GM demite funcionários por telegrama em 3 fábricas de São Paulo

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A General Motors usou duas formas contrastantes de comunicação para demitir, no sábado (21), funcionários de suas fábricas de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes.

Localizadas no estado de São Paulo, a três fábricas da GM empregavam os funcionários demitidos no final de semana, alguns pelo velho telegrama, enquanto outros pelo atual e-mail.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região (Sindmetal SJC) revelou primeiramente as demissões por comunicados em um dia de folga, com a entidade comentando: “Sem prévia negociação com o sindicato e de maneira covarde, a montadora enviou telegramas a diversos metalúrgicos, incluindo operários em layoff. Assim como os companheiros, o Sindicato foi pego de surpresa”.

A montadora, através do telegrama, alegou que “a queda nas vendas levou a General Motors a adequar seu quadro de empregados”.

Além disso, a GM orientou os empregados demitidos a comparecerem à sede da unidade do trabalhador na segunda-feira (23) “para as providências administrativas e demais orientações”.

O Sindmetal SJC exige que as demissões sejam revistas e pede pela reintegração dos trabalhadores dispensados.

A montadora não informou o número de demissões, mas emitiu uma nota sobre o assunto, que segue abaixo:

“A queda nas vendas e nas exportações levaram a General Motors a adequar seu quadro de empregados nas fábricas de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes. Esta medida foi tomada após várias tentativas atendendo as necessidades de cada fábrica como, lay off, férias coletivas, days off e proposta de um programa de desligamento voluntário.

Entendemos o impacto que esta decisão pode provocar na vida das pessoas, mas a adequação é necessária e permitirá que a companhia mantenha a agilidade de suas operações, garantindo a sustentabilidade para o futuro”.

Em resposta, o Sindmetal emitiu uma nota: “O Sindicato repudia veementemente a demissão covarde, que, além de São José, também atinge as plantas de Mogi das Cruzes e São Caetano do Sul. Desde já, a entidade exige o cancelamento de todas as demissões e a reintegração de todos os trabalhadores”. 

A unidade do Vale do Paraíba tem 4 mil funcionários, com 500 em Mogi e 7 mil no ABC.

[Fonte: Terra/G1]

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X