Além de Volkswagen, General Motors e Toyota, a Great Wall se junta ao coro contra o regime automotivo do Nordeste, repudiando, em nota, a decisão do congresso de manter no texto da PEC 45 da Reforma Tributária, a extensão do programa.
Estabelecida em São Paulo, a GWM é contra uma tributação diferenciada para montadoras instaladas no Nordeste, Norte e Centro-Oeste, pedindo a retirada dos incentivos fiscais regionais, que “representam um retrocesso do ponto de vista tecnológico e ambiental, além de uma renúncia fiscal prejudicial ao desenvolvimento do país.”
A GWM cita produtos e um fabricante em específico em sua nota: “Esses incentivos correspondem a um custo anual de R$ 5 bilhões para a sociedade brasileira, que hoje são destinados unicamente para estimular uma tecnologia baseada em combustíveis não renováveis, incluindo até mesmo veículos de passeio movidos a óleo diesel”.
Logicamente o recado é para a Stellantis, que tem fábrica em Goiana, Pernambuco, onde faz os modelos da Jeep (Renegade, Compass e Commander), Ram (Rampage) e Fiat (Toro).
O incentivo, por exemplo, permite que a Stellantis recolha 2% de ICMS contra até 23% em outras regiões, assim como 2% de IPI.
Segundo uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), o cálculo desde 2010 chega a R$ 50 bilhões acumulados pelas montadoras no Nordeste, que então incluía Troller e Ford.
O cálculo ainda aponta para uma renúncia fiscal de R$ 34,4 mil mensais por emprego gerado em Pernambuco.
Ainda na nota da GWM, a montadora diz que a “indústria automotiva mundial passa por uma revolução tecnológica que está adotando globalmente a eletrificação, é um contrassenso e um desserviço ao país apostar em uma fórmula que está desalinhada com o futuro sustentável do planeta”.
Além de Stellantis, outra montadora que será beneficiada com a extensão do regime até 2032, será a BYD, rival direta da GWM, que está se estabelecendo na Bahia.
[Fonte: GWM/Estadão]
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