já tinha sido dado, nosso próximo carro será um Santa Fé, mas antes precisávamos vender o nosso Tucson GL. Uma noite nosso filho, que ainda não tinha um mês, nos acordou.
Eu perdi o sono e fui para frente do computador e então vi anunciado um Santa Fé – prata – único dono – 9.000KM por R$ 85.000,00.
O preço era muito atraente, pois o carro ainda teria 3,5 anos de garantia, cheirava a novo e era R$ 30.000,00 a menos que um zero KM. Então assim que o dia amanheceu eu fui até a loja para concretizar o negócio.
O CARRO
CARROCERIA tipo Utilitário Esportivo, com capacidade para 5 passageiros; Design: Estúdio Hyundai – Califórnia.
MOTOR de 2,7 litros; 6 cilindros em V; DOHC; 24 válvulas; 200 cv @ 6.000 rpm; torque 25,3 kgfm ou 248 Nm @ 4.000 rpm; em Aluminio; injeção MPFI (Injeção Eletrônica multiponto); a gasolina; VIS (coletor de admissão variável) e CVVT (comando de válvulas variável);
TRANSMISSÃO automática de 4 velocidades (com lock-up); H-Matic (opção de acionamento manual e sequencial) com controle de distribuição de torque e controle de tração TCS, TRAÇÃO controlada eletronicamente por demanda nas 4 rodas, acionamento manual de bloqueio do diferencial central (4WD lock).
SUSPENSÃO dianteira independente tipo MacPherson e traseira independente Multi-link (braços múltiplos) com molas helicoidais; amortecedores pressurizados a gás de dupla ação.
RODAS E PNEUS 7,0 J x 18″ em liga leve, radiais 235/60R18.
DIMENSÕES/CAPACIDADE
Capacidade do porta-malas 969L ou 2213L rebatido;
Capacidade do tanque 75 L;
Comprimento 4,675 m;
Largura 1,890 m;
Altura 1,795 m;
Entre eixos 2,700 m;
Peso 2240 kg;
Vão livre do Solo – 203mm;
Ângulo de entrada – 25,6;
Ângulo de saída – 22,9;
ITENS DE SEGURANÇA
FREIOS a disco nas 4 rodas, com ESP (programa eletrônico de estabilidade) que controla os sistemas de freio ABS, EBD (distribuidor de força eletrônico); Duplo Air Bag frontal, célula de sobrevivência, coluna de direção retrátil, cintos dianteiros com pré-tensionadores e limitadores de força, luzes de advertência; Faróis com refletores multi-foco, faróis de neblina, alarme anti-furto, brake light incorporado ao aerofólio traseiro;
ITENS DE CONFORTO E CONVENIÊNCIA
DIREÇÃO com assistência hidráulica progressiva, volante regulável em altura; Vidros verdes com pára-brisa degradê; porta objetos; porta copos; console central com “cool box” (resfriamento para bebidas); bancos com várias combinações de arranjo interno; console de teto com espelho para conversação; tomadas extras de 12 V; detalhes em madeira nobre e Alumínio; Banco traseiro reclinável, bi-partido e com descansa braços central; cruise control (piloto automático); luz de leitura; vidros, espelhos externos e travas com acionamento elétrico; limpador de pára-brisa com 2 velocidades e temporizador; espelho de vaidade iluminado; Key-less; Rack com travessas no teto; desembaçador e limpador do vigia traseiro com temporizador; SOM rádio AM/FM, CD player com MP3; AR CONDICIONADO automático, digital, dual dianteiro e independente traseiro, com filtro anti-pólem e AQCS (Air Quality Control System); VOLANTE com diversos controles (som e cruise control).
A EXPERIÊNCIA
Para o motorista, o maior destaque é o conforto. Graças aos ajustes do banco e da coluna da direção (altura e profundidade), fica fácil encontrar a posição mais cômoda para dirigir.
Os comandos do som e as hastes dos limpadores dos vidros e das luzes estão ao alcance das mãos, assim como a alavanca do câmbio automático. As passagens das marchas da caixa são tão suaves, quase imperceptíveis, que fazem você esquecer a opção de trocas manuais.
Para os passageiros, um diferencial está no encosto da segunda fileira, que pode ser reclinado em vários ângulos, como os bancos dianteiros. Por dentro, o carro também exibe beleza. O painel com fundo azul produz um belo efeito em ambientes escuros.
Os instrumentos são simples, mas de boa visualização. Outros atrativos são relacionados à segurança, invisíveis aos olhos. Em abril de 2007, o Santa Fe foi classificado pelo Insurance Institute For Highway Safety (IIFHS), entidade patrocinada por seguradoras dos EUA, como um dos mais seguros da categoria, ao lado do Veracruz, Subaru Tribeca, Nissan Murano e Ford Edge.
