O Fiat Argo não tinha a versão Drive 1.0 na ocasião de seu lançamento. Agora, a marca italiana fez uma apresentação individual da opção de entrada do novo compacto brasileiro.
Custando a partir de R$ 46.800, essa versão de acesso terá um mix de 35% das vendas do hatch.
A Fiat realizou uma pesquisa que apontou que 40% dos clientes de carros 1.0 querem consumo baixo e utilizam o veículo e 70% do tempo na cidade. No entanto, os mesmos registram mais reclamações quanto ao consumo e a baixa potência.
No desenvolvimento do Argo, a montadora traçou como meta ter um compacto que tivesse performance melhor que o HB20 e mais econômico que o Onix.
A marca ataca com garantia estendida de R$ 1.070 para um ano adicional ou R$ 1.770 para dois anos extras, além dos três de fábrica. A Fiat fez uma comparação com o Onix 1.0 e obtém redução de custos de 14% e 19%, respectivamente.
Nas três primeiras revisões, o Argo Drive 1.0 tem custo de R$ 1.044 contra R$ 1.284 do Onix e R$ 1.147 do HB20, ambos igualmente 1.0.
Até agora, de acordo com a Fiat, o Argo já faturou 4.500 unidades, sendo que 1.500 foram vendidas. Segundo a empresa, no caso da opção Drive 1.0, os clientes têm preferência pela multimídia com Android Auto e Car Play, atingindo 80% dos pedidos.
Já com rádio Connect ou sem nenhum dispositivo de mídia, o hatch 1.0 teve somente 20% das encomendas.
Com essa multimídia, o Fiat Argo, que possui ainda duas entradas USB, auxiliar e conexão Bluetooth, o Drive 1.0 custa R$ 1.990 a mais, alcançando R$ 48.790.
Completo, o que inclui sensores de estacionamento, câmera de ré e vidros traseiros e retrovisores elétricos, o modelo alcança R$ 51.190. A versão Drive com motor 1.3 começa em R$ 53.900.
Para o Argo Drive 1.0, a Fiat ainda disponibiliza de fábrica ar-condicionado, direção elétrica, vidros dianteiros e travas elétricos, Start&Stop, Isofix, cintos e apoios de cabeça completos na traseira, rodas de aço aro 14 com calotas e computador de bordo.
Com 72/77 cv a 6.250 rpm e 10,4/10,9 kgfm a 3.250 rpm, respectivamente com gasolina e etanol, o compacto tem consumos de 9,9/10,7 km/litro com etanol e 14,2/15,1 km/litro com gasolina, respectivamente cidade e estrada.
Impressões ao dirigir
O Fiat Argo Drive 1.0 tem o mesmo visual da versão 1.3, só que não dispõe e alguns itens exteriores, tais como faróis de neblina e rodas de liga leve aro 15 polegadas, equipamentos que nem são oferecidos como opcionais para a opção de entrada.
Por dentro, porém, o ambiente é o mesmo do 1.3 e vem com painel decorado com aplique central cinza, além de textura diferenciada na parte superior.
O conjunto frontal e as portas são pretos, assim como o tecido dos assentos.
Teto e colunas são em bege. O quadro de instrumentos com computador de bordo tem boa visualização e o volante possui comandos para o display, além de telefonia e comando de voz. A coluna é ajustável em altura.
Com a multimídia Uconnect de 7 polegadas com Android Auto e Car Play, o Fiat Argo (veja aqui Argo – defeitos e problemas) Drive 1.0 tem ainda duas entradas USB, uma para os passageiros traseiros. O pacote de equipamentos é bom, incluindo os de segurança.
A posição de dirigir é correta e a alavanca tem curso longo e muito macio, mas passa certa imprecisão. O pedal da embreagem é adequado. Todos os principais comandos estão à mão. Os vidros one touch para subir e descer também ajudam. Da mesma forma, o retrovisor direito com tilt down.
Ao girar a chave-canivete, nada de trepidação excessiva. O motor de três cilindros e 6V Firefly 1.0 é bem calçados em grandes coxins, que filtram bem o trabalho irregular do propulsor.
Nas saídas, há certo ânimo até a segunda marcha, onde é possível destracionar os pneus devido à força em baixa. Mas, logo o motor fica mais manso e é necessário explorar mais o câmbio e o pé.
A faixa de trabalho pede uma rotação entre 2.500 e 3.000 rpm, onde mais de 80% de torque estão disponíveis, mas a partir de 2.000 rpm no plano já dá para manter um ritmo razoável.
Nas retomadas, o giro para acima de 3.000 rpm, necessitando evidentemente de redução para ganhar o embalo necessário. Como a proposta é urbana, em sua essência, o test drive foi realizado na capital paulista, onde conseguimos alcançar 90 km/h em quinta marcha, onde o ponteiro marca 3.000 rpm. Não há milagre.
Mesmo com tudo a partir de 3.250 rpm, o peso e o tamanho do carro contribuem para que o Firefly 1.0 tenha mesmo que reclamar algumas vezes. Ainda assim, a disposição no geral é boa.
No mais, a direção elétrica do Fiat Argo Drive 1.0 passa uma boa sensação de controle e segurança, enquanto o conjunto de suspensão se mostrou adequado à buraqueira e outras características ruins do asfalto urbano da metrópole.
Nas curvas, o compacto se mantém em boa forma, não necessitando de correções em saídas.
O ajuste da suspensão é naturalmente mais macio, porém, a estabilidade continua adequada. Em uma condução mais esportiva, o Firefly 1.0 facilmente chega a 5.000 rpm, mas sem vibrações incômodas ou falta de fôlego.
Os freios se mostraram igualmente aptos para uma vida urbana. As trocas de marcha ocorrem em relações bem equilibradas e dá ao Argo Drive 1.0 certa liberdade para ver até onde vai o pequeno três cilindros.
No geral, o novo compacto da Fiat atende bem na categoria 1.0 e deverá dar muito trabalho para a concorrência.
Evento a convite da Fiat.
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