Meu nome é Leo Ávila, publiquei aqui no site as primeiras impressões na primeira semana após adquirir um Renegade T270 e agora depois de rodar pouco mais de 2 mil km vou narrar como está sendo a experiência com o veículo.
Como gosto muito do tema “automóveis” sempre leio artigos nos diversos sites especializados no assunto e assisto também muitos vídeos de análises, avaliações, comparativos, etc, sinto sempre falta de críticas sobre cada veículo, na maioria das vezes os vídeos, principalmente, se resumem a mostrar o que o carro tem de equipamentos e o design, com muitos elogios e raramente falando ou mostrando algo que seja digno de crítica.
Depois de dois meses e 2 mil km, se não houver um grave defeito de fábrica muito dificilmente um novo carro vai ser passível de muitas críticas, mas nesse artigo procuro mostrar tudo que agradou e principalmente o que deixou a desejar com a utilização do carro nesse curto período.
A escolha pelo Renegade foi explicada no artigo anterior das primeiras impressões aqui publicado, o limite do valor que queria era na faixa entre 105 e 120 mil.
Tenha certeza, nenhum carro dito SUV compacto nessa faixa de preço vai atender totalmente as suas expectativas e/ou necessidades, seja pelo pouco espaço interno e/ou no porta malas, seja pelo motor com baixo desempenho e/ou não econômico, seja pelo acabamento não tão caprichado ou pela ausência de itens de segurança, de conforto ou ainda por não ter um belo design.
Então tem-se que escolher o que melhor atenda as suas necessidades emocionais ou racionais na compra dentre as opções existentes na faixa de preço que deseja, no meu caso foi o Renegade, um pouco pela emoção, gosto demais do design dele, do acabamento, da sensação de robustez provocado pela excelente suspensão e pelo motor com ótimo desempenho e relativamente econômico como poderá ver nesse artigo.
O que não é digno de elogios:
1. A largura das colunas A, B e principalmente a C, que tiram bastante a visão do motorista ao dirigir, como se pode confirmar através das fotos, muito provavelmente pela idade do projeto o que poderá será resolvido apenas com uma nova geração.
1.1 O espaço no banco traseiro que em comparação ao meu veículo anterior, um T-Cross, é bem inferior, claro que ao comprar tinha pleno conhecimento disso, mas que não é digno de elogios, não é, veja na foto como fica uma cadeirinha de bebê no banco de trás.
1.2 A posição alta do motorista provoca com o calçado sempre arranhões na parte inferior da porta ao sair do veículo, veja a foto, mas imagino ser isso comum em outros SUVs compactos pelo pouco espaço e posição alta dos bancos.
1.3 A opção escolhida pela fábrica do start/stop estar ativado a cada vez que se liga o carro, quando deveria ser dada a opção de se escolher ser ativado ou não ao se ligar o carro, pois assim como eu muitas pessoas não gostam de utilizar esse equipamento e fica a chatice de a cada vez que se liga o carro tem que se lembrar de apertar o botão para desligar e na maioria das vezes só lembro de desativar após na primeira parada o motor ser desligado pelo start/stop.
1.4 O delay existente ao acelerar forte até o turbo entrar em funcionamento, mas isso é comum nos carros com turbo no motor, no T-Cross também era assim, dizem que existe no mercado um equipamento para resolver esse delay, mas não sou adepto desse tipo de solução, se fosse perfeito imagino que viria equipado de fábrica com ele.
O que apesar das críticas, satisfaz:
2. O espaço no porta malas apesar de não ser enorme, devido a altura, atende bem as minhas necessidades, estive viajando com o carro com 5 ocupantes, no porta malas acomodamos 3 malas de 10 kg, uma média e algumas mochilas e pacotes.
2.1 O consumo se não é digno de grandes elogios está dentro do normal se comparado com alguns outros SUVs compactos, veja o quadro abaixo com um resumo do período.
Foi sempre utilizado gasolina aditivada, em alguns registros foi utilizado o do computador de bordo que no geral tem se mostrado muito próximo ao registrado na bomba de combustível.
Em estrada ar condicionado estava sempre ligado, em cidade ligado em torno de 50% dos percursos, pois à noite nem sempre era necessário.