Ganhou nota máxima nos testes de colisão traseira, dianteira e lateral. Além disso, a NHTSA, agência do departamento de transporte do governo norte-americano especializada em segurança automotiva, deu cinco estrelas ao Hyundai, a nota máxima do órgão.
OS PONTOS FORTES
– Altura em relação ao solo;
– Estabilidade, tanto no asfalto quanto na terra;
– Muito espaço interno, muuuiiiito mesmo;
– Conforto;
– Segurança;
– Potência;
– Design;
– Baixo TCO;
– Interior luxuoso;
– Iluminação do painel;
– Equipamento de som de primeira qualidade;
– Visibilidade excelente.
OS PONTOS FRACOS
– Depreciação muito forte nos primeiros anos (Ter comprado semi-novo me ajudou neste ponto);
– Não ter bancos revestidos em couro de série na versão de 5 lugares;
– Ausência do Computador de Bordo na versão de 5 lugares;
– Consumo elevado.
Em relação ao consumo, eu não posso reclamar, pois comprei sabendo. Na minha planilha de comparação de TCO esta era uma das variáveis avaliadas.
As médias de consumo do meu Santa Fé são:
– Na cidade: 5,5 KM/L;
– Na estrada (até 3000 RPM – Aproximadamente 120 KM/H): 8,5 KM/L;
– Na estrada (acima dos 3000 RPM – Aproximadamente 140 a 160 KM/H): 7,2 KM/L.
Para um carro desse porte, pesado e com este nível de conforto, as médias acima me parecem bem honestas.
Obs.: Todas as médias foram feitas com o ar-condicionado 100% do tempo ligado.
AS VIAGENS
Até agora fiz apenas duas viagens com o Santa Fé e em ambas aconteceram dois fatos que merecem ser narrados. Na primeira viagem fomos eu e mais quatro amigos, de Belo Horizonte para São Paulo, para visitar o Salão Internacional do Automóvel de 2010.
A viagem estava tranquila pela rodovia Fernão Dias, quando um dos meus amigos que estava sentado na fileira de trás, perguntou: A que velocidade você esta agora? Eu olhei no velocímetro e respondei para ele: A que velocidade você acha que nós estamos rodando? Ele me respondeu: Em torno de 120 a 130 KM/H. Então eu respondi: Meu caro, nós estamos a 180 KM/H.
Após isso, imediatamente voltamos a trafegar numa velocidade compatível com a rodovia. A questão é: O carro é muito estável, não existe vibração, não existe ruído interno, tem motor sobrando, os vidros fechados e o ar-condicionado ligado, nós nem percebemos que estávamos correndo tanto (Você simplesmente não sente a velocidade).
É verdade também que a rodovia que liga BH a SP é um tapete e com curvas bem abertas.
Na minha segunda viagem, eu estava voltando de Goiânia para BH com minha esposa e meu filho. Busquei no Google Maps o menor caminho e fui embora. A ideia era trafegar por estradas vicinais até alcançarmos a BR 040 na altura de Cristalina e depois seguir direto para BH.
Tudo ia super bem, até que aparece uma placa: CUIDADO – FIM DO ASFASTO. Menor caminho não quer dizer que necessariamente ele tenha que ser 100% asfaltado (a gente aprende!).
Bem, na mesma velocidade que eu estava, eu entrei na estrada de terra e mantive o ritmo. Continuei andando por mais uns 5 minutos e percebi que eu estava rodando a 120 KM/H numa estrada de terra não muito boa.
É impressionante a eficiência da suspensão do Santa Fé. Sem falar que devido à redução da aderência e de alguns solavancos leves, o controle de tração (TCS) e o controle de estabilidade (ESP) entram em ação e colocam o carro firme na sua mão.
Quem já andou numa camionete cabine-dupla, de caçamba vazia, em uma estrada de terra a mais de 80 KM/H, sabe da insegurança e falta de estabilidade que se sente. Pois para minha grata surpresa, este excelente SUV se saiu muito bem neste pequeno trecho de terra que tivemos que andar.
O FUTURO
Vou ficar com meu Santa Fé até ele completar 4 anos, pois assim ainda posso vendê-lo com 1 ano de garantia (não deixa de ser um diferencial para o futuro comprador) e em seguida pretendo comprar outro Hyundai Santa Fé, só que modelo 2011 com motor de 3,5L e humildes 285 cv (Só alegria !!!).
Um grande abraço a todos.
Luciano Kzan, 33 anos – Belo Horizonte – MG.
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