O câmbio automático é um equipamento de conforto atualmente muito apreciado pelo consumidor. Mas quando se deve fazer a troca de óleo do câmbio automático?
A boa notícia é que alguns dispositivos atualmente exigem pouca ou nenhuma manutenção periódica. A troca de óleo do câmbio automático, por exemplo, é algo que as pessoas desconhecem no caso desse equipamento.
No mercado, a substituição ou complementação do óleo do câmbio automático varia de acordo com a marca ou fabricante da transmissão. Algumas dispensam trocas e outras exigem a complementação periódica.
Troca de óleo do câmbio automático
As marcas de automóveis possuem planos de manutenção para suas caixas automáticas, com alguma variação nos serviços.
Neste artigo, veremos o que algumas delas indicam para suas transmissões.
Confira!
Fiat/Jeep
As marcas Fiat e Jeep hoje estão ligadas e, no caso dos modelos nacionais, que utilizam dois tipos de câmbio automático, o grupo informa que não há necessidade de troca de óleo do câmbio automático.
Ou seja, são dispositivos feitos para durar toda a vida útil do veículo.
O que chamava a atenção, porém, é que o sistema automatizado Dualogic/GSR-Comfort necessitava de verificação do fluído a cada 40.000 km, sendo que o câmbio, nesse caso, era na realidade uma caixa manual comum, apenas automatizada nas trocas.
A Fiat já usou a caixa Aisin de seis marchas em modelos como Argo, Cronos e Toro, assim como a ZF 9HP de nove marchas na Toro.
Volkswagen
Com boa fama entre os clientes da marca, o câmbio de dupla embreagem DSG necessita de troca do óleo a cada 60.000 km ou três anos.
O dispositivo já enfrentou alguns problemas aqui, resolvidos com recall. No caso da caixa automática Tiptronic de seis marchas, a substituição do óleo não é necessária.
Se ainda considerarmos o automatizado I-Motion, diferente do sistema da Fiat, ambos da Magneti Marelli, a caixa manual da VW não necessita de verificação de nível ou complemento do fluído.
Renault
Na marca francesa, não há indicação de necessidade de troca de óleo do câmbio automático, lembrando que o antigo de quatro marchas, usado nos Logan e Sandero, tinha vida útil de 300.000 km sem troca ou complemento.
O recomendado é a verificação do nível do óleo e seu estado de conservação a cada 20.000 km ou um ano no caso do CVT e do automatizado Easy’R.
Chevrolet
A General Motors possui um plano de manutenção com troca de óleo do câmbio automático para seus carros em caso de uso severo, sendo essa aos 80.000 km. Veja o que é uso severo para a GM:
“Quando a maioria dos percursos exige marcha lenta durante um longo período ou funcionamento contínuo em condições de rotação baixa frequentes (como no “anda e para” do tráfego urbano denso). Quando a maioria dos percursos não excede 6 km (percurso curto) enquanto o motor não está aquecido com a temperatura operacional.
Operação frequente em estradas de terra e de areia. Operação frequente como trailer ou puxando reboque. Usado como táxi, veículo policial ou atividade similar. Quando o veículo permanece, com frequência, parado por mais de dois dias”.
No plano de revisão, porém, o óleo do câmbio automático até 100.000 km não é indicada como troca, sendo necessária apenas a verificação ou complementação (no manual indica isso também).
Honda
A marca japonesa chama atenção por conta de sua programação de manutenção exigente no caso do câmbio CVT. A complementação – já que não se troca completamente o óleo – é feita a cada 40.000 km, uma quilometragem baixa para uma transmissão desse tipo.
Mesmo na geração antiga do Fit, por exemplo, que tinha um CVT sem conversor de torque (embreagem de partida), a troca deve ser feita com a mesma periodicidade. A exceção é o Accord, que exige essa troca apenas com 80.000 km.
Caso o proprietário não alcance os 40.000 km, em dois anos, será preciso fazer esse serviço na rede autorizada pelo tempo.
Toyota
No caso da Toyota, apesar de relatos de troca de óleo do câmbio automático a cada 80.000 km, seja para o CVT de Yaris e Corolla, seja para a caixa automática da picape Hilux e do SUV SW4, os planos de manutenção do manual indicam inspeção a cada 20.000 km.
Isso inclui o câmbio automático de quatro marchas do Etios, que já saiu de linha no Brasil.
Nissan
A Nissan utiliza somente o CVT X-Tronic em seus carros e um novo câmbio automático de sete marchas na Frontier.
Procede-se somente a verificação do nível e se há ocorrência de vazamento, sendo isso feito a cada 10.000 km. Não há troca de óleo de câmbio automático nesse caso.
Hyundai
A Hyundai segue o mesmo caminho de outras marcas, utilizando câmbio automático de seis marchas que literalmente dispensa a necessidade de troca e é até livre de inspeção.
Essa informação aparece no manual do proprietário, onde também é informado que o câmbio manual exige uma verificação a cada 60.000 km.
Ford
Mesmo com os problemas do câmbio automatizado Powershift, a Ford mantinha um plano de manutenção livre de troca de óleo do câmbio automático de seis marchas para seus carros de passeio e picapes.
A vida útil estimada do câmbio para carros de passeio é a mesma do motor: 240.000 km.
Peugeot/Citroën
Assim como outras marcas, as duas francesas também dispensam a troca de óleo do câmbio automático, tanto das unidades de quatro marchas como de seis marchas, sendo o nível e vazamentos (se ocorrer) verificados nas revisões.
Mitsubishi
O câmbio CVT usado nos modelos Lancer (fora de linha), ASX e Outlander, assim como no Eclipse Cross, seguem o mesmo princípio de troca de óleo da Honda. Ou seja, a cada 40.000 km.
O mesmo vale para picapes e utilitários esportivos 4×4, equipados com transmissão automática de quatro ou cinco marchas.
Como se vê, enquanto boa parte das marcas oferecem um sistema de lubrificação com óleo de câmbio de longa duração, tendo alguns dispensado até mesmo a verificação, outras marcas apostam ainda na periodicidade das trocas, que não são baratas, como nos casos de Honda e Mitsubishi, que exigem essa substituição ou complementação.
E os carros usados?
E no caso de carros usados já por muitos anos?
Muita gente acaba comprando um carro mais antigo com câmbio automático e não sabe o que fazer em relação à troca do óleo. O importante, antes de mais nada, é verificar no manual de revisões se o mesmo foi substituído na revisão ou se é necessária a troca.
Além disso, verifique o nível e o estado do óleo do câmbio. Se não souber, consulte um mecânico especializado ou de confiança. Caso não esteja em bom estado, geralmente recomenda-se que a troca seja feita aos 40.000, 80.000 ou 120.000 km, assim sucessivamente.
Muita gente acaba por realizar a troca de todos os fluídos de uma vez e aproveita para fazer o mesmo com o câmbio.
Nesse caso, se o carro tiver manual do proprietário, verifique a especificação exata do óleo do câmbio automático e providencie a compra somente desse tipo de lubrificante, a fim de evitar a compra errada, que pode acarretar em danos à transmissão e um custo elevadíssimo de reparo e mão de obra (principalmente).
Uma observação que não podemos deixar de fazer é a tese de que, apesar de algumas montadoras informarem que seus câmbios automáticos nunca precisam de troca do óleo, este lubrificante se desgasta e perde suas propriedades com o passar do tempo.
Por isso, muitos proprietários levam seus carros até lojas especializadas em câmbio automático para fazer uma troca de óleo regular, para que o câmbio se mantenha em bom estado por muitos anos.
A decisão de fazer isso ou não fica a cargo de cada um.
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