TOP 15: Carros populares com câmbio automatizado/automático

Chevrolet Onix 2020

Descansar o pé esquerdo deixou de ser um “luxo” disponibilizado somente a proprietários de carros mais caros há muito tempo.

Agora, é possível encontrar modelos de porte compacto e com preços mais acessíveis que oferecem a opção de transmissão sem o pedal de embreagem, seja ela automatizada convencional, automatizada de dupla embreagem, automática com conversor de torque e automática do tipo CVT.

Porém, você sabe quais são esses carros mais em conta disponíveis com tais transmissões e o funcionamento dessas caixas? Fizemos um breve comparativo entre todas os câmbios sem pedal de embreagem e os modelos que ofertam essas opções no mercado brasileiro.

Vale lembrar que os carros automatizados tem perdido espaço no mercado, mas ainda podemos encontrar muitas opções entre os seminovos e usados.

Confira:

Modelos com câmbio automatizado

Entre os exemplares com câmbio automatizado, os que mais se destacam são os da Fiat. Até pouco tempo atrás, a marca só ofertava este tipo de transmissão para seus carros mais em conta no mercado – agora, o Argo traz transmissão automática convencional, por exemplo.

Esta caixa era oferecida anteriormente como Dualogic, sendo posteriormente rebatizada como GSR (Gear Smart Ride) nos carros mais recentes.

O câmbio GSR estava disponível para o Mobi 1.0 Firefly, Uno 1.3 Firefly, Argo 1.3 Firefly, Grand Siena 1.6 E.torQ e Weekend Adventure 1.8 E.torQ – nesses três últimos, a caixa ainda era nomeada como Dualogic.

Como nenhum desses carros ainda é vendido pela marca, precisamos olhar para o mercado de usados.

Fiat Mobi Drive GSR 2018 8

Há ainda o i-Motion da Volkswagen, que estava disponível para os modelos up! 1.0 MPI, Gol 1.6 MSI, Voyage 1.6 MSI, Fox 1.6 MSI e SpaceFox 1.6 MSI. Esse câmbio resistiu até 2019 no up!, quando foi retirado de linha pela marca.

Outra marca que dispunha de câmbio automatizado é a Renault, com o Easy’R, oferecido por último para o Sandero Stepway Dynamique 1.6.

Em todos esses modelos, o câmbio automatizado tem praticamente a mesma concepção, com componentes de câmbio e embreagem basicamente iguais aos da transmissão manual.

Entretanto, um sistema auxiliar entra no lugar do pedal de embreagem para desacoplar o motor da transmissão e também para engatar as marchas.

Volkswagen Fox Connect 2018 1

No caso do GSR ou Dualogic da Fiat e do i-Motion da Volkswagen, a transmissão automatizada traz um sistema eletro-hidráulico da marca Magneti Marelli.

Ele é gerenciado por uma central eletrônica de transmissão que, em conjunto com a central eletrônica do motor, determina qual marcha deve ser utilizada, isso tudo de acordo com a pressão do pedal do acelerador e a velocidade do veículo.

Já o Easy-R da Renault traz um sistema totalmente eletrônico da ZF Sachs. Ele conta com três motores elétricos de corrente continua, que fazem o acionamento da embreagem, seleção e engate das marchas.

Um sinal elétrico é emitido para o módulo de controle da caixa, que juntamente com o módulo do motor, determina a marcha a ser utilizada seguindo a pressão do pedal do acelerador e a velocidade.

Renault Sandero Stepway 2016 11

Modelos com câmbio automatizado de dupla embreagem

Apesar do nome sugerir o contrário, o câmbio automatizado de dupla embreagem tem concepção diferente de uma caixa automatizada convencional. Dá para falar que este tipo de transmissão já “nasceu” com o intuito de ser um modelo sem o pedal de embreagem, não tendo ligações com o câmbio manual, por exemplo.

Na automatizada de dupla embreagem, como o próprio nome indica, há duas embreagens que trabalham de forma simultânea e sincronizada. Enquanto a primeira atua na marcha selecionada, a segunda já se prepara para entrar em ação juntamente com a próxima marcha.

Na prática, uma embreagem engata a primeira, terceira e quinta marchas, enquanto a outra fica com a segunda, quarta, sexta e ré.

NewFiestaEcoBoost 33

Esse funcionamento elimina boa parte dos trancos (comuns em modelos automatizados de embreagem simples) e também oferece trocas mais rápidas, que segundo as marcas apresentam um terço do tempo de um automático comum.

Fora isso, ela dispensa conversor de torque e fluidos, diminuindo o desgaste das peças e os custos com manutenção.

Neste caso, estamos falando do PowerShift que equipou a linha do Ford Fiesta em nosso mercado. Convenhamos que o Fiesta não era um carro tão “popular” assim, visto que o PowerShift aparecia somente a partir da versão SEL 1.6.

Além disso, essa transmissão tem um histórico de problemas envolvendo diversos exemplares. Sendo assim, é válido fazer uma pesquisa para ver se tal modelo pode ser considerado uma boa compra.

hyundai hb20x 2016 8

Modelos com câmbio automático

A transmissão automática convencional, dotada de conversor de torque, é a mais comum entre os carros compactos. Isso faz com que a lista de modelos com esse tipo de câmbio seja bem maior.

Ela é composta por Chevrolet Onix e Onix Plus, Fiat Argo e Cronos, Hyundai HB20, HB20S e HB20X, Peugeot 208, Volkswagen Polo, entre muitos outros.

Praticamente todos eles possuem um câmbio automático de seis marchas. Se relembrarmos alguns modelos usados, é válido citar que Picanto e Etios tinham apenas quatro velocidades, algo bem defasado.

No caso da transmissão automática convencional, como dá para notar logo no nome, o câmbio se encarrega de fazer as trocas de marcha sem intervenção do motorista, como acontece nos demais.

Ele conta com engrenagens que se interligam e criam todas as diferentes relações de marchas que a caixa pode produzir, engatando e trocando as marchas conforme o necessário.

O câmbio automático consegue detectar o momento certo de mudar de marcha graças ao conversor de torque. Ele “calcula” o momento da troca de marcha de acordo com a posição das engrenagens.

Nele, há rolamentos, turbina, catraca e bomba. Ou seja, trata-se de um sistema bastante completo, tanto é que é o item mais caro da transmissão como um todo.

nissan march versa 2

Modelos com câmbio automático do tipo CVT

A transmissão automática do tipo CVT (continuamente variável) também é uma realidade entre os carros populares no mercado brasileiro. Por aqui, ela já foi ofertada na linha do March e do Versa, ambos da Nissan.

O câmbio do tipo CVT, diferente do automático convencional, usa duas polias lisas interligadas por uma corrente metálica submersa em fluido. Essas polias se movimentam e determinam o ponto em que estará a corrente de transmissão em questão de instantes.

Com isso, as relações criam uma espécie de “marcha” para cada momento, mais especificamente de acordo com a velocidade requisitada na condução.

Tanto é que boa parte dos câmbios CVT disponibilizados pelas fabricantes têm aquela sensação de que o motor está constantemente acelerado.

Em outros casos, como no CVT que equipa o Toyota Corolla, há marchas simuladas para oferecer uma certa sensação de esportividade.

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leonardo
Autor: Leonardo Andrade

Leonardo atua no segmento automotivo há quase nove anos. Tem experiência/formação em administração de empresas, marketing digital e inbound marketing. Já foi colaborador em mais de sete portais do Brasil. Fissurado por carros, em especial pelo mercado e por essa transformação que o mundo automotivo está vivendo.