Na Inglaterra, um dos sedãs mais desejados do Brasil em sua época tinha nome de cigarro, igualmente famoso por aqui, mas fora das Ilhas Britânicas e da influência da Vauxhall, o Opel Omega era a referência da GM na Europa.
Mas, o sedã grande, topo de linha da Chevrolet no Brasil, tinha algo a mais lá fora e este era o conhecido Lotus Omega.
Se aqui o Omega já era enaltecido como algo mais “próximo da perfeição”, num daqueles antigos e memoráveis comerciais da Chevrolet, o Lotus Omega aqui era como a própria perfeição…
Produzido exclusivamente na Inglaterra, o Lotus Omega ou Lotus Carlton, nome do modelo na marca inglesa, foi um desenvolvimento da GM em parceria com a Lotus e o resultado foi a… Bem, você já leu acima.
Talvez esquecido por alguns, o Lotus Omega reascendeu a memória de muita gente com uma oferta não de uma, mas duas unidades na Flórida, um destino não tradicional para o bólido da GM.
Isso porque tanto Opel quanto Vauxhall nunca foram vendidas nos states e a Lotus jamais vendeu os gêmeos ostentando apenas a marca de Hethel.
Mas, eles estão lá e a loja quer US$ 69.850 por um deles, praticamente US$ 1,00 por milha rodada, já que o hodômetro está calculado em 69.875 milhas percorridas ou quase 112,5 mil km.
Oferecidos pela United Imports de Jacksonville, os dois exemplares do Lotus Omega chegaram da França há três anos e o menos rodado tem o equivalente a quase 58,8 mil km, só que o preço é de US$ 84.550.
Valores estratosféricos para um carro apreciável e que qualquer colecionador gostaria de ter na garagem, afinal, o Lotus Omega alcança 285 km/h.
Nele, seu motor seis em linha 3.0 foi aumentado e trabalhado com primor pela Lotus para ser um 3.6, que adicionou dois turbos Garret T25, entregando 382 cavalos e 57,7 kgfm, domados por uma caixa manual ZF de seis marchas do Corvette ZR-1 e diferencial traseiro de deslizamento limitado.
O Lotus Omega tinha direção, suspensão e freios redimensionados, assim como um pacote aerodinâmico não só eficiente, mas atraente.
Decolando de 0 a 100 km/h em 5,3 segundos, o Lotus Omega atingia 89 km/h na primeira marcha e foi o segundo sedã mais rápido do mundo por muito tempo, após o Alpina B10 Biturbo.
Foram feitos 950 carros de 1990 a 1992, mas a fama do Lotus Omega foi negativa no Reino Unido e isso tem relação exatamente com o que o carro tinha de bom.
Alvo preferido dos ladrões, o Lotus Omega foi o Cadillac Escalade britânico e os bandidos usavam-no como carro de fuga, que a polícia oficialmente alegava não poder alcançar…
O caso chegou ao Parlamento Britânico, onde uma campanha de associação da polícia e do Daily Mail, fracassou em tirá-lo do mercado.
Mais rápido que muitos Porsche e Ferrari da época, o Lotus Omega é hoje uma joia rara perfeita, um dos poucos onde o ponteiro do velocímetro vai até o fim do curso…
Opel Lotus Omega – Galeria de fotos
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