O Chevrolet Astra foi e ainda é um dos carros mais queridos entre os consumidores brasileiros e foi vendido entre 1994 e 2011.
Produzido a partir de 1998, o médio da General Motors era oriundo da alemã Opel e foi vendido em formatos de sedã e hatch.
O modelo teve motores Flexpower 1.8 8V com potência iniciando em 110 cavalos, enquanto o 2.0 8V chegou a alcançar 140 cavalos no etanol.
O Astra ainda teve um 2.0 16V com 136 cavalos no decorrer do período, sendo um carro bem apreciado por seu estilo esportivo e dirigibilidade. Ele basicamente teve duas “gerações” e fez muito sucesso, chegando a ter versão Multipower com quatro combustíveis (GNV, gasolina e etanol).
Os donos também gostam do desempenho e da estabilidade. No entanto, nem tudo são flores a bordo do Chevrolet Astra.
Obviamente, o médio da GM tem seus pontos fracos, bem como seus defeitos e problemas. A grande maioria é unanime em afirmar que o problema crônico do Astra é a tampa do comando de válvulas.
Além dela, reclamam da durabilidade de componentes da suspensão dianteira. Também não gostam da qualidade de difusores de ar e botões dos vidros. O embaçamento dos faróis é outra queixa.
Tampa de válvulas
O Chevrolet Astra é bem elogiado pelos donos, mas tem diversos defeitos e problemas. Mesmo com alguns recorrentes, os proprietários ainda elogiam a durabilidade do carro em si.
De todos os relatos, o mais comum é a tampa de válvulas do motor. Os donos dizem que ela permite a passagem de óleo lubrificante, mesmo em quilometragem considerada baixa, como pouco mais de 34 mil km.
Eles dizem que ela é feita de plástico e não resiste ao calor, deixando vazar óleo sobre o motor. Mesmo sendo um defeito comum no Chevrolet Astra, a GM nunca fez um recall da peça.
O vazamento de óleo na tampa de válvulas demanda substituição da mesma e da junta.
Bieletas e buchas
O Chevrolet Astra tem outros defeitos mecânicos mais comuns. A tal bieleta da barra de direção já teve de ser trocada com apenas 15 mil km e outros o fazem algumas vezes depois dos 60 mil km.
Um proprietário de Astra diz que elas não duram mais do que 15 mil km, precisando de substituição com certa frequência.
As buchas das balanças de suspensão dianteiras também são mencionadas como de durabilidade menor. A própria barra de direção também apresenta vazamento em alguns casos, no setor de pinhão e cremalheira.
Trambulador e atuador do câmbio
Houve um recall relacionado com a direção, sendo necessária a troca da coluna, mas isso ocorre apenas para a primeira geração (apenas 1999).
Outros proprietários de Chevrolet Astra se queixam de folga e dureza no engate do trambulador. O atuador do câmbio geralmente dá defeito nos relatos de muitos donos e a solução é sua substituição.
Um dos proprietários disse que na troca de embreagem, o ideal é substituir também o atuador. Casso ele dê problema, algumas marchas não engatarão como deveria.
Num caso, apenas as primeira e segunda marchas funcionavam.
Embreagem e sensores
Mais defeitos e problemas podem ser encontrados no Chevrolet Astra.
Na embreagem, o atuador de acionamento da mesma pode apresentar vazamento, conforme alguns relatos apontam. Isso não depende do tempo de uso, sendo que alguns tiveram problemas pouco depois de 30.000 km.
Falhas em sensor de temperatura também não são raras e alguns tiveram problemas com isso, especialmente com superaquecimento do motor.
O sensor de rotação da injeção eletrônica também é outro item que alguns donos reclamam. Ele demanda rápida substituição, visto que seu defeito resulta em funcionamento irregular do motor.
A sonda lambda é outra que acusa defeito mesmo antes de 60.000 km em alguns casos. No caso da rodas, cubos e rolamentos das rodas aro 16 polegadas geralmente dão problema, segundo os donos.
As peças não são consideradas caras, mas a quebra em quilometragem baixa também é verificada.
Outros donos falam do regulador de marcha-lenta com defeito, demandando custo nas oficinas após o fim da garantia.
Estética e ambiente
Os donos do Chevrolet Astra também da qualidade dos faróis, que embaçam com facilidade e envelhecem cedo demais.
Isso acontece tal como em alguns produtos já oferecidos no Brasil, entre eles Renault Clio até 2002 e o Honda Fit até 2008. A recomendação é troca-los, mas agora preferem restaura-los para manter a transparência da lente.
Os donos de Astra falam que os difusores de ar são frágeis e quebram com facilidade. Não são poucos os que reclamam das peças de ajustes das saídas de ar.
O mesmo é em relação ao dispositivo de recirculação de ar do sistema de climatização, que também quebrou em vários relatos.
Os ar-condicionado já teve até compressor sendo trocado pouco tempo depois de sair da loja e vários falam em reparação do mesmo antes de 60.000 km.
Por fim, os vidros elétricos com comandos que quebram fácil e mau funcionamento são relatados também por alguns donos. Eles se queixam que da qualidade dos botões e que geralmente os vidros traseiros param de funcionar.
Alguns carros com menos de 60.000 km apresentaram o mesmo defeito. Oficialmente nunca houve recall para os problemas acima. A GM só fez quatro chamadas, sendo uma já citada.
As demais são referentes às pastilhas de freio no modelo 2007 e pinças de freio para os modelos 2002. Uma chamada para o eixo da caixa do diferencial foi realizada em 2004.
Carro para rodar
Com tantos defeitos comuns, o Chevrolet Astra é um carro que tem média elevada de quilometragem nos depoimentos.
Embora se descarte a maioria das queixas onde o carro tem bem mais que 70 mil km, muitos outros nos sites pesquisados têm seus Astras com bem mais de 130 mil km, chegando mesmo a 250.000 km.
Além de trocas regulares dos itens de desgaste natural, a maioria teve apenas alguns dos defeitos e problemas acima.
Poucos são os que não recomendam o carro, mesmo após gastarem um bom dinheiro com a reparação de seus carros.
Também é grande a quantidade de proprietários de segunda ou terceira mão para carros com até 10 anos de uso.
Isso demonstra que, mesmo com defeitos recorrentes, o conjunto oferecido pelo Chevrolet Astra supera os problemas mais comuns.
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