Vale registrar também que em estrada os pneus foram sempre calibrados com 38 libras conforme manual sugere para maior economia, como os percursos foram feitos com 5 ocupantes e bagagens, ficou confortável, mas na cidade como geralmente os percursos são com apenas um ou dois ocupantes e as ruas da nossa cidade são muito esburacadas, não utilizo a calibragem no modo de economia com 38 libras pois nesse caso a rodagem não é muito confortável.
Melhor consumo em estrada: à noite, carro com 5 ocupantes, ar ligado, porta malas com 3 malas de 10 kg e algumas mochilas, velocidade média 56 km/h, registrada no computador de bordo num percurso de 74 kms | 16,74 km/l |
Consumo em estrada durante o dia, carro com 5 ocupantes, sem bagagens, pista com muitos quebra-molas num percurso de 120 km com média de 55 km/h de velocidade | 13,95 km/l |
Melhor consumo em cidade: em 308 km, com velocidade média de 30 km/h | 10,06 km/l |
Pior consumo cidade: em 356 km, com velocidade média de 16,58 km/h | 8,18 km/l |
Consumo geral do período de 2.028 km com 22,61% do percurso em estrada, medido na bomba de combustível no total de 212,07 l | 9,56 km/l |
Mesmo consumo geral dos 2.028 km medido no computador de bordo | 9,8 km/l |
Custo geral de combustível por quilômetro rodado considerando o valor médio de R$ 5,96 o litro da gasolina durante o período | R$ 0,625 |
E finalmente, o que continua agradando plenamente após os 2 mil km:
3. O belo design do carro na cor Branco Polar perolizada, e como não veio equipado, foi instalado as longarinas do teto e película de proteção solar, o que deixou o visual ainda mais legal.
3.1 O ótimo desempenho do motor T270, não sou adepto de velocidade, mas quando necessário para uma retomada ou ultrapassagem, responde muito bem, apesar de que sou dos poucos que gostam muito de carros, mas não da velocidade, rs, ando sempre sem pressa, seja em viagens ou cidades.
3.2 A sensação de robustez, segurança e conforto proporcionado pela suspensão, acabamento e itens de série que o veículo é equipado, apesar da versão adquirida ter sido a de entrada.
3.3 A não ocorrência de consumo de óleo, tão comentado na internet, verificando durante e após o período aqui relatado, o nível do óleo continua no máximo registrado pela vareta de controle.
3.4 O ótimo tamanho dos espelhos retrovisores e para-sóis que proporcionam boa visibilidade externa e excelente proteção ao trafegar com o sol à frente e a presença das alças “pqp”, algumas vezes criticadas mas sempre úteis.
3.5 A excelente qualidade da câmera de ré, item indispensável para a saída com segurança da nossa garagem.
Vale registrar também que o controle de frenagem automática fica desativado pelo sistema ao trafegar com chuva forte ou sol forte de frente no final da tarde, acedendo uma luz espia de atenção e informação de desativação no painel, que imaginei ser algum defeito quando ocorreu acender pela primeira vez, algo que a Jeep poderia tentar solucionar em breve, pois é um item de segurança dos mais importantes e não deveria ocorrer essa desativação que deve ser causada pelo sensor deixar de funcionar nas condições citadas.
E no geral é isso, continuo plenamente satisfeito com a compra após esse pequeno período de utilização, espero continuar assim.
A partir de agora vou testar o uso com etanol, já que a diferença de preço na nossa cidade após os últimos aumentos da gasolina está próxima dos 70%, e tendo rodado pelo menos mais uns 2 mil km vou fazer um novo artigo informando se vale a pena utilizar etanol e em que condições de paridade do preço, considerando sempre o custo por km rodado.
Possuo um outro grande hobby que é a fotografia de paisagens, para isso tenho um canal no YouTube:
Caso goste de fotografia dê uma chegada por lá onde tem os meus contatos caso queira esclarecer alguma dúvida, já que os comentários pelo que observei foram desativados nos artigos aqui do site.
Quer receber todas as nossas notícias em tempo real?Acesse nossos exclusivos: Canal do Whatsapp e Canal do Telegram!